46 - Eu acho é pouco

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— Não, só precisamos da sua ajuda, queremos o chefe.

— T... tá bom, eu ajudo — respirou fundo.

As luzes foram acesas, e lá estavam os agentes.

— Como assim; quem são vocês? Isso é uma pegadinha?

— Somos da polícia, estamos disfarçados. Precisamos que mantenha a cabeça firme. — respondeu Emanuel enquanto desamarrava o rapaz da cadeira.

— Desculpe por isso — Kayo apontou para as cordas — eu vi isso nos filmes, sempre quis fazer.

— Certo chefe, agora que já realizou seu desejo — disse Mariah sorrindo—, Nós vamos para uma lanchonete?!

— Vamos sim.

A Mariah e o Kayo foram para a lanchonete com o garoto, enquanto os outros agentes se dividiram para vigiar a reitora.

— O que eu devo fazer? — perguntou o rapaz, assim que chegaram na lanchonete. Ele estava apavorado.

— Em primeiro lugar, quero que me diga o que te levou a seguir por esse caminho? — perguntou Kayo com o lado paternal aflorado.

— Essa é uma faculdade cara, o emprego que eu tenho não é suficiente, e meus pais não tem condições de me ajudar. Recebi essa proposta, mas nem acreditei que daria certo. Alguém deixou uma carta com instruções na minha caixa de correio. Achei muito estranho, já que até hoje não sei pra quem eu trabalho. Tem muitas regras, uma dela é: não usar drogas. Irônico não?!

— Faz sentido, se estiver drogado não conseguirá trabalhar — respondeu Mariah. — como você pega o produto?

— Nunca é no mesmo lugar seguido. Repete os lugares, mas demora um pouco. Sempre com a droga vem as informações, sobre o local onde estará o próximo pacote e o dinheiro pelos meus serviços.

— Onde vai ser o local da próxima entrega? Podemos deixar uns agentes disfarçados no local.

— Então... será amanhã! E será no banheiro da biblioteca. Em um dos banheiros, o armário tem um tipo de compartimento secreto. Ah, uma das regras e chegar no horário exato.

— Claro, se não você vai acabar vendo quem colocou — respondeu Kayo pensativo. — Tá certo, mas você tem que ir sozinho. Você precisa agir normalmente, pode ficar tranquilo, vai ter dois agentes lá disfarçados, pra te dar cobertura. Vai ser pessoas que você não conhece — mostrou a foto — eles vão chegar lá bem mais cedo. Como ainda tem bastante tempo, vamos colocar microcâmera no banheiro.

— Não vai ser nada agradável ver essas imagens.

Tiveram tempo para montar tudo com calma.
Eles precisavam entrar na casa da reitora, para ver se ela mesma estava por traz de tudo, se todo acontecia na sua casa mesmo. Porém tem uma coisa, nada do que descobrissem poderiam usar como prova em um tribunal, já que entrariam sem o mandado. Teriam que ter cautela. A esperança deles era pegar ela com a mão na massa. O problema é que ela era uma pessoa muito popular fora da universidade, a casa estavam sempre cheia de movimento. 

No dia seguinte lá estava o Allan, no lugar marcado. Tentando agir o mais normal possível! Como sempre, para não levantar suspeitas ele foi na biblioteca um dia antes, se sentou e leu um livro. Seu coração estava acelerava! Seu medo era ser descoberto, claro que ele tinha muito mais medo do seu chefe do que da polícia. Ele respirou fundo, entrou na biblioteca e fez tudo normalmente como fazia nas outras trocas.
Tudo ocorreu bem, como deveria.

Os agentes examinaram as imagens, perceberam que era a reitora mesmo que deixou a droga no armário. Tinham duas provas já, porém, ainda não estava na hora de conseguirem um mandado para entrarem na casa dela, se o “laboratório” não estivesse na casa dela, poriam tudo a perder. De maneira nenhuma os agentes poderiam se precipitar. Antes de mandar as provas para a polícia, eles teriam que dar um jeito de checar isso.

Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora