▪︎ FB ▪︎
Já havia escurecido quando Maria estacionou o carro em frente á uma casa grande pintada de um azul claro. Ela ainda não tinha passado na prova de direção, mas já dirigia muito bem.
Entrei com sua ajuda, encontrando tudo escuro e extremamente organizado. Maria me colocou no sofá e segurei um resmungo por conta da dor nas costas.
Malu: Eu... eu vou pegar a maleta de primeiro socorros - Falou chorosa, me entregando um copo de água e comprimidos. - Já volto. N-não sai daqui.
FB: Nem se eu quisesse seria capaz de sair daqui, morena - Ela deu um meio sorriso e subiu as escadas correndo. O caminho todo foi feito com ela chorando, me pedindo desculpas e se culpando por tudo que aconteceu.
Deixei claro que ela não tinha nada a ver com nada do que rolou, mas mesmo assim ela não deixou de se culpar. Na verdade a culpa era daquele babaca que não sabia ver a pessoa que ele dizia amar de boa com outra.
Eu e Maria não tínhamos nada e eu também não tava querendo compromisso com ninguém. Éramos apenas bons amigos que quando tinham vontade transavam.
As vezes eu olhava pra morena e tentava entender o porque de aquele cara ter feito tudo que fez tendo ela ao lado dele. Mesmo com pouco tempo de convivência, pude ver o quão preocupada Maria é com as pessoas ao seu redor. Ela se importa com todos e não importa a circunstancia, ela vai ajudar - digo isso por experiencia própria. Essa mulher já me salvou de poucas e boas.
Maria desceu as escadas afobada e por pouco não caiu de cara no chão. Ela ainda tremia e chorava um pouco. Encarei seu rosto inchado e vermelho e me senti meio mal, mas permaneci calado.
O remédio que ela passou no meu rosto me fez xingar um monte e aquilo só deixou ela mais nervosa.
FB: Morena - Chamei, mas ela continuou a limpar os machucados. As mãos tremendo e as lágrimas descendo pelo rosto. - Maria Luiza - Ela parou, me encarando.
Malu: Não gosto quando me chama pelo nome - Comentou me fazendo rir e abaixou a cabeça.
FB: Eu sei - Tirei sua mão do meu rosto e a fiz sentar do meu lado. - Para de chorar - Pedi. - Te ver assim me deixa mal também.
Malu: Eu tô tentando, Fabrício. Mas não da - Fungou. - Isso... tudo isso que aconteceu é culpa minha! Se eu não tivesse te chamado pra ir naquele almoço, nada disso teria acontecido.
FB: Para de ficar se culpando, você não tem nada a ver com oque aconteceu. Já disse - Puxei ela pra um abraço. - Ele nem bate tão forte assim.
Ela riu se afastando.
Malu: E esse olho roxo não tá doendo?
FB: Pior que não - Ri. - Só serviu pra aumentar meu charme - Ela empurrou minha cabeça, me fazendo resmungar.
Malu: Merda! Desculpa, bê. Juro que não foi de propósito.
FB: Relaxa, morena - Ficamos nos encarando por um tempo. Fui aproximando nossos rostos até um cara fazer barulho com a garganta. Ele era alto, cheio de tatuagens e estava de braços cruzados, olhando pra mim de cara feia. - Hm... Boa noite?
Malu: Pai!
- Quem fez isso com você e por que minha filha tá com essa cara de choro? - Perguntou pra mim. Maria Luiza balançou a cabeça, voltando a chorar.
FB: Eu..
- Não vai dizer que se distraiu e bateu com o rosto em um poste vai? - Neguei. - Onde você tava, Maria?
Malu: Fui almoçar com ele - Apontou pra mim.
- E foi você que fez isso com ele? - Negou. - Onde vocês estavam?
Malu: Você já sabe onde, por que tantas perguntas? - Ele soltou o ar pelo nariz e passou a mão na barba, me olhando. - Fabrício, esse é meu pai, Barão... e pai esse é o Fabrício, meu amigo do trabalho.
Barão: Quem fez isso com você? - Perguntou de novo, apertando minha mão.
FB: Então... - Maria Luiza tampou minha boca e o pai dela já olhou estranho.
Malu: Fica quieto - Falou chorando. - Meu quarto é a segunda porta No corredor de cima. Sobe e fica quieto.
Olhei pro Barão, que balançou a cabeça me mandando subir e fui, deixando eles sozinhos na sala.
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▪︎ MARIA LUIZA ▪︎
Barão: O Rato fez alguma coisa com você? - Neguei de cabeça baixa. Ele sentou do meu lado e suspirou. - Você tá bem?
Malu: Acho que sim.
Barão: Acha? - Olhei ele que tinha uma sobrancelha erguida. Dei de ombros encostando no sofá. - Você ama ele?
Tá aí a pergunta que eu tentava não perguntar pra mim mesmo, mesmo já sabendo a resposta.
Era estranho vindo de outra pessoa.
Malu: Sim - Ele estalou a língua, fazendo careta. - Não escolhi isso.
Barão: Ninguém escolhe quem deve amar - Falou pensativo. - Se fosse assim, o mundo ia ser uma zorra.
Concordei, focando em silêncio.
A vontade de chorar as vezes vinha do nada e eu não conseguia segurar.
Barão: Sabe - Começou. - Quando descobri que sua mãe fugiu com meu irmão grávida de você, fiquei com medo.
Malu: Medo? Medo de que?
Barão: De não ser pra você oque você é pra mim - Sorriu bobo. - O nascimento do Uriel foi a melhor coisa do mundo... queria ter visto o seu também. Não ver você crescer me doeu e me dói até hoje. Ver você grande e independente é meu maior orgulho... vocês dois são meus orgulhos e a última coisa que quero na vida é ver minha menina sofrendo por um cara que não vale a pena.
Malu: Eu não queria gostar dele pai, mas eu gosto - Voltei a chorar.
Barão: Eu sei filha, mas você vai passar por isso - Neguei chorando mais. Barão me puxou, me colocando no seu colo e me abraçando fortemente. - Passar por isso vai te tornar mais forte.
Malu: Eu não sou tão forte assim - Ele riu. - Por que você tá rindo, poxa? Isso é sério, pai.
Barão: Você nasceu de outra mulher, Maria - sorriu. - Por isso é forte duas vezes... não fica se martirizando assim, porque você é forte pra caralho!
Malu: Pai...
Barão: Homem nenhum merece suas lágrimas - Ele limpou meu rosto e beijou minha testa. - Aquela ratazana muito menos... Eu te amo, escutou?
Malu: Eu também te amo - Ele sorriu, me abraçando mais forte.
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Desculpa demorar p atualizar, tava grogue dentro de casa e esqueci real kkmmmkk 😅
Dêem idéias pros próximos capítulos amigas 🤭
Pessoal vão no perfil da mana e dêem uma moralzinha na fic dela q eu AMEI demais e sei q vcs vão gostar também 🥰
vulgo_biazinha4/6
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155 [Morro]
Fanfiction➝ Rio de Janeiro, Complexo da Maré📍|| Se eu não puder fazer você a pessoa mais feliz, vou tentar chegar o mais perto disso possível. iniciada em: 23/03/2020