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—— Daniel Seavey
04:56 pm

      TATE DEU UM TAPA em minha cabeça.

— Ai! — Reclamei.

— Bem feito. — Ela fez cara feia. — Por quê diabos você beijou a Blue Ivy?!

— E eu sei lá?!

— Quando você me disse que iria se acertar com a Blue Ivy, não achei que fosse beijando ela! — Gabbie reclamou junto.

— Por que eu ainda conto as coisas para vocês?

— Porque você não aguenta ficar sem fofocar com a gente. — Tatum sorriu.

— É, acertou. — Ri e encostei a cabeça no sofá.

— Como você vai contar isso pra Lindsey? — Gabbie perguntou.

— Quem disse que eu vou contar? — A olhei. — Não foi um beijo especial nem nada, foi coisa rápida.

— Mas ela não pode ficar assim, você vai estar mentindo para ela!

— Mas a gente é só amigo, não tem problema em beijar outras pessoas.

— Vocês dois são um caso perdido. — Tate encostou a cabeça em meu ombro.

— Poxa, nem tanto. — Suspirei. — Eu gosto da Lindsey.

— Eu sei que sim, mas você precisa ser franco com ela. Sobre o que realmente quer.

— Diz que esqueceu a Ivy, mas na primeira oportunidade beijou ela. — Gabbie falou. — Fala de verdade o que você sente pra ela, sei lá, vai que ela tá com esperanças e se você voltar com a Ivy sem nenhuma explicação antes, vai acabar com ela.

— Eu não gosto da Ivy. Eu superei. Foi só um beijo de despedida.

— Ah claro. — Tate debochou. — Toda vez que eu vou dar tchau para você eu te beijo, né?

— Poxa Tate não foi nada demais! — Reclamei. — Foi só um selinho.

— Se você diz... — Ela falou desacreditada.

  Vi meus pequenos correrem até mim e pularem no sofá.

— Oi meus amores. — Sorri para eles.

— Papai, pizza. — London pediu.

— Papai, suco. — Blake pediu.

— London, sem pizza agora. — Neguei.

— Pizza! — Ela reclamou.

— Sua filha é tão cabeça dura quanto você. — Gabbie riu.

— Bibie, suco. — Blake pediu a ela, que pegou o pequeno no colo.

— Vem, monstrinho. Vou te dar suco de maçã. — Ela saiu sorridente da sala com Blake nos braços.

— Pizza! — London pediu novamente.

— Já falei, sem pizza agora. — Neguei novamente.

  A pequena começou a se espernear em meu colo, dando chutes fortes e gritando quase chorando, implorando pela pizza. E então acabou dando um chute na minha virilha.

  Contive um grito, mas a dor estava grande. Coloquei minhas mãos no local e me curvei de dor.

— Tate... — Chamei ela. — Dá um pedaço de pizza pra ela.

— Você é muito fraco. — Tate riu e pegou a menina em seus braços. — Isso nem deve doer.

— Você não tem um pra saber a dor.

— Mulheres passam por coisas piores, seu corno. — Ela me encarou. — Vamos, pare de drama e volte a fingir ser homem de novo.

  Mandei o dedo do meio para ela.

— Faça isso de novo e então eu vou fazer um favor a você. — Ela sorriu. — Vai ficar sem pênis para não sentir mais essa dorzinha. — Ela falou isso em um tom meio psicopata e saiu da sala com London.

  Não chore não chore não chore não chore não chore não chore não chore não chore não chore.

father × Daniel Seavey (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora