VI: Combate e ódio

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DROGA! Não me lembrava como havia chegado no meu chalé, e nem como minhas roupas estavam jogadas ao pé da cama

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DROGA! Não me lembrava como havia chegado no meu chalé, e nem como minhas roupas estavam jogadas ao pé da cama. E pior... a única coisa que me lembrava era o vexame de cair em cima da garota que mais me incomodava, Alice Hyneong.

— Bom dia! – Dillan apareceu na minha porta eufórico e alegre. — É dia de superarmos o passado. Vamos todos à Arena, inclusive você.

O mau-humor está presente em mim todas as manhãs, odiava ser acordado por imbecis que se alegram com o sol e a beleza do dia. Odiava ainda mais ver a claridade do sol com minha ressaca em plena manhã.

— Você... – Eu pronunciei quase dispneico pela minha situação — Dillan, como eu vim parar aqui?

O loiro sorriu diabolicamente como todas as vezes em que a minha tortura fora sofrer a vergonha de não me lembrar.

Bobinho, se não fosse por Kaique e eu você teria dormido no chão da caverna. – Seus olhos azuis me fitaram com piedade e logo suspeitei da vergonha que havia passado na festa.

Mas os flashbacks passaram claramente por minha mente. Eu estive me amargurando na vodka até que a vi entrar...

— E a gótica? – Eu perguntei histérico e imprudente. — Alice apareceu quando estava quase bêbado de verdade.

Mais uma vez o loiro riu de mim e meus nervos aumentaram. Será que fui o motivo para que as fofocas rolassem hoje? Não, ninguém seria tão estúpido a caçoar de mim sem levar um murro — ninguém curtia com Yushami Thunder.

— Ah, a Alice... – concordou com a cabeça ironicamente. — Bom, foi ela que nos informou de você desmaiado no chão.

— Ela?! – Retruquei assustado — O que ela disse pra vocês?

Então o loiro me fitou duvidoso e tive medo que suspeitasse além do que deveria saber.

— O que ela deveria me dizer? – Suas sobrancelhas se uniram quando a testa franziu.

— Nada! -Disse me levantando desconfortável, mas aliviado.

Já que deveria estar na Arena daqui a alguns minutos, me levantei para arrumar enquanto o idiota ficou me olhando rodar pelo quarto.

— Agora eu quero um minuto de privacidade, solzinho! -Exclamei ao pegar minha toalha sobre o cabideiro.

— Tudo bem. Te espero lá fora. – Rendeu com as mãos ao me ver estressado por sua presença. — Good bye, Tsunami!

— Sai logo, trouxa! – Exigi ao me chamar pelo pior trocadilho que faziam com o meu nome, embora ninguém tivesse culpa por ouvir um nome tão incomum.

Enquanto meu melhor amigo saía do meu chalé, me aprontei para um banho completamente gelado para que a maldita ressaca me deixasse. Dez minutos com minha cabeça debaixo das gotículas geladas que caíam sobre minha face, e desliguei o chuveiro.

Yushami Thunder e o Prisioneiro de AnimáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora