155 [Morro]

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▪︎ RATO ▪︎

O foda era que ela sabia que tava gostosa e provocava.

Tava eu e os cara tudo no camarote e eu só de olho na maluca dançando com a Nathalia.

Toda hora a merda daquela saia abria e a bunda dela aparecia. Os cara em volta não tirava o olho e minha ponto trinta já tava até destravada.

Ela olhou na minha direção e mordeu o lábio, se esfregando mais na Nat.

Porra! Papo de foder ela ali mesmo e fds.

Rato: Filha da puta! - comentei comigo mesmo.

RD: Continua com essa cara que ela vai te provocar até tu não aguentar com o pau dentro das calças - Olhei ele que encarava as duas também. - Experiência própria.

Rato: A desgraçada é gostosa - Ele riu, concordando. - Como foi a missão?

RD: Tranquila - Riu. Tinha mandado RD e outros caras meu pra ajudar o Micael* com alguns problemas no morro dele e eles voltaram tem umas horas já. - Aqueles cara era lerdo pra porra. Um deles deu um tiro na própria perna com a Glock. Eu e Tico quase cagamo de tanto rir.

Neguei rindo com ele.

Rato: Ainda bem que tu chegou ileso - Ele sorriu fraco e bateu nas minhas costas. - Não quero o mal dela.

RD: Não é oque parece - Soltou. Ele respirou fundo e bebeu da cerveja. - Você bateu nela, William. Três dias no hospital. Três dias desacordada. Tem noção da parada?

Rato: Tô ligado que eu tô no erro, mas eu já pedi desculpa. Tu tá ligado que eu não sou assim.

RD: Eu já não sei mais quem tu é - Encarei ele. Quando nós começava com essas conversas, nós só terminava na porrada e eu não tava querendo brigar com ele ali. - Quando o bagulho se trata de mulher, tu muda.

Rato: Nunca briguei por causa de mulher - Ele riu.

RD: Maria Luiza é travesti? - Rolei meus olhos e dei um gole na cerveja. - Não faz mais nada de ruim pra ela, irmão.

Rato: Não vou - afirmei.

RD: Acho bom mesmo - Ri. - Se não ó... - Ele fez arma com a mão se afastando e meio que atirou. - Bum! É bala, parceiro.

Rato: Vai caçar oque fazer, RD - Mandou dedo. - Comédia!

Fiquei olhando lá pra baixo mais um pouco, até os cara me chamar pra usar umas parada. Não neguei, até porque eu tava precisando.

Passei pro corredor e entrei na salinha, vendo alguns caras meus ali.

Marcola: Aqui patrão - Andei até ele. - Diretamente da CDD - Riu. - Esse aqui é forte, tem que cheirar só... - Peguei a nota da mão dele e cheirei as duas carreirinha que tava na mesa. Minha cabeça deu um giro de 360 graus, fi. - Que isso patrão. Saporra é forte, podia cheirar assim não.

Rato: Cala a porra da boca - Tirei o saquinho da mão dele e fiz mais três na mesa. - Quem manda nessa porra sou eu.