27 - Pode até ser

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Pobre Mariah, após a morte do Jordan, ela tem passado por um turbilhão de emoções.
E essa agora de ficar extremamente irritada com esse “homem misterioso”, tá bom, ele é meio desastrado sim, mas não é para tanto Mariah.

Ela ligou para o Israel pois precisava de um ombro amigo, e queria comer em paz sem aqueles olhares irritantes.

— Alô Isra, você está ocupado? Pode vir aqui?

— Oi Mary, você está bem?

— Estou sim, mas quero conversar e preciso de uma companhia masculina, estou em uma lanchonete...

— Estou indo — Interrompeu.

Ela passou o endereço e em pouco tempo ele chegou, já que estava ali por perto.

Quando ele chegou o sorriso da Mariah iluminou o ambiente, sem exagero!

— Sobre o que você quer falar?

— Primeiro, aquele homem que quase me derrubou na festa de inauguração da Friends me atropelou com o carrinho de supermercado...

— Não acredito — riu horrores. — pode continuar.

— Ele veio na minha mesa me alertar sobre os homens — fez aspas com os dedos.

— Parece um cara bacana, só meio distraído.

— Bacana? — gritou e tapou a boca olhando para os lados envergonhada. — Ele me chamou de ignorante e grossa — cochichou.

— E... você foi?

— Fui — falou entre os dentes.

— Então acho que se merecem. Qual o nome dele?

— Você tá louco? — deu um soco de leve no seu braço. — Ele revela o meu pior lado, e não me importo com o nome dele. Por mim não viria ele nunca mais, mas já que está curioso, é kil alguma coisa.

— Kil?

— Não sei, ele começou falar no dia da inauguração, mas eu o interrompi.

— É... ele te irrita mesmo — sorriu. — Se acalme, não vai fazer um cena, digo outra cena, porque acho que já fez uma. Vamos falar sobre outra coisa então.

— Tá bom — respirou fundo.

— Se bem que ele é um gato — gracejou.

Ela o encarou incrédula.

— Nem parece aquele que não aceitou o disfarce que eu ofereci aquela época que veio me ajudar.

— Pois é... — disse envergonhado. — Acho que amadureci, essa é a verdade. Tenho vergonha da minha atitude daquela época, hoje sei que todos merecem ser respeitados.

— “Errar é humano, permanecer no erro é idiotice”.

Eles riram e continuaram conversando sobre coisas aleatórias.
Chegou a hora de ir para “casa”, ela estava muito calma, acho que agora nem o senhor desastrado iria tira-la do sério.

— Eu te levo, só me dizer onde está hospedada.

— Não precisa, mas obrigada.
Antes que ele ficasse insistindo ela resolveu ser direta.

— Você não pode saber onde estou ficando, isso comprometeria tudo — cochichou.

— Tem razão, vou chamar um táxi pra você — disse pegando o celular.

Fala sério gente, esse Israel é um fofo! Bom, elogios a parte.
Em pouco tempo o táxi chegou e a Mary voltou para o orfanato.
Fez todo o percurso em silêncio, e isso foi bom que a ajudou pensar... e olha que seus pensamentos foram produtivos. Mariah pediu para o taxista parar bem antes do orfanato, e fez o restante do percurso a pé.
Tinha coisas que não faziam sentido, precisava dar um jeito de falar em voz alta com alguém para ver se os fatos se alinhavam.

Como ainda não tinha escurecido ela resolveu se encontrar com o Emanuel, com ele daria certo para conversar, já que estavam trabalhando juntos e não precisaria se preocupar com as meninas, pois dava para monitorar tudo pelo computador do Emanuel.
Mandou mensagem para o Emanuel e se encontraram em um local próximo do orfanato, um local aberto, para terem certeza que não teria ninguém escutando “atrás das portas”. Os olhos do Emanuel eram atentos, sempre de olho no computador.

— Não entendi uma coisa Emanuel, as meninas não tem medo de estar no orfanato, algumas tem medo de serem levadas — disse as últimas palavras fazendo áspas com os dedos.

— Fato, o pior que eu nem sei direito o que isso significa.

— Tem outra coisa que não entendo: por que uma das meninas queria que eu a desenhasse em um caixão, e porque a Mellody parece tão assustada com a ideia de ser levada?

— As vezes pode estar só deprimida... E quanto a Mellody, pode ser por ter se apegado a você, e a ideia de ter uma família que não seja você a assustou.

— Se bem que quem quer ser minha filha de “mentilinha ” é a Diemiry...

— Sim, mas todas foram dormir com você ontem.

— Como sabe disso? Colocou câmera no meu quarto? — Franziu o cenho.

— Ops — sorriu—, brincadeira, eu jamais faria isso, eu coloquei na sala, e deu para ver quando elas passaram com cobertores e travesseiros, vi elas  entrando em um dos quartos. Só imaginei que entraram no seu quarto.

As coisas estavam começando fazer sentido, dava para sentir que eles estavam perto de descobrir a verdade sobre aquele orfanato.

— Você não analisou a Onilda? — Emanuel perguntou.

— Sim, e ela me pareceu normal, só muito tensa e eu imagino que era vergonha.

— Parece que estamos no mato sem cachorro.

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Israel estava com um assunto pendente com a Mariah, estava muito ansioso, queria esclarecer uma coisa que estava o incomodando a muitos dias. Ele tinha medo da resposta que receberia da parte dela e isso o fazia adiar cada vez mais, mas ele sentia uma necessidade de saber...
Pegou no telefone para ligar, queria se encontrar com ela novamente naquele dia para que ela pudesse esclarecer tudo.
Procurou o contato dela, mas quando foi para ligar desistiu.

Esperei até hoje, então posso esperar até essa missão acabar — pensou respirando fundo.

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Mariah se lembrou de algo que poderia ajudar.

— Emanuel...

— Pode me chamar de Noa, se quiser é claro.

Ela não pediu para chama-la de Mary, pois  tinha medo dele confundir as coisas.

— Pois bem Noa — sorriu—, pode verificar por favor o vídeo de segurança de ontem a noite?

— Que hora mais ou menos? Se souber facilita a busca.

— Acho que foi... lá pelas 8:30 horas, não sei bem.

— Certo, já ajuda bastante, o que nós estamos procurando? — disse encarando no monitor.

— Ontem eu ouvi uma voz masculina, bem nervoso a propósito, conversando com um mulher do lado de dentro dos muros do orfanato, mas não consegui identificar a voz feminina... tive que fechar a janela, por medo de ser notada, se isso acontecesse tudo iria por água abaixo...

— Olha só! — colocou o dedo indicador no monitor.

— Quem é?

— Olha bem Mariah!

— Meu Deus! Eu não acredito...

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E aí pessoinhas, quem vocês acham que é a pessoa que o Noa e a Mary viram no monitor?🤔

O Isra tá bem ansioso hem?!🤔

até a próxima semana.😊

Deus abençoe!😇

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Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora