26 - Suspeitas

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Como pode uma pessoa só conseguir ser tão chata?

pensava Mariah enquanto passava as compras no caixa.

Ela estava torcendo para nunca mais ver aquele homem que lhe causara tanto estresse. Mariah não sabia, mas ali bem do lado estava o “homem misterioso” se escondendo atrás de uma prateleira, esperando que a Mariah fosse embora, ele olhava de vez em quando discretamente para ver se a “barra já estava limpa”.

Quando Mariah chegou no orfanato o Emanuel ainda estava lá, como prometido, ele prontamente foi ajuda-la com as compras.

— Idiota! — esbravejou a Mary.

— Eu?

— Não Emanuel, me perdoe, só estava pensando alto — se desculpou sem jeito. — Eu estava falando de um homem que me atropelou...

— Te atropelou? Você está bem — arregalou os olhos.

— Não, quer dizer sim! — sorriu — vou explicar direito: ele me atropelou com um carinho de  supermercado.

Ele gargalhou ao notar que a sua parceira era um tanto dramática.

— Tudo bem — sorriu—, acho que só está tendo um dia ruim.

— Pode ser Alteza — fez uma mesura e sorriu.

O Emanuel conseguiu uma casa bem perto do orfanato, ele preferiu ficar por perto caso a parceira precisasse de ajuda, já que aquela missão subia cada vez mais o nível de esquisitice.

Mariah, como era um pessoa muito atenciosa e responsável ligou para seus amigos e avisou que não dormiria em casa por alguns dias, pediu para o Israel, Adelayne e Vitórya manterem a lindsey informada dentro do possível.

Ao cair da noite a Mariah se acomodou em um dos cômodos do orfanato, não era bonito e muito menos aconchegante, mas ela estava ali pelas garotas. Ela ouviu uma voz masculina, então se levantou e olhou pela greta da janela, não deu para ver quem era a mulher só ouviu o homem dizer meio nervoso.

— Como assim hoje não dá? — esbravejou o homem entrando no carro e batendo a porta.

O que seria aquilo? Ela se deitou na cama e ficou pensando no que acabara de ouvir e ver. Estava muito confusa, pois não sabia do que realmente se tratava. A noite estava muito fria e  os cobertores não a aqueciam. Isso dificultava ainda mais a chegada do tão desejado  sono. No silencio da noite Mariah ouviu passos se aproximando do seu quarto, ela ficou em alerta. A porta se abriu e logo entraram as meninas, andando nas pontas dos pés.

— Podemos dormir com você? — cochichou uma das garotas.

— Vocês não vão ter problemas depois por isso? — perguntou Mariah sussurrando.

— Não, é só a gente voltar bem cedinho....

— Então podem vir — chamou as garotas fazendo sinal com a mão.

Ainda bem que era uma cama de casal! Ah, e com certeza ela não teria mais problema com o frio, pois a cama ficou cheia de garotas! Elas de ajeitaram na cama com a Mary e todas dormiram rapidamente, inclusive a Mariah.

Antes do sol raiar Mariah acordou as garotas, seu coração ficou apertado de dó, mas já que estavam ali escondidas não poderiam ser pegas. Uma das garotas mais velhas levou a Diemiry no colo, sem acorda-la e colocou-a em sua caminha, assim ela poderia dormir até mais tarde.

Assim que as garotas saíram, Mariah resolveu aproveitar o silêncio da manhã para ter comunhão com o seu Pai celestial. Dobrou seus joelhos e elevou seus pensamentos a Deus em oração.

Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora