▪︎ RATO ▪︎
Acerola: Meu irmão, tu ainda não entendeu que não tem mais bebida?
Rato: Mete o pé da minha casa antes que eu te mate, Acerola. Namoral!
Ele saiu resmungando e bateu a porta.
Tava de noite mas o calor tava de matar. A casa tava podre e eu puto atrás de bebida.
Brenda: Amor, cheguei! - Encarei ela que tava toda arrumadinha, cheia de bolsa nos braços e cheirosa. - Nossa! Essa casa tá podre! Por que ainda não chamou ninguém pra limpar isso, Rato?
Rato: Onde tu tava?
Brenda: Fui comprar as coisas pro quarto do nosso filho - Levantou as bolsas. - Por que? Acha que tô te traindo?
Rato: Acho não, tenho certeza - Ela desfez o sorriso e desviou o olhar nervosa. - Tava com quem?
Brenda: Já falei que fui fazer compras - Se afastou. Respirei e cruzei os braços olhando ela. - Por que a casa tá desse jeito?
Rato: Você que mora nela não sabe a resposta, imagine eu - Peguei um baseado no bolso e minha arma saindo dali. - Quero essa porra arrumada quando eu chegar.
Brenda: Não sou dona de casa, Rato. Arruma alguém pra fazer isso, cara.
Rato: Não é, mas vai passar a ser agora se quiser continuar viva - Ela fez careta e eu bati a porta atrás de mim.
Um monte de bar aberto e o babaca do Acerola falando que não tinha bebida. Entrei no primeiro que vi e taquei pra dentro o whisky. Já tava tão acostumado que a parada nem ardia mais.
Titu: Se afundando mais a cada dia que passa - Ergui a sobrancelha e encarei ele que sentou na minha frente de braços cruzados.
Rato: Você não tá falando comigo esqueceu?
Titu: Quem disse que não tô falando com você?
Rato: A última vez que nos falamos foi quando levantei a mão pra minha... - Abaixei a cabeça voltando a beber. - Oque tu quer?
Titu: Tô falando com você sim. Te conheço e só dei um tempo pra você repensar nas palhaçadas que tu vem fazendo... e pelo jeito ainda continua.
Rato: Teu filho não acabou de nascer? Vai pra casa cuidar da tua família, Tierre.
Titu: Tu é minha família pô, mas tá difícil arrumar argumento pra te defender ta ligado? William, tu tem a chance de ir pra frente mas você só tá regredindo.
Rato: Pois é né - Balancei a cabeça virando outro copo. - Que coisa.
Titu: Não quer conversar? Beleza... Só vim te perguntar se tu tem certeza sobre a invasão.
Rato: Vai rolar sim. Vou tomar aquela porra pra mim - Deixei umas notas em cima da mesa e levantei com ele atrás de mim. - Barão que me aguarde.
Titu: Tem certeza?
Rato: Qual foi? Os cara faz a mesma pergunta toda hora. Tem alguma parada naquele morro que aqui não tenha? Se tiver quero saber pô - Olhei ele. Titu coçou a cabeça e olhou em volta. - Solta a voz, mano.
Titu: Tenho nada com isso não - Nós fez o toque. - Só pensa melhor pra não se arrepender depois.
Titu subiu na moto e desceu o morro em direção a casa dele. Acendi outro baseado e fui pra casa, encontrando tudo do mesmo jeito que estava.
Rato: Filha da puta, tá fodida na minha mão - Subi as escadas num pulo e fui pro quarto. O som tava no máximo e ela tomava banho. Apaguei o bagulho e entrei no box, puxando ela pelos cabelos. - Oque foi que eu falei porra?
Brenda: Rato, você tá me machucando! - Gritou tentando se soltar. - Rato!
Rato: Essa não era a vida que tu queria? Te coloquei no meu nome, dei do bom e do melhor e quando mandei arrumar essa porra tu não arrumou por que? - Joguei ela no chão e chutei sua barriga. - Responde, porra!
Brenda: O bebê, Rato! O bebê! Para por favor!
Dei o último chute e me afastei olhando o corpo dela. Enxuguei o suor com as costas das mãos e me posturei.
Rato: Patroa uma ova!
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Gente não vou ficar segurando capítulos, vou soltar assim q terminar de escrever e revisar.
aproveitar q as ideias tão fluindo e escrever tudo logo kkkkkk
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155 [Morro]
Fanfiction➝ Rio de Janeiro, Complexo da Maré📍|| Se eu não puder fazer você a pessoa mais feliz, vou tentar chegar o mais perto disso possível. iniciada em: 23/03/2020