XI: Sete meio-sangues e a kitsune

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DOIS DIAS se passaram desde que ousei beijar a quem eu mais odiava naquele acampamento. Alice Hyneong mexera comigo, e tinha de admitir que aquele beijo abalou muito Yushami Thunder e o deixou totalmente comprometido.

Não digo que estou apaixonado - pelo amor dos deuses! - , seria a última coisa em toda a minha vida. Eu provei que garotos como eu conseguia beijar garotas como ela; mexiam com sua pose de selvagem e palpitava o seu coração.

No café da manhã não pensei em mais nada, como nos dois últimos dias. Minha maldita consciência me dizia que eu deveria fazer alguma coisa, mas lá estava o meu ego para contradizê-la.

Meus amigos estavam fazendo qualquer outra atividade, nem nos encontramos em todo esse tempo. A verdade é que me escondi dentro do chalé 3 enquanto mastigava jujubas azuis e afiava a lâmina da minha espada.

A Guarda-Herói não se reuniu de novo para discutir detalhes da missão que se aproximava. Meus amigos estavam fazendo qualquer outra coisa e o "responsável" aqui tinha os pensamentos fora de questão.

- A comida não desce? - Luara quase me fez engasgar com um pedaço de pão quando surgiu com seu tom sorrateiro no meu ouvido.

Virei a cabeça e me deparei com seus olhos azuis-lunares, a cor perfeita da paleta de cores sagrada dos deuses.

- Ahn, sem fome - disse enquanto me levantava e abanava os farelos de farinha dos meu jeans. - E você, o que te faz estar tão animada assim?

Sorriu para mim quando suas bochechas coraram. Luara tinha dezesseis anos, mas sua timidez ainda valia como uma garotinha de cinco.

- Está brincando? Estou treinando com a Guarda, agora! - a garota brilhava os olhos de euforia com uma voz melódica e alegre.

As coisas acontecem muito rápido em dois dias. E eu ficando trancado dentro de um quarto nem percebi que minha amiga de 16 anos estava com uma adaga na cintura.

- Luara. Você não pode estar falando sério... - Murmurei arqueando as sobrancelhas. - Você ainda é uma criança.

Ela se aborrecia como sempre, cruzando os braços e fechando a cara.

- Não, Yushami. -Ergueu o queixo, rancorosa. - Ninguém que mora aqui é uma criança.

Ela me deixou boquiaberto, a vi séria e sem ingenuidade como sempre fazia ao me dizer palavras sábias.

- Vem - puxou meu braço e eu quase tropecei quando me arrastou para fora. - Precisam falar com você.

Descemos o vale até a grande casa de fazenda azul. Quando descíamos atrasei os passos um pouco, algo me dizia que veria alguém que não pretendia ver no momento.

Como esperado, as três garotas da Guarda estavam na varanda traseira da casa. Mira sussurrando com Airam e ela, Alice Hyneong encostada numa pilastra, analisando suas unhas.

Yushami Thunder e o Prisioneiro de AnimáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora