I: Às Origens

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VOCÊS JÁ OUVIRAM a história de meu irmão por aí, quem não? Percy Jackson é a figura do semideus no século XXI, e você só sabe a metade das coisas da nossa mitologia graças a sua história

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VOCÊS JÁ OUVIRAM a história de meu irmão por aí, quem não? Percy Jackson é a figura do semideus no século XXI, e você só sabe a metade das coisas da nossa mitologia graças a sua história. Ele está bem longe, não muito, mas em uma realidade distinta, porque aqui as coisas são mais perversas e nem todas as ordens são seguidas da maneira certa.

Eu descia do táxi depois de entregar o dinheiro ao motorista, estar naquele lugar novamente me trazia lembranças que eu não queria reviver. Entrar e pedir uma dose de tequila seria a primeira coisa que eu faria depois que tirei o casaco de couro que ganhara de uma amiga no meu primeiro outono em Long Island.

Não estava tão tumultuado como habitualmente, todos os bêbados se amarguravam calados com suas garrafas de cervejas por terem largado suas esposas ou possivelmente serem traídos, seus rostos desgostos sempre os entregaram.

Do outro lado do balcão, o homem preparava sem ânimo as bebidas das mulheres impacientes ao meu lado, teria de esperar que as únicas donzelas do bar saíssem logo de um lugar inapropriado à elas.Sinalizei que continuasse a lavar os copos até que eu pensasse um pouco, o que ultimamente eu fazia com frequência. Olhei sob a faixa que cobria minha mão esquerda e o grande corte na palma de minha mão não cicatrizou ainda. Gemi de dor quando meu cérebro subornou meu sentido nervoso que me fazia sentir dores.

- Aqui, sua bebida - ele deixou o copo sobre o balcão e eu escondi minha mão em cima da perna.

- Obrigado. - agradeci gentilmente depois de batucar meu bolso em busca de meu celular.

O homem voltou às costas, mas outrora me olhava sobre os ombros desconfiado. Um jovem de cabelos pretos e olhos castanhos seguiam a ritmo nova-iorquino, eu não era nada fora do comum -em algumas partes.

Metade da dose descia na minha garganta, assim que eu tirei a faixa de minha mão.

- Isso tá demorando demais - disse aborrecido ao olhar para o corte que cruzava a minha mão. Minha tequila havia sido desperdiçada quando a despejei sobre a abertura na palma. - Ai. Merda!

Olhou-me com relance antes de balançar a cabeça em desaprovação. Outros como eles iriam deduzir que me envolvi em uma briga por mulheres apenas de estar naquele bar, esse era o senso-comum americano.

- Sério mesmo? - A garota me assustou quando segurou meu pulso enquanto seus cotovelos se apoiavam no balcão. - Você sai de uma briga e o primeiro lugar que vai é para um bar?

Ela sorriu sádica e inconveniente.

- Não sei o grau da sua idiotice! - Curtiu ao sentar-se ao meu lado.

- Não preciso de seus aborrecimentos, Airam. - murmurei com a voz rouca e sensata, odiava seu tom superior e sarcástico. - Ultimamente me saio muito bem sozinho!

Franziu a testa e riu como se fosse uma piada.

- Um semideus que é ferido por um ciclope e foge para um bar no beco da cidade para se livrar da porra toda. - expôs os fatos sem nenhuma importância com a nossa volta.

Yushami Thunder e o Prisioneiro de AnimáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora