[11] Para Sempre

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CASA DOS VIEIRAS - 07 DE FEVEREIRO, 16:01 PM

Eu estava boquiaberto. Minhas mãos estavam à frente do grande "o" que minha boca formava.

O Sr. Min sempre foi muito abusivo e problemático e, sim, o Yoongi já quase morreu em suas mãos. Mas, ainda assim, era chocante acreditar que o homem conseguiria fazer tal ato. Ela ainda era sua esposa, mãe de dois de seus filhos, e que, um dia, já a fez feliz.

— Ele o que?! — perguntei, ainda desacreditado.

— Por favor, não faça-me repetir. — pede, com suas lágrimas recorrentes presentes escorrendo pelo seu rosto.

— Não... claro que não. — respondo, ao colocar minha mão em seu ombro, em um ato de consolo. — Guardar isso só pra si por tanto tempo deve ter sido horrível. — falei, e ela concordou com a cabeça.

— Eu me sinto péssima todos os dias. — afirma, tomando um gole do copo de suco em suas trêmulas mãos. — Sei que devia ir denunciar tudo que ouvi, mas me sinto tão insegura. Se ele matou uma de suas esposas, por que ele não faria novamente?

— Não se reprima por isso. Você estava pensando na segurança de sua família.

— As crianças sentem tanto a falta dele. — observa, colocando seu copo vazio na grama. — Mas eu não consigo conversar com eles sobre isso. "Ah, queridos, o pai de vocês é uma porra de um assassino, por favor mantenham distância deles".

— Eu não vou dizer como deve educar seus filhos, — começo. — até porque, são seus filhos. Mas acho que você deveria pelo menos dizer a eles que o Marcelo não virá mais. Eles sabem que tem um irmão?

— Não... — Mônica responde, em um tom baixo. — Você está certo. Vou conversar com eles sobre tudo isso com eles hoje mesmo. — afirma, se levantando do banco apedrejado. Seus sintomas de uma crise estavam indo embora aos poucos. — Muito obrigado, Hoseok. Você veio atrás de ajuda e quem a recebeu foi eu. — eu aceno com a cabeça, dando um sorriso amarelo. — E sinto muito pela Yangmi. Eu não a conhecia, mas ninguém merece o destino que ela teve.

— Obrigado. Eu não era tão próximo dela, mas ainda assim será difícil conversar com o Soobin sobre isso.

— Ah! Me dê seu número. — ela pede, sentando-se novamente no banco, quase derrubando a jarra de suco de laranja mal tocada por nós. — Quando for a hora certa, as crianças podem se conhecer?

— Claro. — falo, pegando meu celular. Eu não sabia meu novo número de cabeça ainda. Ela anota meu número em seu aparelho e então levanta, correndo para dentro da sua casa, sem dizer absolutamente nada.

Fiquei assustado com a ação repentina da mulher. Levantei-me do banco, indo até a enorme porta de madeira escura, com, novamente, cavalos esculpidos nela. Antes que eu pudesse sequer abrir a porta, a mulher alta surge, com um sorriso em seu rosto e um pequeno envelope azul persa em suas mãos.

— Aqui. — Mônica me entrega o envelope de linda cor. — Logo terá um baile de gala aqui em minha casa. Quero que você venha. — fala, voltando para o banco em que estávamos. Faço o mesmo, enquanto observo o envelope sem abrí-lo. Possuíam pequenos desenhos de, mais uma vez, cavalos, provavelmente feitos à mão, e um selo de cera com a letra "V" no meio. — Dentro do envelope tem cinco convites, caso tenha interesse de trazer algum amigo. O horário e o dia também estão aí, tudo certinho. — explica, fazendo gestos com sua mão enquanto articulava. — Eu normalmente não gosto de dar essas belas festas, acho que só aumenta o ego das pessoas. Porém isso é uma tradição anual da família Vieira. — explica, com uma expressão tediosa em sua face. — E mais um detalhe importante. — volta a falar, abrindo um sorriso alegre. — Será um baile de máscaras.

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