▪︎ RATO ▪︎
Tinha passado uns dias desde a morte da mãe de Maria e dizer que ela ficou chata nesse meio tempo.
Sei que deve ser pedrada perder a mãe e eu nem sei oque eu faria se acontecesse alguma coisa com minha coroa.
Mas sei lá, irmão. Maria se afastou, ficou socada dentro do quarto a semana inteira e só Nathalia entrava lá.
Sou homem, tenho minhas necessidades e acabei fazendo coisa que não era pra fazer.
Brenda: Lembrando que foi você que me chamou aqui.
Rato: Eu sei porra! Não sou nenhum moleque, sei das parada que eu faço.
Brenda: Então se sua mulherzinha perguntar onde você tava, você vai dizer que tava comigo? - Perguntou sorrindo.
A voz dela tava me incomodando pra caralho e quanto mais ela falava, mais puto eu ficava.
Rato: Eu não vou falar nada e ela não vai perguntar nada porque ninguém deve nada a ninguém - Levantei. - E aí de você se sair comentando alguma coisa pra alguém.
Brenda: Minha boca é um túmulo - Sorriu. - Mas se ela perguntar eu vou ter que falar a verdade.
Rato: Fica quieta que tu ganha mais e para de falar da minha mulher.
Brenda: Sua mulher? - Debochou. - E o papo de ninguém deve nada a ninguém? - Bufei estressado. - Rato pelo amor de Deus.
Rato: Pelo amor de Deus, Brenda! Sei nem porque eu tô gastando meu tempo contigo, garota.
Brenda: Deve ser porque você não pertence a uma só - Riu. - Você sabe que não ama ninguém além de si mesmo, Rato.
Rato: Eu que cheiro e tu que fica maluca? Namoral, vai tomar no cu Brenda. Minha mulher tem nada a ver com isso.
Brenda: Minha mulher, minha mulher - Me imitou. - Você fala isso com tanto gosto. É fácil chamar ela assim, mas cadê ela? Quando você precisa quem você chama?
Rato: Brenda...
Brenda: Exatamente - Sorriu. - Você não chama a sua mulher. Você me chama! Eu que devia estar no lugar dela não o contrário.
Rato: Vai se foder, garota. Maria é minha mulher e foda-se.
Brenda: Então cadê ela, Rato? Por que é que ela não tá aqui?
Peguei meu revólver e atirei na perna dela que começou a gritar. Saí dali e subi na minha moto indo pra boca.
Ouvir a verdade é foda.
Entrei na sala e vi Terror e Marcola rindo a toa no sofá. Na mesinha tinha algumas carreirinhas e eu já cheguei cheirando três.
Rato: Qual foi que vocês tão rindo tanto? Quero rir também pô.
Terror: O cara tem medo de pinscher - Falou rindo. O cara tava rindo com vontade e o outro tava no mesmo estado. - Quem tem medo de cachorro, mano?
Marcola: Irmão, quando o diabo não vem ele manda o secretário e aquelas porra são tudo indemoniada... passa na Branca pra tu ver.
Rato: Branca da nove? - assentiu rindo.
Marcola: Eu sou homem. Admito a parada e tenho medo daquela peste sim. Sou o triplo do tamanho daquela porra e ele ainda tem coragem de broncar.
Terror: O triplo do tamanho, mas a coragem ficou com o cachorro - Ri com o Terror e o Marcola fechou a cara.
Ficamos zoando o plantão dentro da sala e a lombra bateu uns minutos depois.
As drogas da CDD era umas parada que mandava até pra outra galáxia se tu quisesse, irmão. E eu já tava altinho rindo até da respiração dos cara.
RD: Rato... - Ele parou olhando pra gente e negou, passando a mão na mesa. Os cara começou a xingar ele e eu permaneci quieto, mas rindo por dentro. - O x9 que tu mandou pro morro do Barão foi morto, mas ele descobriu umas parada séria.
Rato: E...?
RD: O mano disse que um tempo atrás a ex mulher dele sumiu grávida junto com o irmão. Um dos cara informou a ele que não tinha muita lógica a mulher fugir com o irmão, porque ela amava o Barão pra caralho e da parte dele não era muito diferente...
Marcola: Como eu pudi um dia me apaixonar por você? Como eu pudi um dia me envolver com alguém assim? - Cantarolou interrompendo o RD.
Terror: Tão diferente de mim, tão nem aí pra sonhar. Por que tem que ser assim? Bem que podia mudar.
Rato: Se é errando que se aprende eu aprendi com você. Só se sabe oque é bom quando conhece o ruim... - RD Bateu nas nossas cabeças e ficou falando nada com nada.
RD: Porra! Eu tô falando sério, caralho. Me interrompe de novo que eu vou fazer tua irmã vir limpar teus restos nessa sala.
Marcola: Calma pinscher! - Debochou. Nós começou a rir e o RD ficou nos olhando de cara feia sem entender.
Rato: Parou, parou, parou... Deixa o cara terminar de falar. Vai, fala!
RD: A parada é a seguinte. Barão tá invadindo aqui direto porque acha que a mina tá aqui dentr...
Terror: Meu coração, quer se vingar de tudo que passou, quer maltratar me fazer sofredor, não deixa eu pensar mais nada, a não ser nesse amor...
Marcola: Caralho, Pixote é sacanagem - Falou. - Mande um sinal - Gritou. - mande um sinal, da um alô dá uma chance pro amor, pois eu não 'to legal, mande um sinal...
RD: Filhos da putaaa... - Tirei a arma da mão dele e falei pra ele continuar. Tava morrendo de rir, mas tinha que escutar o cara. - Ele acha que a mulher e a filha tão aqui dentro. Parece que tem gente dele aqui dentro também.
Fechei a cara na hora.
Rato: Impossível!
RD: Por isso ele conseguiu pegar todos os nossos carregamentos nessas últimas semanas. Tem x9 aqui dentro.
Terror: E a filha dele também.
Marcola: AK 47 é o porte do homem - RD do nada sacou outra arma e atirou na direção dele. - Filho da puta! Tá maluco?
Rato: Meu sofá, caralho! Tá maluco?
Terror: Bom dia! O sol já nasceu lá na fazendinha...
Comecei a rir com os caras e o RD negou, saindo puto da sala.
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155 [Morro]
Fanfiction➝ Rio de Janeiro, Complexo da Maré📍|| Se eu não puder fazer você a pessoa mais feliz, vou tentar chegar o mais perto disso possível. iniciada em: 23/03/2020