Por Rafaella Kalimann:
Meus pais ainda vão me matar de vergonha
Estava sentada no chão da sala, depois do almoço. Manu estava sentada entre minhas pernas e meus irmãos na frente. Estávamos vendo os álbuns antigos. Manu estava vendo do meu aniversário de quinze anos e rindo de algumas fotos soltas dentro do álbum de quando eu era criança e fazia graça. Estava aproveitando que estávamos naquela posição e lhe fazia uma massagem, olhava para os meus pais, sentados no sofá. Eles estavam nos observando e sorrindo.
- Amor... - ela fica em silêncio na mesma hora, me olha assustada e depois para os meus pais. Dou sorriso.
Quero que ela se sinta segura, quando me chamar assim na frente dos meus pais.
- Oi, meu amor - falo, fazendo um sorriso bobo surgir no seu rosto
- Quero ir ao banheiro - ela solta uma risadinha sem graça - Eu não sei onde fica...
Dou risada, pelo seu rosto estar vermelho e me levanto. Dando a mão pra ela, e ajudando ela levantar. Puxo ela para mais perto, passando meu braço em volta do seu pescoço e a guiando
- Fiquei com vergonha de te chamar de "amor" na frente deles - fala, mexendo na pontinha do seu cabelo. Paro, fazendo ela me encarar com os olhinhos brilhando. Coloco minhas mãos no seu rosto, me aproximando e colando nossos lábios.
- Não quero que você fique com vergonha! Aliás, quero aquela Manu pervertida de novo - ela sorri, e me abraça
- Aqui, juntos com os seus pais e irmãos? Nem morta, essa Manoela aparece - acabo dando uma risada alta, sendo acompanha por ela. Passo meu braço em volta do seu pescoço de novo. - Será que eles gostaram de mim? Da gente junto?
- Manoela, para de ser insegura! Acho que minha mãe gosta mais de você, do que de mim - ela dá um sorrisinho de lado, e se afasta.
Entra no banheiro e eu resolvo voltar pra sala, meus pais me olha imediatamente. Aproximo-me deles que me abraçam
Isso é tão estranho
- O que vocês estão achando disso tudo? - pergunto, na lata. Sem enrolação
- Vou ser sincera! É algo diferente, para nós dois - minha mãe fala, apontando para meu pai e voltando sua mão para o seu peito. Olho para meus irmãos que sorri. - Mas se ela te faz feliz, meu amor. Eu e o seu pai, te apoiamos nessa decisão. Ela é uma menina adorável, Rafa. Vejo luz, naquela menina... e vejo que você está mais feliz, com ela por perto.
- Queremos que você seja feliz, minha filha. Não importa, com quem seja...
- Importa sim, tem que ser com a Manu!! - ouço minha irmã falar e me abraçando de lado.
- Só me responda uma coisa, filha - olho pra minha mãe que sorria - Você ama ela?
- Nunca amei ninguém, como eu a amo. Mãe, eu sou completamente apaixonada por ela, não consigo mais me ver sem ela do meu lado. E se, eu começar a imaginar isso, já começo a sentir uma profunda tristeza... eu amo ela demais, que sou capaz de tudo, só pra vê-la sorrir.
- Estamos felizes por você, meu amor - eles se aproximam me abraçando
[...]
Estávamos andando pelo sítio, queria mostrar tudo para ela. Principalmente um lugar, especial para mim. Meu refúgio, meu porto seguro... assim como ela.
- Vai demorar pra gente chegar lá? Não vamos conseguir ver o pôr do sol, se você continuar andando devagar, amor!!
- Você só reclama - falo, fazendo ela me encarar com os olhos semicerrados e mostrando a língua - Infantil...
- Deixa a gente chegar em casa e os seus pais estiverem dormindo, que eu mostro quem é infantil - ela sorri e morde os lábios
Puxo ela para mais perto, beijando o topo da sua cabeça. Pego na sua mão entrelaçando nossos dedos e puxando ela. Começamos a correr. Não queria perder o pôr do sol, não queria perder aquele momento com ela.
Quando chegamos no local, o sol estava começando a se pôr. As flores do campo balançavam de uma lado para o outro, olho para Manu que me encarava sorrindo. Sento-me na grama e ela faz o mesmo, se sentando do meu lado. Nossos dedos ainda estávam entrelaçandos, sentia seus dedos acariciando minha mão. Olho para ela, que estava concentrada no pôr do sol. Mas logo em seguida, ela coloca a mão no bolso da calça e tira uma chave. Ela me olha e sorri- Não é um pedido de casamento, calma! - fala dando uma risadinha - É só uma cópia da chave, do meu apartamento. Sei que começamos a namorar agora, mas... quero que... - ela fica em silêncio e eu sem reação - Quando você chegar de viagem ou querer fazer uma surpresa... quero que tenha a chave. É uma coisa boba, mas é algo importante para mim
- Amor...
- Esse era o meu presente! - fala, se deitando no meu colo - Eu te amo, Kalimann. Muito mesmo.
- Você não faz ideia do quanto eu te amo, Gavassi
Ela sorri, fechando os olhos e fazendo biquinho. Reviro os olhos, me aproximo do seu rosto e lhe beijando...
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Até S2
E não esqueçam, bebam água e lavem as mãos ♡♡
● a "Irmã" da Rafa, na verdade é prima dela na vida real. Um lance assim kkk desculpa pela confusão
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Everything I want [RANU]
Historical FictionSó não posso mais esconder Que eu tenho inveja do sol que pode te aquecer Eu tenho inveja do vento que te toca Tenho ciúme de quem pode amar você Quem pode ter você pra sempre