Esperança

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POV NATALIE

Saindo da livraria com a Priscilla encontro quem eu menos esperava claro que isso poderia acontecer, mas nunca imaginei afinal essa cidade é enorme. Mas aconteceu eu estava frente a frente com minha mãe, nem nos meus sonho eu imaginava que aconteceria dessa forma, mas ela estava lá e aparentemente tão abalada quanto eu.

Eu segurei o a mão de Priscilla com tanta força, não sei se para ela não me deixar cair ou se para ela não ir embora. Ela me olhava sem entender minha tensão, apenas olhava de mim para a mulher a minha frente. Eu já tinha falado dos meus pais para ela, porem nunca tinha mostrado nenhuma foto deles então ela não sabia como eles eram fisicamente.

Mas tudo fez sentindo para ela quando o óbvio aconteceu.

Natalie: Mãe! – apertei ainda mais a mão de Priscilla pedindo silenciosamente que ela não soltasse e nem me deixasse sozinha.

Laura Smith: Natalie! Filha é você mesma. – minha mãe se adiantou até mim e me envolve em um abraço desajeitado e permaneço ali em seu abraço sem reação alguma, pois nunca imaginei que ela faria isso.

Ela se afasta um pouco de mim ainda com seus braços envoltos em mim e me olha como se eu fosse à coisa mais maravilhosa do mundo e eu realmente não entendo toda aquela situação, pois afinal ela permitiu que eu saísse de casa e nunca me procurou nesse tempo que estive fora, então pra mim o que estava acontecendo não fazia o menor sentido.

Quando ela percebe que eu não estava expressando a menor reação ela se afasta de mim e me olha intensamente, depois olha para as minhas mãos junto à de minha namora que parecia mais perdida do que tudo na situação, mas resolve tomar uma atitude para acabar aquela tensão que tomava conta do ambiente. Soltando minha mão sobre muita relutância Priscilla se apresenta para minha mãe.

Priscilla: Olá, sou Priscilla Pugliese. Prazer em conhecê-la. – estendeu a mão para cumprimentar minha mãe que a olhava com curiosidade, mas sempre muito educada pegou a mão da minha namorada em um aperto firme.

Laura: Prazer Priscilla, sou Laura Smith mãe da Natalie. – retribuindo o aperto e dando um sorriso simpático para ela, mas a curiosidade ainda em seu olhar e virasse para mim – Filha como você está? Podemos conversar?

Eu realmente estava totalmente aturdida com tudo aquilo, não sabia como reagir, foi um choque ver a minha mãe que há anos não falava e que nunca me procurou enquanto eu estive aqui no Brasil.

Priscilla: Nati eu vou à loja de jogos, você conversa com sua mãe e depois me avisa quando acabar. – quando ela estava saindo eu seguro sua mão para que ela não se vá, não sabia bem se conseguiria dar conta daquela situação sozinha, mesmo com meus anos de psicoterapia aquele assunto ainda mexia muito comigo mesmo que não deixasse transparecer.

Natalie: Não Priscilla! Fica. – foi à única coisa que conseguir falar.

Laura: Natalie, por favor, prometo que não vou me demorar filha. – ela me olhava com tanta suplica que assenti com a cabeça para que pudéssemos conversar. Ela virou-se para sua amiga que a aguardava e explicou que iria conversar comigo. Despediu-se da sua amiga e me pediu que fossemos a um café que tinha ali para que pudéssemos conversar.

Nós a acompanhamos em um completo silêncio, que só foi quebrado quando chegamos ao café e ela solicitou ao atendente uma mesa mais discreta e afastada dando a entender que gostaria de privacidade.

Laura: Filha é tão bom te ver. Diga-me como você esta? – fiquei um tempo sem saber o que responder a ficha ainda não tinha caído, mas voltei a mim quando Priscilla apertou um pouco mais forte minha mão que ainda segurava, pois eu não afrouxava o aperto. Suspirei algumas vezes então respondi.

O Dia Em Que Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora