Enquanto voltávamos para o navio, eu pensava em inúmeras tentativas de fuga, mas todas elas terminavam comigo morta. Mas, confesso que a morte não me pareceu tão ruim quando começamos a subir a rampa do navio.
Espio Taehyung algumas vezes, por canto de olho, mas ele não estava prestando atenção em mim, e Namjoon parecia não saber o que estava acontecendo.
Quando terminamos de subir a rampa, Inez surge na nossa frente.
— Capitão, já fiz a contagem e está faltando cerca de treze tripulantes. O que ouve? Andou brigando? — Ela pergunta assim que nota o corte no supercílio de Taehyung.
— Reúna alguns piratas e vão atrás deles. — Taehyung dá a ordem ao entrar no navio, sem responder à pergunta de Inez, que apenas assente e vai fazer o que ele pediu.
Quando vejo Taehyung e Namjoon irem em direção a porta da esquerda, no convés, onde eu sabia que dava para o seu quarto, me apresso a correr até o alçapão, dando de cara com Jack que estava prestes a subir para o convés.
— Oh, meu Deus, você voltou! Pensei que estivesse morta, ou que foi vendida pra algum pervertido dono de algum prostíbulo. — Segurando nos degraus de madeira da escada, e com um saco de pano debaixo do braço, ela suspira aliviada.
— Desça. — Peço, e olho ao redor, vendo os tripulantes se espalharem pelo convés.
— Era enganação. Aquele cara queria me molestar, mas eu teria dado uma surra nele se o Taehyung não tivesse aparecido. — Confesso, assim que piso no chão do segundo andar do navio.
— Você encontrou o Capitão? — Jack me fita surpresa.
— Ele me encontrou. — Digo, e meto a mão dentro da minha bota, puxando o pequeno saco de moedas. — Acho que você vai enviar isso pra sua família. De qualquer jeito, não conseguimos mesmo. — Suspiro, e entrego o saco de volta para ela.
— Nada disso. — Jack sorri para mim e coloca seu saco de moedas na bota, antes de abrir o saco que ela apoiava debaixo do seu braço, fazendo os meus olhos se arregalarem.
— Como você conseguiu isso? — Pergunto espantada, fechando o saco em suas mãos, enquanto olho ao redor para me certificar de que ninguém nos veria.
— As mulheres do cabaré. Você estava demorando demais pra voltar, então pensei que alguma coisa havia acontecido e, por isso, tentei me virar. Conversei com uma tal de Cayo, e ela acabou me dando essa pistola. Ela disse que todas as dançarinas e cantoras do cabaré têm pistolas para se defenderem, porque o cabaré é atacado por pervertidos com frequência. Lá elas são daquele tipo de querem igualdade entre homens e mulheres, então quando eu disse que queria apenas me defender dos piratas, ela me ajudou.
— Eu não posso acreditar nisso! Nós conseguimos! — Completamente animada, abraço Jack, que ri. — Ficamos com a arma e com o dinheiro. — Sorrio abertamente para ela.
— Sim. Mas é melhor a escondermos logo. Dana está lá no quarto e já me perguntou, ao menos, umas duas vezes o que havia dentro desse saco. Eu disse que eram as minhas moedas e então ela falou que eu deveria guardá-las ao invés de andar com isso como se fosse o meu filho.
— Certo. Vamos levar lá pra baixo e esconder em alguma gaiola velha. — Digo e Jack assente.
Posterior a darmos uma checada no ambiente, corremos em direção ao alçapão que levava para o terceiro andar do navio e prisão.
Como já estava entardecendo, a prisão estava um pouco mais escura e, por isso, precisamos da ajuda de uma das lamparinas para iluminar o caminho.
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SIRENA DEL ATLANTIS || KTH
Fanfiction❝Nos tempos antigos, uma lenda sussurrava na brisa da manhã: vagabundos do mar que atormentam os oceanos. Eles cavalgavam as ondas como corcéis em seu poderoso navio, com suas lâminas sempre prontas para arrancarem os ossos dos músculos. De porto em...