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▪︎ MARIA LUIZA ▪︎

Acordei com um puta frio e levantei desligando o ar e abrindo tudo. Olhei o celular e vi milhares de mensagens da Nathalia, a maioria me xingando.

Mensagens: on

Lespiranha 🧜‍♀️💖

Me responde sua vagabunda 😑 [09:19]

Prr Maria Luiza, vou fazer minha mão de metralhadora e te pipocar de soco [09:20]

Namoral garota, vai tomar no cu 🖕🏽🤦🏽‍♀️ [10:32]

Maluuuuuuuuu 😒😒 [11:26]

PORRAAAAAAAAA!!! DESGRAÇADA! FDS [11:27]

Calma gata 🙄 [12:01]

Calma o cacete! Q história é essa q tu tá na casa do Rato? [12:01]

Me encontra na caixa d'água? Te conto tudinho lá [12:02]

Pelo menos oque eu entendi [12:02]

Prr é q agr tô no trampo [12:04]

Mas quando eu chegar te mando mensagem e nós guia pra lá blz? [12:05]

Tá bom 🙄 [12:05]

Até mais tarde amiga 💖 te amo [12:07]

Até mais piranha 🖕🏽 [12:08]

Te amo 🤮 [12:09]

Mensagens: off.

Coloquei o celular pra carregar e calcei meus chinelos, saindo do quarto.

A casa era enorme e muito bem organizada pra um homem que morava sozinho. Na verdade eu não entendia o porquê de uma casa tão grande, não tinha porque aquilo.

Admirei cada detalhe e desci as escadas, vendo Rato junto com uma menina na cozinha.

Encarei os dois e parei de braços cruzados atrás da parede. Rato tava de frente pra mim e ela de costas. Ele me viu, mas não esboçou nenhuma reação. Ela não olhou pra trás nem nada, só falou alguma coisa pra ele que o fez rir e saiu.

Andei até ele, que claro, fumava.

Malu: Por que eu? - Ele me encarou e soltou a fumaça. Ergui uma sobrancelha. - Rato?

Rato: Você é bem chatinha - Comentou, mexendo nas correntes. - Agora entendi porque teu papai te trocou por drogas.

Porra! Ouvir aquilo foi como um soco no estômago.

Sim, meu pai era um escroto drogado que batia na mulher e na filha. Custou muito pra minha mãe largar ele, mas mesmo depois disso ele não nos deixou em paz.

Engoli o choro e sustentei o olhar.

Malu: Vou morar aqui, não vou? - Ele assentiu, calmo. - Ok. Te peço então o mínimo de respeito. Posso não ser nada sua, mas...

Rato: Você é minha - Disse me interrompendo. Olhei pra ele incrédula. - Minha fiel.

Malu: Oque? - Ele bufou, impaciente. - Tá, tá - Concordei sem querer render assunto. - Quero respeito e espero que não traga mulher nenhuma pra cá - Ele riu. Fiquei séria e aos poucos ele foi parando de rir.

Rato: A casa é minha.

Malu: Tá - Sorri. - Direitos iguais, então - Andei até a sala e sentei no sofá. Logo ele parou na minha frente.

Rato: Que porra é essa de direitos iguais? - Dei de ombros. - Me responde porra. Tá achando que eu tenho paciência com birra de mulher?

Malu: Sei que não tem - Me afastei. - Só tô te pedindo pra não trazer mulher nenhuma aqui. Leva pra casinha, pro asfalto, sei lá. Só não vem pra cá, por favor.

Rato: Eu faço oque eu quiser - Disse de cara fechada, saindo. - A casa é minha.

Malu: Pra ser respeitado, é preciso respeitar - Ouvi seus passos se distanciando e a porta da frente sendo fechada.

Fui pra cozinha e fiz algumas besteiras, voltando pra sala e aproveitando da Netflix do bandidão.

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Migas, vou postar um agora e outro lá pelas 8 💖 (ou até antes, já que minha ansiedade é uma benção 🙄)

155 [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora