Marlon tinha me telefonado no dia seguinte que Alan levou Beatriz da sua casa por conta de eu ter tentado sequestra-la de sua propriedade. Desde então não voltaram mais para sua residência.
- Alan não falou para ninguém onde iria? - havia perguntado a Marlon.
- Não, eu andei perguntando aos outros funcionários para ver se sabiam de algo, mas nada. - dissera ele do outro lado da linha telefônica.
- Maldição isso não pode estar acontecendo. - falei irritado e depois desliguei o telefone sem esperar a resposta do babaca do Marlon.
Já haviam se passado dias e eu ainda não tinha conseguido descobrir onde Alan tinha se escondido com Beatriz. Tentei de todas maneiras possiveis saber sua localização, mas até agora não tive sorte.
Estava totalmente em pânico só de imaginar que novamente havia perdido minha menina.
Entretanto, essa noite se tudo corre-se bem poderia vir a decobrir onde Beatriz estava.
"Tinha que manter a calma e esperar pelo Marlon", digo para mim mesmo.
Ele tinha levado Théo para jantar e depois seguiriam para um hotel. Marlon iria embriaga-ló para que não desconfiasse de suas perguntas a respeito de sua amiga e assim tentaria extrair algo dele. Então se Beatriz contou para ele para onde foi, Théo acabaria abrindo a boca. Sinceramente, esperava que essa ideia que Marlon sugeriu desse certo.
Pois, inicialmente ordenei para que ele trouxesse o rapaz até mim, e então, eu usaria um método bem mais violênto para que Théo soltasse a língua. Porém, Marlon quis tentar essa alternativa primeiro, e se caso não funcionasse do seu jeito faríamos do meu.
Contudo, eu já estava sonhando acordado com a momento em que teria ela novamente em meus braços. E só de pensar nisso, logo a imagem daquela noite em que tomei Beatriz pela primeira vez, venho com força total a minha mente.
Foi naquele final de semana, em que Elisa viajou para Brasília, que tudo começou. Neste momento, revivi as lembranças daquele dia.
Assim que Beatriz terminou de ler seu livro, rumou para seu quarto para descansar. Eu ainda estava na sala tentando me concentrar em uns documentos do trabalho, mas a imagem dela não saia de minha cabeça. Algumas horas depois eu fui até seu quarto, para lhe dar um beijo de boa noite.
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Almas Marcadas (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 2)
RomanceBeatriz Silveira, quando menina viu sua vida virar de cabeça para baixo. Após a morte de seus pais ela teve que morar com uma família acolhedora. Foi então, que ela descobriu o quanto o ser humano pode ser terrivelmente cruel. Agora com 24 anos Bia...