Por Rafa Kalliman:
Meu almoço com a Manu, está sendo incrível. Poder ter um momento sozinha com ela novamente, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido entre a gente. Eu estava muito feliz, até demais.
- Então, me fala da sua social. Quem vai? - falo e ela sorri, passando a mão na nuca - Que foi?
- Eu não convidei ninguém ainda! Era um planinho pra conversar com você... resumindo a Gabi tá passando uns dias em casa, e eu comentei que estava com saudade de você. Mas estava com vergonha de te chamar. Então, ela falou pra eu inventar uma social - ela termina de falar, me olhando e logo em seguida pra sua mão. Estava corada. Começo a dar risada, depois da frase "vergonha de te chamar" não prestei atenção em mais nada.
- Vergonha de falar comigo, Manoela! - falo pegando na sua mão e entrelaçando nossos dedos. Fazendo ela me encarar.
Ela é tão linda, tudo nela é lindo. Poderia ficar olhando pra ela por horas, que não enjoaria nunca. Sua boca, seus olhos, a pinta em sua bochecha que eu quero acariciar sempre que eu a vejo. Como eu fiquei tanto tempo longe dela
- Sabe, podíamos mesmo fazer uma social! O que acha? - ela pergunta, apertando os seus dedos entrelaçados nos meus, me fazendo sair do transe - O que está pensando?
- Em como estar aqui, me faz bem! - falo e ela sorri, amo quando ela sorri. - Bom, já que eu estou aqui em São Paulo. Por que não fazer uma social!? Acho uma ótima ideia
[...]
- Que tal esse? - ela pergunta, apontando para o rosto e mostrando um óculos neon.
Depois que saímos do restaurante, resolvemos ir comprar algumas coisinhas para a social. Eu estava tão desespera para ficar com ela por mais tempo, que estava topando tudo que ela pedia.
- Esse óculos é a sua cara, ficou lindo em você! - falo e ela mostra a língua, saindo saltitando - Você é uma criança, Manoela! - digo em um tom alto para ela ouvir, mas sem sucesso. Ela finge não ter ouvido e continua olhando os óculos.
Devolvo os copinhos plásticos na prateleira e vou até ela, lhe abraçando por trás. Sinto seus braços se arrepiando - Já disse que aquele ficou lindo em você, Pitchula!- Vou levar então - ela pega dois óculos iguais, e se vira, colocando um em mim e o outro nela. - Ficou mais bonito em você!
Ela estava tão perto que eu poderia beija-lá... o corredor da lojinha estava vazio. Poderia selar os nossos lábios e dizer que o vento me empurrou, que foi sem querer.
VAI RAFAELLA, FAÇA ALGO. BEIJA ELA LOGO! Vai deixar ela escapar novamente?
Íamos nos aproximando, conseguia sentir sua respiração. Estava rápida, acelerada e falhando a cada pequena aproximação que estávamos tendo naquele momento. Ela fecha os olhos.
Paro.
Dando um passo para trás...
Não posso... não agora, não posso deixar isso acontecer de novo com a gente.Ela me olha, como se não estivesse entendendo nada, estava corada, parecia um pimentão. Ela olha para seus pés, em sinal de vergonha, mas volta a me encarar logo em seguida. Querendo se mostrar forte...
Desculpa Manu...
Desculpa por ser tão medrosa, por ter medo de te perder novamente... por... ser tão babacaEla dá um sorrisinho e sai... pegando a cestinha que estava no chão e indo para o caixa. Saio da loja e espero ela parada na porta da loja. Precisava de um pouco de ar. Meu coração estava tão acelerado, que talvez eu caia dura aqui no chão. Tento controlar a respiração, até ver ela sair da loja e parando na minha frente.
- Vamos! - ela fala, com as sacolas pesadas na mão. Estico-me para pegar algumas sacolas, mas ela recusa - Não precisa, eu consigo!
- Para, Manoela. Isso está pesado! Deixa eu ajudar... por favor - falo me aproximando para pegar algumas sacolas de sua mão. - Agora sim podemos ir...
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o beijinho não foi dessa vez....
:/
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Everything I want [RANU]
Historical FictionSó não posso mais esconder Que eu tenho inveja do sol que pode te aquecer Eu tenho inveja do vento que te toca Tenho ciúme de quem pode amar você Quem pode ter você pra sempre