Capítulo 9

4.1K 515 42
                                    

Já passava da sete da manhã quando acordei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já passava da sete da manhã quando acordei. Não pretendia dormi até aquela hora, mas, assim que encostei a cabeça no travesseiro, fui vencida pela exaustão. Isso quase nunca acontecia, pois geralmente tinha pesadelos que me despertavam antes das seis da manhã.

Sentei-me na cama por alguns minutos. Neste momento a cena do que tinha acontecido na piscina passou por minha cabeça.

Meu rosto se contorceu numa careta desesperada. Deus, não teria coragem de olhar na cara do Alan depois do que aconteceu.

- Droga - digo irritada comigo mesma por ter me deixado levar e acabar naquela situação de ontem.

Mas agora, não adiantava nada ficar chorando pelo leite derramado, penso para mim mesma.

Paro de remoer essas lembranças, saio da cama e me arrasto em direção ao banheiro. Mas me detive no meio do caminho, pois tinha que enviar uma mensagem a Anne, pois ela devia estar preocupado sem notícias minhas.

Peguei minha bolsa que estava em cima da cômoda e depois retirei meu celular de dentro dela.

Vi que havia algumas mensagens aflitas de Anne. Dígito uma reposta dizendo que eu estava bem. Depois expliquei a ela que teria que ir até delegacia, e conseguiria ir no estúdio só na parte da tarde.

Depois de mandar a mensagem me apressei para fazer minha higiene pessoal.

Assim, que terminei de me vestir, ainda permaneci por alguns instantes no quarto, estava receosa em ter que encarar Alan depois da intimidade que compartilhamos. Sentia um bombardeio de sentimentos estranhos, que eram tão aterrorizante quanto excitantes.

Ando até o espelho e fico observando minha imagem.

Eu nunca achei que fosse uma mulher bonita, mas ontem a noite o olhar de admiração e desejo de Alan ao vislumbrar meu corpo, fizeram com que eu me sentisse linda e sexy.

Mas tinha que ser sincera comigo mesma, o que existe entre Alan e eu era apenas uma atração muito poderosa e não iria passar disso.

Sábia que não era capaz de me apaixonar por ninguém, muito menos por Alan, pois minha alma havia sido marcada pelo rancor, pelo ódio e crueldade.

O amor que um dia habitava em mim, havia sido destruído no momento em que aquele mostro tirou minha inocência.

De certo modo, isso me fez desacreditar que um dia poderia amar e também ser amada, casar e ter filhos.

Confesso, que um dia eu cheguei acreditar nesse conto de fadas, porém isso tudo não é para mim. E tinha certeza que isso, também, não estava nos planos de Alan.

Seria prudente esquecer o que tinha acontecido entre nós dois. Seria o melhor a se fazer, digo a mim mesma.

Minutos depois, resolvo a sair do quarto, pois não podia ficar me escondendo. Mais cedo ou mais tarde iria ter que encarar Alan.

Almas Marcadas (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora