▪︎ RATO ▪︎
Sol tava dando porrada em plena nove da manhã, dava não. Calor tava de matar mesmo!
Já tinha cobrado todos que estavam devendo e não me arrependo de nada que fiz a eles.
Estavam todos errados, tanto quanto eu.
Os cara faz um puta de um corre pra comprar as coisas pra dentro de casa, pagar conta e os caralhos e eu só queria saber por que não é o mesmo quando se envolve drogas.
Na hora ninguém acha que vai ser cobrado, que tá tudo de boa, mas eles esquecem que o tempo passa e minha paciência vai com ele.
Paciência essa que eu nem tenho!
Morro tava tranquilo e os cara na agilidade. Minha cabeça tava nos papéis das mercadorias que iam chegar e só.
Tava pique empresário hoje; assinando e revisando as parada.
Eu não tava a fim de ficar a toa, porquê na certa minha mente ia voar até chegar na porra daquela garota.
O foda é que quanto mais tu tenta esquecer, mais tu lembra e isso acaba com a porra da cabeça.
Parada de ir dormir pensando nela e acordar puto porque ela não tava ali.
Mas eu tinha que seguir em frente. Me abalar por conta de mulher não era do meu feitio e não ia ser agora que isso ia acontecer.
Tirei a camisa ensopada de sangue e joguei no cesto de lixo, encostando as costas na cadeira de couro. Levantei minutos depois pra pegar bebida dentro do frigobar e sentei de novo, tomando que nem água.
Bagulho desceu rasgando e fiz careta, escutando o barulho da porta.
RD, Titu, Acerola, Marcola e Terror entravam na sala. Todos armados e nenhum com uma cara muito boa.
Rato: Qual foi?
Acerola: Tu quer a notícia ruim ou a péssima? - Olhei torto na direção dele, que levou um tapa na cabeça, do Marcola. - Me bate de novo pra tu ver se eu não piso no teu pé, Saci Pererê!
Marcola: Porra! Tu tá pedindo Acerola!
Terror: Para com essa porra vocês dois - Falou puto, separando eles. - Barão roubou a carga toda.
Rato: Que?
RD: Nós chegou a pegar a mercadoria, mas vindo pra cá os caras do Barão pegou nós desprevenido e roubaram as paradas.
Rato: Oque sobrou? - Perguntei impaciente.
Acerola: Essa é a péssima notícia - Sorriu. - Os caras pegaram tudo. Tipo, papo dos três caminhão que tu encomendou... - Fechei os olhos e cocei a cabeça. Tava acreditando que aquele velhote fez essa porra comigo, de novo não. - Mas ó! Se for fazer tu se sentir melhor, consegui pegar essa nove milímetros aqui.
Rato: E tu acha que da pra dividir uma nove milímetros com mais de cinquenta homens, Acerola? - Ele fez uma pausa, ficando com cara de pensativo. Na hora que eu levantei, Titu empurrou ele pra fora, cruzando os braços em frente a porta. - Eu vou matar esse filho da puta.
RD: Quem? Acerola? Nada a ver...
Rato: Barão - Cortei ele. - Eu vou invadir aquela porra, tomar o morro e matar aquele velho filho da puta.
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155 [Morro]
Fanfiction➝ Rio de Janeiro, Complexo da Maré📍|| Se eu não puder fazer você a pessoa mais feliz, vou tentar chegar o mais perto disso possível. iniciada em: 23/03/2020