III: Os Insanos filhos de Hades

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VOLTAMOS PARA O PAVILHÃO DO REFEITÓRIO onde todos os brutamontes suados e sem fôlegos sentaram em suas mesas esperando a refeição

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VOLTAMOS PARA O PAVILHÃO DO REFEITÓRIO onde todos os brutamontes suados e sem fôlegos sentaram em suas mesas esperando a refeição. Kaique e eu nos distanciamos porque deveria se sentar na mesa de Afrodite, com seus irmãos.

O local não tinha teto, era livre para que a luz solar nos iluminasse, não escancaradamente. Graças a um escudo mágico semi-esférico cobrindo todo o acampamento, o sol não era tão quente ali dentro como parecia.

Conseguia adorar o céu azul enquanto percebia meu prato de carne grelhada e pães ser posto na mesa. Agradeci as ninfas quando deixaram minha taça dourada ao lado dos talheres, então desejei que estivesse cheia de suco de morango em tonalidade azul - não julguem minha cor preferida - e lá estava o copo transbordando.

Antes de começar a comer, pensei em vários fatos que me atormentavam desde a volta para cá, desde a descoberta de uma missão como o misterioso corte das garras do porrete de um ciclope que demorava cicatrizar em minha mão. Quase perdi o apetite, mas minha garganta e estômago proclamaram mais rápido.

Nelson havia me lembrado que precisava de estar em forma, afinal qualquer hora poderia partir rumo a Animália, a ilha fantasma que continha um semideus em cativeiro. Depois do almoço fui vistoriar o manequim no canto de meu guarda-roupas, que não o percebi assim que cheguei, e estava vestido com a minha tradicional armadura de batalhas.

Aquela sensação de olhá-la me trouxe à tona meu primeiro treinamento de batalha, quando Airam Mulky quase cortou os meus calcanhares, mas sorte ao meu próprio desastre eu escapara.

- Você terá de se preparar para qualquer coisa que está por vir. - Suas instruções foram o seu primeiro diálogo direto comigo. - Estar ciente de tudo o que possa acontecer...

- Ótimo, um garoto com déficit de atenção vai usar espadas e travar campeonatos com seus colegas de campo. - murmurei rudemente sem entender nada sobre a nova vida.

- O TDAH é parte de todos nós, para nos concentrar-nos em campo, fortalecer nossas perspectivas de movimento. - com seus doze anos ela já sabia mais do mundo olimpiano do que qualquer garoto geek que eu havia conhecido.

- E o que eu preciso pra ser um guerreiro, Airam? - Uma semana atrás eu estava saindo de um orfanato para fazer o teste na escola nova.

- Além de usar armaduras?! - Ela perguntou retoricamente como se estivesse óbvio. - Você tem que fazer jus ao seu título de semideus.

Eu sorri enquanto as lembranças nostálgicas de minha primeiras regras para me tornar um verdadeiro guerreiro me circundam ao vestir minha couraça marrom e calçar as sandálias de batalha. Parecia um verdadeiro troiano, de volta à Grécia Antiga, onde eu iria até o coliseu para vencer uma olimpíada.

Descer a campina até a Arena de Combates era fácil, mas o sol - que mais cedo não parecia escaldante - tarde era insuportável de caminhar. Os semideuses se tumultuavam debaixo das árvores no mesmo tempo em que os sátiros sorrateiros corriam atrás de dríades antes de pularem no córrego que corria atrás do aglomerado de chalés.

Yushami Thunder e o Prisioneiro de AnimáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora