6°- CAPÍTULO

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Enquanto voltávamos para o navio, eu pensava em inúmeras tentativas de fuga, mas todas elas terminavam comigo morta. Mas, confesso que a morte não me pareceu tão ruim quando começamos a subir a rampa do navio.

Espio Taehyung algumas vezes, por canto de olho, mas ele não estava prestando atenção em mim, e Namjoon parecia não saber o que estava acontecendo.

Quando terminamos de subir a rampa, Inez surge na nossa frente.

— Capitão, já fiz a contagem e está faltando cerca de treze tripulantes. O que ouve? Andou brigando? — Ela pergunta assim que nota o corte no supercílio de Taehyung.

— Reúna alguns piratas e vão atrás deles. — Taehyung dá a ordem ao entrar no navio, sem responder à pergunta de Inez, que apenas assente e vai fazer o que ele pediu.

Quando vejo Taehyung e Namjoon irem em direção a porta da esquerda, no convés, onde eu sabia que dava para o seu quarto, me apresso a correr até o alçapão, dando de cara com Jack que estava prestes a subir para o convés.

— Oh, meu Deus, você voltou! Pensei que estivesse morta, ou que foi vendida pra algum pervertido dono de algum prostíbulo. — Segurando nos degraus de madeira da escada, e com um saco de pano debaixo do braço, ela suspira aliviada.

— Desça. — Peço, e olho ao redor, vendo os tripulantes se espalharem pelo convés.

— Era enganação. Aquele cara queria me molestar, mas eu teria dado uma surra nele se o Taehyung não tivesse aparecido. — Confesso, assim que piso no chão do segundo andar do navio.

— Você encontrou o Capitão? — Jack me fita surpresa.

— Ele me encontrou. — Digo, e meto a mão dentro da minha bota, puxando o pequeno saco de moedas. — Acho que você vai enviar isso pra sua família. De qualquer jeito, não conseguimos mesmo. — Suspiro, e entrego o saco de volta para ela.

— Nada disso. — Jack sorri para mim e coloca seu saco de moedas na bota, antes de abrir o saco que ela apoiava debaixo do seu braço, fazendo os meus olhos se arregalarem.

— Como você conseguiu isso? — Pergunto espantada, fechando o saco em suas mãos, enquanto olho ao redor para me certificar de que ninguém nos veria.

— As mulheres do cabaré. Você estava demorando demais pra voltar, então pensei que alguma coisa havia acontecido e, por isso, tentei me virar. Conversei com uma tal de Cayo, e ela acabou me dando essa pistola. Ela disse que todas as dançarinas e cantoras do cabaré têm pistolas para se defenderem, porque o cabaré é atacado por pervertidos com frequência. Lá elas são daquele tipo de querem igualdade entre homens e mulheres, então quando eu disse que queria apenas me defender dos piratas, ela me ajudou.

— Eu não posso acreditar nisso! Nós conseguimos! — Completamente animada, abraço Jack, que ri. — Ficamos com a arma e com o dinheiro. — Sorrio abertamente para ela.

— Sim. Mas é melhor a escondermos logo. Dana está lá no quarto e já me perguntou, ao menos, umas duas vezes o que havia dentro desse saco. Eu disse que eram as minhas moedas e então ela falou que eu deveria guardá-las ao invés de andar com isso como se fosse o meu filho.

— Certo. Vamos levar lá pra baixo e esconder em alguma gaiola velha. — Digo e Jack assente.

Posterior a darmos uma checada no ambiente, corremos em direção ao alçapão que levava para o terceiro andar do navio e prisão.

Como já estava entardecendo, a prisão estava um pouco mais escura e, por isso, precisamos da ajuda de uma das lamparinas para iluminar o caminho.

SIRENA DEL ATLANTIS || KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora