[16] Pequeno Narciso

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CORREDOR, MANSÃO DOS VIEIRA'S - 11 DE MARÇO, 20:21 PM

— Droga! — gritou, levando suas mãos para o rosto. Seus filhos a olharam, assustados. — Meus filhos. — cochichou. — Eu tenho que proteger meus filhos, Hoseok!

— Calma, Mônica. Essa não é a hora para se desesperar. — falo, tentando acalmá-la.

— Essa é a hora perfeita para se desesperar! — gritou novamente. — Me dê meu celular. — apontou para uma das mulheres que ajeitavam seu cabelo alguns minutos atrás.

Ao que a mulher lhe entregou seu celular, Mônica se afastou um pouco de nós, ligando para alguém. Não dava para a conversa ser ouvida, mas à medida que alguns minutos de diálogo foram passando, a expressão da mulher parecia mais aliviada. Ela voltou mais calma para nós, mantendo seu celular contigo ao que uma de suas funcionárias tenta pegá-lo. Mônica se aproximou dos seus filhos e se ajoelhou, pondo cada mão sua em cada rosto de seus filhos, retirando suas máscaras, e, logo depois, retirando a sua própria.

— Crianças, estão acontecendo algumas coisas agora, — começou, calmamente. — e vocês não poderão ficar conosco esta noite, e talvez durante mais alguns dias.

— O que aconteceu, mamãe? — perguntou a filha, já ameaçando chorar.

— Nada que precise se preocupar, filha. — respondeu, acariciando a bochecha da filha com o polegar.

— Otto. — chamou o filho, que olhava para o chão sem alguma reação viva. — Filho, olhe para mim. — pediu, e o mesmo fez. — Eu preciso que você cuide de sua irmã por mim, ok? Vocês vão ficar com seu tio por um tempo.

— Mãe, isso tem haver com ele? — o garoto perguntou, sério. Mônica fechou seus olhos, deixando uma lágrima cair, e então concordou com a cabeça. — Vai ficar tudo bem com a gente. — falou, abraçando a mãe. — Eu prometo!

— Eu sei que sim, meu filho. — a mulher disse, puxando a pequena Amanda para o abraço também, ficando ali por alguns longos segundos. Ao que saiu do abraço, ela concluiu, para suas duas funcionárias: — Levem eles para a garagem. Não deixe que ninguém veja vocês. — as mulheres concordaram, pegando as crianças e saindo pelo mesmo lado que viemos.

— Mônica... — chamei, ao que a mesma ainda estava ajoelhada no chão, sem expressão alguma.

— Vamos para o salão.

— Não! — falei, dando um pulo com a ordem da mulher. — Ele pode fazer algo com você.

— Se eu não ir ao salão, ele saberá que tem algo de errado. — disse, levantando do chão. — Ele não pode desconfiar que a polícia está aqui para pegá-lo. — ela disse, e antes que eu pudesse argumentar, a mulher já caminhava para o salão principal.

SALÃO PRINCIPAL, CASA DOS VIEIRA'S - 11 DE MARÇO, 20:39 PM

Mônica Vieira estava louca. A mulher havia enfiado na cabeça que continuar na festa com seu próprio risco de morte era uma boa idéia. Ela estava cumprimentando todos os convidados normalmente, como se nada estivesse acontecendo. Sempre que uma brecha se abria, eu a implorava para que a mesma se retirasse dali, para irmos à algum cômodo seguro e ficarmos lá até que tudo estivesse resolvido. Mas Mônica era forte. Mônica tinha a conclusão do caso em mente. Mesmo que isso custasse sua vida.

Depois de praticamente todo o salão ser cumprimentado pela anfitriã azulada, finalmente chegamos ao canto onde eu havia deixado meus amigos, levando olhares surpresos por todos assim que chegamos ali. Jimin me puxou para um canto, com Taehyung vindo logo atrás de nós, deixando Mônica conversando com Jihyo e Jungkook.

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