IV: Aniversário de pesares

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O SERENO ESTAVA maravilhoso que me fez abrir as janelas para o ar fresco adentrar o meu quarto

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O SERENO ESTAVA maravilhoso que me fez abrir as janelas para o ar fresco adentrar o meu quarto. A lua era uma lâmpada incessante que passaria a noite inteira acesa no quarto escuro e sereno, o mar era o espelho frio e enorme que brincava com os feixes de luz atravessando a janela. Eu havia esquecido que a noite não durava para sempre e que pela manhã o sol era tão forte como o brilho do cabelo loiro de Dillan.

Mesmo com o sol irritante do outro lado, a claridade de dentro do chalé não era muita. Mas foi o bendito despertador que fez o trabalho todo naquela manhã - me acordou com o som mais irritante para ouvidos recém acordados. Tic-tac de merda!

Calcei meus chinelos desapontados - talvez porque gostaria de estar fazendo qualquer bobagem do lado de fora. Eu adorava dormir, mas a tarde era o ideal momento para isso. Estava atrasado para qualquer atividade do campo.

Cambaleei zonzo o bastante para tropeçar nas extremidades da cama. Então quando esfreguei meus pés para aliviar a dor, meus olhos fisgaram um pontinho azul na mesa de centro.

Um pontinho azul do tamanho de uma caixa!

Apressei meus passos quase escorrendo no tapete semi esticado sobre o chão. Equilibrando meu corpo sobre a mesa de centro inerte, alcancei a caixa quadrada. A caixa azul continha um laço vermelho - a cor de laço que Dillan embrulhava meus presentes de aniversário.

Meus dedos se atiçaram de curiosidade para abrí-la. A minha súbita vontade de rasgar a caixa e ver o que continha, me fez pegá-la nas mãos e sentir o seu peso. Era leve demais para ter algo grande dentro. Só um envelope em papel que parecia ter escapado de um banho de água, mas ainda assim consegui distinguir as palavras depois de me concentrar:

Long Island.

Acampamento Meio-Sangue, Chalé 3.

Espero que reconsidere a minha falta ao seu último aniversário, por isso não poderia esquecer dessa data tão importante do meu próprio filho. Desde pequeno eu sempre soube que não gosta de comemorações, mas eu tinha de fazer isso. Embora não tenha chegado seu presente nessa caixa, prometo que logo chegará.

Com minhas devotas comemorações, Poseidon.

Uma cartinha do meu próprio pai - embora soubesse que estava bravo depois de infringir as regras e fugir. Não entendi muito bem a sua mensagem até que... o calendário confirmava sua mensagem.

Pelos deuses, hoje é o meu aniversário!

Droga! O maldito 9 de julho dizia que eu acabara de completar meus indesejáveis dezoito anos. A inquestionável pergunta de todo semideus recém chegado acabara de ser respondida por minha consciência. "Será que sobrevivo até os dezoito anos?"

Yushami Thunder e o Prisioneiro de AnimáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora