XX: O Mar de Monstros

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A NOITE CAIU E O MAR parecia calmo

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A NOITE CAIU E O MAR parecia calmo. Fomos para as suítes e dessa vez Trevor me fez deitar em um saco de dormir quando se apoderava da cama.

Era domingo à noite, fazia mais de vinte e quatro horas que saímos do Acampamento. O sono havia pegado à todos nós, embora soubesse que se dormisse pesadelos ruins me chegariam.

Não estava em nenhum lugar de Nova York, porque a cidade não era aérea e muito menos possuía monumentos tão radiantes. Eu sabia onde estava, no Olimpo, o lar dos deuses que se localizava agora sobre o Empire State Building.

As ruas de ouro me davam conforto e poder, como se aquele lugar regesse o meu corpo, às chamas da minha vida.

O grande palácio, assim como o palácio submerso de Poseidon, brilhava como a luz do sol tão clara que quase me cegaram.

As portas abriram e eu entrei. A sala dos tronos era como me lembrava quando fazíamos as visitas ao Olimpo. Os doze tronos não possuíam membro algum, exceto aquele que ficava ao domínio dos outros, como a posição de nossos doze chalés iniciais.

O grande deus da túnica branca relampeou um olhar para mim. Todo o meu corpo parecia tremer como o impacto de uma chuva de trovões.

Zeus, o deus dos deuses e senhor do céu me olhou profundamente. Estava diante do rei do Olimpo, àquele que destronou o titã Cronos e salvou seus irmãos.

Olhar para ele poderia dar um torcicolo na minha cabeça. Ele se levantou de seu trono e então, quando deu um passo, seu corpo se transformava em muitos raios até que estava do meu tamanho.

O rei dos deuses parecia um homem comum, aquele do tipo que seria respeitado por sua boa aparência e rosto severo.

Zeus agora vestia um terno azul escuro. Os olhos tão azuis quanto o céu claro e sem nuvens. Seu cabelo negro aos ombros era tão liso quanto a sua barba aparada.

- Criança de Poseidon. - Analisou-me de cima a baixo. Sua voz era como os ventos sobre a terra, os trovões que ribombavam no meio da tempestade. - Há muitos meses que não nos encontramos.

- Lorde Zeus - disse em submissão, além do mais que minha personalidade egocêntrica deveria saber também que poderia ser fulminada apenas com o estalar de dedos do deus. - O que faço aqui?

Ele quase me fulminou com o olhar, e isso não era bom vindo de um deus.

- Acerto de contas - ele respondeu orgulhoso. - Seis meses fora do lugar mais seguro para você e teve muitos problemas.

Bla-bla-blá! Eu odiava aquele papo, não gostava muito de lembrar os seis meses em que fugi da minha vida para tentar ser normal um pouco.

- Aliás, para salvar um meio-sangue de linhagem forte, só um meio-sangue com o mesmo poder - Zeus pareceu decepcionado ao me ver, eu não era muito o semideus preferido dos deuses, ainda mais depois de tantas desavenças entre nós. - Você se tornou um soldado como os espartanos, Yushami. Você deve trazer minha criança para casa.

Yushami Thunder e o Prisioneiro de AnimáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora