Capítulo 10

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Fiquei pensando no que a Beatriz havia dito quando estávamos em seu apartamento: " Queria viver sem as lembranças do meu passado me atormentando"

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Fiquei pensando no que a Beatriz havia dito quando estávamos em seu apartamento: " Queria viver sem as lembranças do meu passado me atormentando".

Ao escutar o que ela disse, me vi revivendo aquele dia em que perdi a minha mãe, a única pessoa que me amou de verdade. Assim, como Bia queria poder seguir sem essas traumas do meu passado.

Mas, essas lembranças ainda me assombravam, tanto que todas as vezes que pensava nelas sentia uma raíva incontrolável, um pouco pelo fato de não ter conseguido proteger minha mãe, por meu pai ter feito tanto mal as pessoas que um dia ele jurou que amava.

Mais uma vez permite que meu passado me afetasse. Passei o dia mal humorado. Nem Mário, que era meu amigo e trabalhava comigo estava me aguentando. Então, resolvi ir para casa depois da reunião que tive com um cliente.

Mas quando estava saindo de minha sala, minha secretária me chama.

- Senhor Alan... O Tales telefonou! Ele conseguiu levantar as informações que o senhor pediu sobre o tal David. Ele diz que precisa encontrar com você pessoalmente, se possível ainda hoje. O que digo a ele? - ela pergunta.

Tales era da polícia civil e tinha alguns contatos com alguns investigadores. Mais cedo enquanto Bia estava pegando suas coisas em seu apartamento, telefonei para ele levantar algumas informações sobre David.

- Diga que vou até sua casa lá por volta das sete da noite - respondo a ela.

- Ok, vou ligar para ele agora mesmo.

- Obrigada Manoela! - digo caminhando em direção ao elevador.

Assim que chego em casa encontro a Beatriz, sentado no sofá. Ela estava linda naquele vestido estampado, dava para ter uma bela imagem das suas pernas bem torneadas. Essa visão me excitou.

Fiquei ainda mais irritado por não conseguia controlar minha libido.

- Olá - digo num tom um tanto ríspido, e logo me repreendo por falar com tanta agressividade.

- Oi - diz Beatriz, se levantando do sofá e depois sem me dar muito assunto sob as escadas.

Dei um longo suspiro.

Depois subo para meu quarto, precisava tomar um banho para relaxar um pouco.

Enquanto deixava a água cair sobre corpo. Fiquei pensando que no fundo boa parte dessa minha irritação tinha um nome, se chamava Beatriz.

O fato de estar perto dela e não poder tê-la para mim. Estava me deixando louco.

Sentia que seria difícil conviver com a Bia, pois meu corpo palpitava pelo desejo de abraçá-la, de beija-la, de acariciar cada pedacinho de seu corpo, de possui-lá sem pudor algum.

Porém, Beatriz não era como as mulheres que eu me envolvi. Tinha que lhe oferecer algo além de apenas sexo. Contudo, minha alma estava tão ferida que não acreditava que ainda existisse amor dentro do meu coração.

Almas Marcadas (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora