"Uma missão. Um destino. Uma vida."
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Depois de fugir por seis meses Yushami recebe uma carta dos deuses, onde se vê mais uma vez preso ao lugar onde morou desde os doze anos.
A sua vida vira de cabeça para baixo ao descobrir a existência de um...
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MESMO QUE TODOS soubéssemos que Mira era uma kitsune, nunca perguntamos sobre o seu passado. Na verdade, Hanks nos fez jurar pelo rio Estige que seu segredo não poderia ser dito a ninguém.
Agora Alice também sabia de seu segredo, sabia que Mira era poderosa. A mulher de cabelos platinados e olhos avermelhados era um ser que conseguiria derrotar qualquer monstro do Tártaro e de qualquer parte que fosse.
Mas então a minha mente conseguira processar o que antes tanta futilidade ignorou. Se Mira Flame pertencia a lendas e contos de uma civilização oriental, o Olimpo nunca foi a única força que gerou o mundo.
- O Japão tem tantas histórias quanto a Grécia - a kitsune se aproximou com um olhar misterioso, as íris vermelhas como sangue oscilaram para vinho escuro.
- Então... - Alice diria alguma coisa, mas foi cautelosa em suas palavras.
- Sim, Alice - Mira acenou com a cabeça. - Sou uma japonesa... de certo modo sou uma japonesa.
Dillan suspirou fundo. Achei que diria alguma coisa estúpida, mas apenas soltou:
- Por um tempo, achei que os deuses tinham mandado você para cá - soou em um tom meio decepcionado. - Sabíamos o que você era, mas existem mais por aí...
Airam, encostada na poltrona em que Alice sentava, girou o seu cilindro dourado antes de jogá-lo na parede atrás da mesa de escritório. A lança dourada nos assustou.
- Que se dane! - A filha de Atena exclamou aborrecida. - Se lembram quando descobriram ser um meio-sangue?
Aquela pergunta era inconveniente, mas me lembro muito bem do dia em que descobri ser um semideus. Doze anos. Perseguido por um ciclope quando Dillan atirou uma flecha no meio de sua cabeça. Virou poeira ao Tártaro e eu virei um meio-sangue.
- Já sabíamos que Mira é uma kitsune e eu não entendo porque estão tão assustados agora - Airam tinha um pouco de fúria em sua voz, a mesma fúria quando empunhava uma espada em sua mão. - Sabemos que a civilização oriental coexiste com os deuses olimpianos. E tudo quanto chamam de mitologias reina da cultura e crença da humanidade..
- Ótimo - sussurrei indiscreto - E agora criaturas de todas as partes do mundo capturam alguém que nos pertence.
Mira olhava para fora, mas percebi a sua face preocupada. Então, voltou-se para nós e alcançou o tom mais corajoso que encontrasse:
- Isso acontece porque estou aqui.
- Ahn, Mira?! - Perguntei com as sobrancelhas arqueadas. - Isso não tem nada a ver com o fato de você estar aqui. Além disso, você mesma disse que coexistimos com tudo isso que está lá fora.
Abaixou a sua cabeça e pude notar seu sentimento de culpa. Nunca a vi daquela maneira: triste e sombria. A coisa estava feia ou ia começar a ficar...
