Alan havia me puxado para seu colo, fazendo com que eu apoiasse a cabeça contra o seu peito, e começou a acariciar-me de uma maneira tão terna.
Por um segundo, me pego sorrindo com aquele momento, pois nunca imaginei que algum dia estaria assim com um homem, permitindo que ele me tocasse, me abraçasse, ainda por cima eu iria ama-lo.
Devagar, levanto meu rosto e mantenho meu olhar fixo no queixo perfeitamente desenhado de Alan. Então, passei de leve a ponta dos meus dedos por alí. Ele virou um pouco sua cabeça e beijou minha testa. Uma, duas, treze vezes com um sorriso no rosto.
Quem diria que aquele homem que conheci e que mal sorria e quando fazia era de maneira cínica, agora ostentava um sorriso de felicidade.
Coloco uma de minhas mãos em seu braço e a outra em volta de sua cintura estreita. Depois me acongecho ainda mais ao seu corpo. Novamente, descanso minha cabeça contra seu peito e fico escutando as batidas do seu coração. Fecho os olhos e me deixo levar pelo ritmo gostoso dos seus batimentos, que me provocavam uma paz tão reconfortante.
Soltei um longo suspiro. Eu estava me sentindo tão feliz...segura... protegida como jamais me senti em toda a minha vida. Literalmente, Alan era meu porto seguro.
Neste momento, meu estômago começou a "reclamar" de fome, tanto que chegou a doer.
— Alan, preciso me alimentar antes que desmaie — Digo inclinando minha cabeça para trás para poder encara-lo.
— Eu também estou faminto. — Diz ele baixando seu olhar para os meus lábios.
Foi então que notei que aquelas palavras possuiam um duplo sentindo.
— Ei, não é esse tipo de fome ao qual me refiro. — Digo tentando controlar o riso com a cara de decepção que ele faz logo em seguida — Agora vamos, pois preciso comer algo. — Digo, afastando-me dele e saindo da cama.
— Tudo bem! — Diz ele levantando as mãos no alto num sinal de rendição. — Vou tomar um banho rápido — Completa ele, jogando o lençol, que lhe cobria até a cintura, para o lado e levantando da cama.
Ao fazer isso, de imediato, minha atenção foi atraída diretamente para aquele corpo incrívelmente poderoso e as lembranças do nosso ato de amor surgiram, tão inesperadas quanto um raio.
— Se quiser pode ir descendo e pedir para Miriam preparar algo para você, que daqui a alguns instantes te encontro. — Diz ele pegando suas roupas que estavam em cima do puff.
Estava sendo difícil me concentrar no que Alan dizia, com ele nú, alí na minha frente.
"Por que ele tinha que ser tão lindo", penso perturbada com aquela visão e sinto uma vontade de me aproximar e toca-ló novamente. Queria percorrer minhas mãos por cada pedacinho daquele corpo magnífico.
— Bia.— a Voz de Alan me desperta dos meus devaneios.
Rapidamente, desvio meu olhar que havia sido conduzido para o seu belo traseiro e foco em seu rosto, mas não antes que Alan me flagrasse olhando-o.
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Almas Marcadas (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 2)
RomanceBeatriz Silveira, quando menina viu sua vida virar de cabeça para baixo. Após a morte de seus pais ela teve que morar com uma família acolhedora. Foi então, que ela descobriu o quanto o ser humano pode ser terrivelmente cruel. Agora com 24 anos Bia...