Beatriz Silveira, quando menina viu sua vida virar de cabeça para baixo. Após a morte de seus pais ela teve que morar com uma família acolhedora. Foi então, que ela descobriu o quanto o ser humano pode ser terrivelmente cruel. Agora com 24 anos Bia...
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Eu não pretendia ter dormido a maior parte da viagem, mas por saber que ficaria várias horas no ar e por conta do meu mal estar no início do vôo, acabei tomando um remédio que me fez apagar.
Fazia poucos minutos que havia acordado e fiquei olhando pela janela, já dava para avistar a cidade lá em baixo.
- Iremos descer em Belize, daqui a cinco minutos. - diz Alan, me fazendo desviar minha atenção da paisagem lá fora e fixar nele.
Ele estava saindo da cabine do piloto, andou e sentando-se novamente ao meu lado.
- Ok! - digo lhe dando um sorriso.
- Você não me parece bem. Está pálida. - diz ele com um olhar preocupado, acariciando suavemente meu rosto com uma de suas mãos.
- Não me sinto muito bem em aviões. - digo sentindo o calor daquele toque sobre minha pele.
Senti os braços fortes de Alan rodeando minha cintura, trazendo-me para perto dele. Neste momento, senti um calor na boca do estômago. Como de costume meu corpo era totalmente conscientemente da energia poderosa que emanava de Alan. Era como se sentisse uma fome monstruosa que só ele pudesse saciar.
- Espero que não passe mal na lancha, pois teremos que pegar uma até a ilha de Charlie. - avisa ele acariciando minhas costas. Senti um arrepio percorrer minha espinha com quelas carícias.
- Também espero. - respondo me aconchegado no peito de Alan.
Não sei dizer quanto tempo fiquei assim, mas quando levantei minha cabeça, meus olhos encontraram os dele. Alan se aproximou e tocou meus lábios com os seus. Minha língua procurou avidamente a sua. E eu o beijei até que eu não pudesse mais respirar...
Quando descemos no aeroporto de Belize, havia um homem alto, loiro, de olhos claros, de pé ao lado de um carro nos aguardava. Deveria ser charlie, penso logo.
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