— Vou pedir aos mares que te protejam. — Dana aperta firmemente minha mão, enquanto me encara com preocupação, da mesma forma que Jack, que estava do lado, segurando Duque.
Suspiro alto, porém, forço um sorriso. Não é como se eu não estivesse temente pelo que aconteceria, mas, eu também não queria deixá-las ainda mais preocupadas do que já estavam.
Inez bate pela quinta vez na porta, gritando do outro lado.
— Preciso ir. — Suspiro de novo e dou um abraço rápido em Dana. — Não se aflijam muito, e não se esqueçam da minha promessa de nos tirar daqui, não vou morrer enquanto não a cumprir. E, também, eu ainda não consegui libertar os prisioneiros, mas penso que eles já não têm muitas esperanças em mim, de qualquer forma. — Rio baixo e sem jeito.
Me viro para o lado e encaro Jack. Suas sobrancelhas se modelam de um jeito triste, moldando os olhos preocupados. Ela balançava Duque igual a um bebê, efeito de seu nervosismo.
Minha pequena bolinha de pelos late para mim como se soubesse o que me aguardada, e depois se agita nos braços de Jack, pulando para os meus. Abraço Duque com todo carinho e ele lambe a ponta de meu nariz, ficando completamente impaciente nos meus braços, mas, não era um agito de felicidade.
— Estarei de volta mais tarde, agora fique com a Jack, tudo bem?! — Falo para Duque depois de o levantar na altura do meu rosto.
Entrego o cachorro para Jack, e me despeço das minhas duas companheiras de quarto, com um sorriso pequeno. Caminho até à porta e Duque volta a latir. Ele foge do colo de Jack, pois, logo surge correndo ao redor dos meus pés até parar em frente a porta, latindo para mim.
— Saia daí agora, nanico, eu preciso passar. — Olho para baixo e ele continua latindo, tentando me impedir. — Duque. — Alerto em um tom de voz sério e ele não se mexe, então, com cuidado, o afasto para o lado com o pé, conseguindo sair do quarto, enquanto escuto seus latidos finos.
Inez me esperava do outro lado, com sua típica expressão fechada.
— Ele está barulhento. — Ela comenta assim que começamos a andar pelo corredor.
— Ele só deve estar um pouco carente. Não preocupe, Dana e Jack cuidarão dele. — Digo e Inez assente, ficando em silêncio pelo resto do caminho.
Deste modo, ela me leva até o convés, onde, perto da rampa abaixada, Taehyung, Namjoon, Jungkook, Stu e Jason - os dois piratas que me trouxeram para esse navio no dia do ataque em Marlli - já me esperavam.
O nervosismo surge na boca de meu estômago, mas tento contê-lo.
Alguns piratas e tripulantes também estavam no convés. A maioria mais preocupada em espiar, do batente, a ilha onde o navio ancorou.
— Cuide do navio enquanto eu estiver fora e não se esqueça das minhas instruções: se algo muito preocupante acontecer em minha ausência, zarpe com o Vingança e volte depois para nos buscar, ficaremos escondidos na ilha. — Taehyung fala para Inez no segundo em que paramos na sua frente.
— Sim, Capitão. Não se preocupe, eu farei isso. — Respeitosamente, ela diz, mantendo uma postura ereta e firme.
O vento do dia ensolarado, passa por cima do navio, balançando os cabelos loiros-escuros de Inez, debaixo do seu chapéu de pano.
— Ótimo. Estamos indo agora. — Taehyung acena para ela e se vira, me encarando. — Vamos? — Ele sorri ardiloso como se me perguntasse: estou pronto para te matar nessa ilha se descobrir que você mentiu para mim sobre o mapa.
— Vamos. — Respondo, forçando minha expressão a continuar impassível.
Por mais que a bruxa do pântano, Darcy, tenha dito todas aquelas coisas para nós, não me sinto confiante sobre ajudar Taehyung a encontrar Atlantis. Na verdade, eu estou surpresa que aquele mapa que desenhei, deu em algum lugar que não fosse água.
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SIRENA DEL ATLANTIS || KTH
Fanfiction❝Nos tempos antigos, uma lenda sussurrava na brisa da manhã: vagabundos do mar que atormentam os oceanos. Eles cavalgavam as ondas como corcéis em seu poderoso navio, com suas lâminas sempre prontas para arrancarem os ossos dos músculos. De porto em...