52 - lágrimas

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A aflição e o desespero tomaram conta do Kilyan! Ele sentia como se seu coração também estivesse parando de bater. Então ele respirou fundo elevou os seus pensamentos a Deus e fez uma oração. Enquanto orava ele colocou a mão no coração da Mariah, e começou a massagear.

— Oh meu Deus, o senhor é especialista em segundas chances, eu te imploro dê uma segunda chance a ela. O Senhor sabe o quanto a amo, eu sonhei com ter um vida com ela, nos dê uma chance...

Sua voz era embargada, devido a vontade que sentia se chorar.

— Doutor, ela se foi — disse uma enfermeira — o Senhor precisa declarar a hora do óbito.

— Não, eu não vou parar de massagear o coração dela! Mariah, não faça isso! Eu te amo, está ouvindo? Eu amo você — falou compassado no seu ouvido — e continuou massageando. Prepara o desfibrilador, na potência máxima.

— Doutor, ela se foi...

— Nunca mais fale isso! E me passa logo o desfibrilador — disse com uma voz firme e autoritária.

A enfermeira resolveu obedecer sem questionar a partir daí.

— Mariah volte por favor — dizia o doutor enquanto dava choques em seu coração.

Quando ele viu que não tinha mais jeito, ele entregou o aparelho para a enfermeira, colocou a mão no coração da Mariah, mas dessa vez sem massagear. Se abaixou, deitou a cabeça no ombro dela e chorou, chorou amargamente, como nunca tinha chorado em sua vida. Em meio as lágrimas e desespero ele achou que seu cérebro estava lhe enganado. Ele sentiu o coração dela ter um leve espasmo.

— O coração dela se mexeu! Me dê o desfibrilador! — gritou para a enfermeira. — carregue em 360! Eu não acredito! Temos batimento!

Naquele momento, por um milagre, o coração da Mariah voltou a bater. Os médicos e enfermeiros vibraram! Foi só nesse momento que o Kilyan viu que a galeria estava cheia.
Os outros médicos foram acabando as suas cirurgias e se comoveram tanto, que foram assistir, para dar um apoio ao colega.

A correria voltou! Estavam na reta final da cirurgia! O coração dela batia normalmente, como se nunca tivessem parado. Assim que terminou tudo, ela foi levada para o quarto.

O doutor Kilyan, tirou as roupas ensanguentadas e foi para a sala de espera. Imaginou que teria pelo menos um de seus amigos. Quando ele chegou, se surpreendeu, todos os seus amigos estavam lá! Inclusive Hanna.
Ele tentou dar a notícia como faz com todos os familiares.

— A cirurgia foi um sucesso, tivemos umas complicações, mas ela está fora de perigo. Já está no quarto, podem ir vê-la.

— E você Kilyan, está bem? — perguntou Isra.

— Não... eu não estou bem. Perdi ela por cinco minutos, não tinha mais nada a ser feito — as lágrimas desciam sem controle enquanto falava. — ela só está viva por um milagre! Vou tirar licença, quero cuidar só dela. Deus deu uma segunda chance, quero cuidar para ela não precisar de uma terceira chance.

— A culpa é minha — sussurrou Hanna, que não parava de chorar. — era pra ser eu, ela levou uma bala por mim, quem faz Isso?!

Adelayne abraçou a Hanna, na tentativa de consola-la.

O doutor Kilyan não estava nada bem, parecia estar em choque.

Os amigos da Mariah e a Hanna, foram para o quarto vê-la. Ela estava dormindo. Depois de tudo que ela passou era prazeroso e gratificante para seus amigos simplesmente ficar sentados e ver ela respirando, saber que estava viva por um milagre!

Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora