55 - Pingando os "is"

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O Ítalo continuou olhando para o pai. Enquanto isso, o Kilyan procurava as palavras certas a serem ditas.

— Olha só —disse Maira se afastando—, vou ali fazer qualquer coisa, embora eu esteja louca pra ouvir, mas esse assunto tá mais pra um segredo de pai e filho.

— Se quiser pode ficar maninha — ele respirou fundo.— Seria ruim se isso acontecesse Filho? — perguntou ao Ítalo.

— Não papai, seria ruim se não acontecesse.

— Eu realmente gosto dela, mas os adultos as vezes são bem complicados. Ela e eu ainda não tivemos tempo de falar abertamente sobre o assunto.

— Mas... o senhor gosta muitão dela, pra se casar?

— Sim filhão! Eu amo a Mary.

— Isso! — comemorou dando um soco no ar.

— Olha, como ainda não falei abertamente com ela, vamos deixar o assunto só entre família, tá bom?!

— Certo papai, só vou contar para as meninas, elas são da família. São minhas irmãs.

— Eu acho que a Mary gostaria de contar para elas. Então vamos deixar o assunto entre pai, filho e tia. Combinado?

—Sim papai!

— Maira, acho melhor eu levá-lo a um especialista, não sei como ficou o psicológico dele. Ah, e você também deve marcar uma consulta.

— A meu ver ele está melhor do que nunca! Todavia é bom levar sim, só pra ter certeza. Eu estou bem, não preciso de consulta.

— Não tenha medo titia, se quiser, eu posso ir e segurar sua mão.

— Ítalo, eu tenho uma idéia! Que tal irmos nós dois. E você segura a minha, caso eu tenha medo.

— Sim! Combinado então. — ele deu um abraço na tia e saiu correndo para o quarto de brinquedos.

— Maira, você tem certeza que quer levar ele?

— Tenho sim! Sei que você tem muita coisa pra conversar com uma certa paciente sua.

— Você não existe Maira — deu um beijo no alto de sua cabeça.

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Depois de salvar o dia, o herói apaixonado volta para a torre onde sua amada jazia acamada. É, acho que esse acontecimento de hoje vai dar uma bela história de ninar!

— E aí? Soube do seu ato heróico — disse Mariah que o recebeu com um sorriso.

— Foi muito satisfatório poder ser útil para meu filho — a satisfação estava estampada no seu rosto. — bom, agora que tudo se resolveu, temos uns assuntos pendentes — disse constrangido, se lembrando do beijo. — primeiro quero falar sobre o beijo: não significou nada, mas provavelmente deve estar me odiando por isso. Pode olhar nos meus olhos, assim terá certeza que estou sendo sincero.

— Então... tenho que admitir que não foi bom assistir de camarote outra mulher te beijando. No entanto, você não retribuiu, isso é um ponto a seu favor. Eu acredito em você, sua palavra basta pra mim. Ah, e não estou te odiando.

O Kilyan respirou aliviado ao ouvir as palavras da Mariah. Agora sim, ele poderia dar o próximo passo.

— Muito Obrigado! Isso significa muito pra mim — tirou uma caixinha do bolso enquanto falava. — olha só, espero que consiga te entregar agora o seu presente. Essa é a terceira tentativa.

Seus Olhos [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora