33 - Nem tudo é um mar de rosas

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Ao perceber a aparente inquietação da babá do seu filho, a mulher se pronunciou:

— Você está bem Vitórya?

—  Na verdade não, mas espero resolver.

— Claro — assentiu o anfitrião. — entrem, vamos conversar.

Os anfitriões estavam bem confusos, pois a Vitórya nunca tinha ido na casa deles fora do horário de trabalho. Ainda mais acompanhada.

Eles se sentaram e a dona da casa prontamente serviu um chá gelado, foi muito útil, para acalmar os ânimos.

— Quero contar para vocês a história da minha vida — respirou fundo — vou contar resumidamente, não se preocupem — gracejou tentando relaxar. — quando eu tinha 22 anos, eu tive um bebê, mas eu só fiquei com ele enquanto eu estava no hospital.

— Você deu seu filho para adoção? — interrompeu o pai.

— Não, longe disso — fez um semblante triste — ele foi tirado de mim, foi sequestrado na porta do hospital. — As lagrimas rolavam. — resumindo: a polícia não acreditou em mim, então depois de recuperar um pouco, com a ajuda do meu anjo — olhou para o Kayo — eu resolvi procurar por meu filho e pelos sequestradores...

— E encontrou? — perguntou a mulher com lágrimas.

— Sim, encontrei meu filho a cerca de  um ano — respirou fundo — mas não disse nada.

— Porque? — perguntou o homem sem entender.

— Ainda não era hora certa — limpou as lágrimas com as costas da mão. — eu me aproximei da família, precisava saber se ele estava sendo bem cuidado, chequei a adoção e era tudo legal, mesmo que eu quisesse levar a diante não seria fácil — respirou fundo — recentemente eu reconheci os requestadores...

— Graças a Deus! — disse o pai aliviado. — eles confessaram?

— Sim — respirou fundo olhando para o Kayo. — eles deixaram o bebê no orfanato dessa cidade.

— Não quero ser grosso, mas não entendi quase nada, nem o motivo de estar nos contando — disse sem jeito. —  não me entenda mal, eu não estou sendo rude, só estou querendo entender.

Essa era a hora que a Vitorya mais temia, ela estava ansiosa, as palavras não conseguiam sair, ela olhou para o Kayo, ele entendeu seu pedido silencioso por socorro.

— Eu sou o advogado da senhorita Vitórya — explicou com toda calma do mundo — eu acompanho o caso dela desde o ocorrido.

— Certo — disse o pai — só que ainda não entendi.

A mãe se levantou, olhou para a Vitórya, a procura de seus olhos.

— Quanto tempo faz mesmo que você encontrou seu filho? — perguntou a dona da casa, visivelmente abalada.

— Cerca de um ano.

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As meninas estavam muito ansiosas para irem as compras, tudo era novidade para elas.

Antes da Mariah voltar para o orfanato, ela mandou uma mensagem pedindo para que a Clara deixasse as meninas prontas. Aquele dia estava lotado de afazeres. O bom é que ela tinha verdadeiros anjos em sua vida!

— Eu preciso ir agora pessoal — disse Mariah.

— Tudo bem, seu dia tá muito cheio — respondeu Dely, segurando uma de suas mãos.

Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora