31 - Sob nova direção

96 21 106
                                    


         ❀~✿ ❀~✿ ❀~✿ ❀~✿

Todos os olhares se voltaram para a Mariah, todos estavam ávidos por uma por uma solução. Ela respirou fundo, e se pronunciou:

— Eu fico responsável pelo orfanato — falou com confiança e ousadia.

— Você só pode estar brincando — interrompeu Hanna—, quer aparecer queridinha?! Pendura uma melancia no pescoço.

— Chefe, o que me diz? — dirigiu a fala ao Kayo, ignorando completamente as “alfinetadas” da Hanna.

— Sinceramente eu estou sem palavras! — coçou a cabeça, depois passou a mão na barba. — É uma responsabilidade muito grande...

— Eu consigo chefe, só preciso de pessoas confiáveis e competentes para me ajudar.

— Desde quando você sabe administrar alguma coisa queridinha?!

— Sou uma caixinha de surpresas Hanna, você não faz ideia — respirou fundo.

— Agente Mariah — Kayo continuou. — Sei que você é uma boa administradora...

— Na verdade chefe — interrompeu Mariah—, eu tenho bons administradores, o que eu faço é encontrar a pessoa certa para cada setor, mas o orfanato eu quero administrar pessoalmente, quero me mudar, quero morar com as meninas.

— Confio em você, sei que fará um ótimo trabalho — Kayo continuou—, só não quero que se sobrecarregue.

— Podemos montar uma boa equipe — Emanuel disse empolgado — Só precisamos selecionar os melhores.

— Eu é que não piso lá — Hanna cruzou os braços.

— E nem queremos que pise — Dely tinha a resposta na ponta da língua. — As meninas acabaram de se livrar de uma bruxa, não queremos traumatiza-las novamente.

Os agente tiveram que usar muito auto-controle para não darem boas gargalhadas, já que maioria deles nutria um certo ranço pela ruiva em questão.

Dava para notar que até o Kayo ficou com uma carinha de satisfeito! Ele porém como bom chefe teve que tomar as rédeas da situação.

— Calma pessoal, sei que todos querem ajudar aquelas garotas, ou quase todas — olhou para a Hanna. — É algo muito delicado! Não podemos agir por impulso, mas também não podemos ficar parados. Se não agirmos a assistência social pode colocar qualquer um. Já que a agente Mariah se prontificou, vou levar em consideração.

Todos aplaudiram a decisão do Kayo.

♥♡♥♡♥♡♥♡♥♡♥♡♥♡

Na delegacia a Tory passava por tudo novamente, mas a diferença é que dessa vez, eles não acharam que ela estava louca. Era um caso bem complicado o dela, já que a criança estava em boa família, era amado e bem cuidado.

Por um milagre o casal admitiu que tinham sequestrado o bebê, e pelas informações da Vitórya realmente as histórias tinham coerência.

— Ele foi o nosso primeiro, éramos sem experiência na época, pegamos um bebê sem ter comprador, ele dava trabalho demais. Então resolvemos deixar ele no orfanato. Foi aí que tivemos a ideia de assumir o orfanato, era uma verdadeira mina de ouro. — confessou a Angélica — fiquei fazendo serviço voluntário por uns 6 meses, precisava conquistar a confiança deles. Deu certinho, logo me deram emprego.

— Porque não devolveu o bebê para a mãe?! — perguntou o policial que conduzia o interrogatório.

— Não fiquei com vontade.

Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora