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—— Daniel Seavey
05:37 pm

ISSO JÁ FAZ MAIS DE DUAS SEMANAS. — Falei para ela preocupado. — Por quê não me disse nada?

— Eu não sei, eu fiquei com medo. — Ela suspirou. — Pode me deixar em casa por favor?

— Certo. Vamos para casa. — Me levantei junto a ela e andamos pelo shopping calados.

  Segurei a mão dela por um momento, para ela saber que para qualquer coisa eu vou estar lá, ao lado dela. Não importa o que seja, eu sou o amigo dela e vou estar lá para ajudá-la em todos os momentos.

  Entramos no carro e então eu comecei a dirigir em direção a casa dela. Eu não iria mais tocar nesse assunto, ela parece desconfortável, então não vou forçá-la a falar.

— Desculpe por isso. — Ela disse baixinho, com sua cabeça encostada no cinto de segurança.

— Não é culpa sua. — Olhei rapidamente para ela.

— Eu fiquei assustada com essa possibilidade de estar grávida, mas ao mesmo tempo... Sei lá eu fiquei feliz. — Percebi que ela começou a me olhar. — Acho que fiquei porquê eu sabia que o pai iria ser você. Cuidadoso e preocupado com seus filhos.

— Aquelas duas pestes são o meu mundo. — Sorri lembrando dos meus bebês, lembrando que eles devem estar seguros com o Jack e a Gabbie.

— Eu disse que eu não tava preparada, mas eu sei que eu teria você lá para me ajudar, e aí eu fiquei mais calma.

— Deve ter sido ruim receber a notícia. — A olhei por um momento assim que parei em um sinal vermelho.

— E foi, mas eu não sei, não estou tão triste como achei que estaria. — Lindsey começou a olhar para seus pés. — Eu só não queria te deixar com esperanças de que poderia ter um filho comigo, mas fiquei com medo de contar.

— Ei. — Levei minha mão até seu queixo, fazendo ela olhar para mim. — Tá tudo bem. Eu não me importo com isso. — Disse sincero. — Eu te amo do mesmo jeito, não é o fato de você conseguir ter filhos ou não que vai mudar isso que eu sinto por você.

— Eu sei, mas eu não queria que se decepcionasse por eu não poder...

— Não importa. Quem escolhe isso é você. — Voltei a dirigir. — Você é livre para escolher, para fazer o que quiser. Eu nunca vou te prender a nada, não vou te forçar a nada que não queira.

— Você é tudo, sério. — Ela sorriu. — Te amo. — A garota se aproximou de mim, então virei o rosto afim de dar um selinho nela.

— Também te amo.

— Somos namorados? — Ela perguntou, então nos olhamos e fizemos careta um para o outro. — Não. — Dissemos em uníssono.

  E então, rimos.

— A pessoa que você casar ou namorar no futuro vai ter muita sorte de estar ao seu lado. — Falei sincero.

— É, talvez.

— Talvez nada, tenho certeza disso. — Vi ela dar um sorriso fofo.

•••

  Cheguei em casa, e parecia que havia acontecido uma guerra aqui.

  Bolinhas de papel, comida por todo o chão e almofadas espalhadas pela casa!

  Os gêmeos com certeza não estavam seguros com o Jack e a Gabriela.

  Vi os dois pequenos no chão, todos sujos e comendo uma panqueca que estava no chão. Corri até eles.

— Agora eu tenho certeza que eu nunca vou deixar vocês com nenhum desses animais. — Falei me referindo aos meus amigos.

— Eu ganhei sim, porra! — Escutei Jack gritar. O garoto estava sem camisa, todo sujo de comida.

— Ganhou merda nenhuma! — Era a voz de Gabbie, ela estava com o cabelo amarrado e também toda suja.

— Por que a casa está assim?! — Perguntei indignado aos dois que se assustaram ao me ver.

— Daniel! — Gabbie falou assustada. — Chegou cedo. Pensei que ficaria na casa da Lindsey.

— Hã... Não? Vamos agora me falem o que aconteceu, meus filhos não se machucaram, né?

— Você não vai entender, isso é uma batalha de cartas de muito tempo. — Jack falou. — Sempre acaba em guerra, relaxa.

— Nesse estado??!!? — Apontei com as mãos para as coisas estraçalhadas.

— Certo a gente pegou pesado dessa vez. Mas não se preocupa seus filhos estão bem. — Gabbie tranquilizou.

— Sim, eu dei até leite na mamadeira para eles. — Jack disse como se isso fosse a coisa mais complicada do mundo.

— O único problema é que o Jack sempre rouba no jogo e fica dizendo que ganhou, sendo que não ganhou!

— Eu ganhei sim, Gabriela!

— Se falar que ganhou de novo eu jogo a poltrona na sua cara seu ladrão!

  Ok, então eles jogam e discutem quando estão sozinhos. Meta de relacionamento.

  Bom, não na parte de destruir a casa.

father × Daniel Seavey (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora