Capítulo extra

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nota: bem, eu não pretendia publicar isso. Escrevi como uma maneira de tentar algo novo e acabei gostando. Decidi publicar agora porque tinha realmente achado legal. Enfim, parece um pouco fora de contexto agora que está quase no fim (só mais um capítulo) das postagens. Mas espero que gostem!

*** smut ***

Patrick não estava certo de como haviam chegado ali. Num momento estavam dizendo que eram amigos e no outro estavam se beijando furiosamente. Quando deu por si, suas mãos estavam no rosto do moreno e seus lábios estavam colados. Tudo que queria era anestesiar sua mente para não pensar como aquilo parecia errado.
Eles estavam sedentos, desesperados, famintos um pelo outro. Esperaram aquilo por anos, não queriam desperdiçar um segundo qualquer.
Ele passava a mão pelo torso desnudo do rapaz, sentindo a pele que tanto sonhou. Se focasse bem, poderia sentir as cicatrizes em seus braços, escondidas por baixo de coloridos desenhos. Gostaria de poder focar em qualquer coisa, menos o fato de aquele ser o grande amor da sua vida.
Só percebeu que haviam chegado na cama quando Pete caiu para trás, puxando-o para cima de si.
Quando sua camisa foi arrancada, um sentimento tão novo e antigo, ao mesmo tempo, o invadiu. Era estranho estar ali novamente, após tanta espera. No fundo, ainda eram aqueles adolescentes sedentos por tudo que pudessem tirar um do outro.
Podia sentir o sabor da boca do moreno enquanto tentava desesperadamente tirar as últimas peças de roupa que os mantinha separados. Tinha o gosto de pecado. Sabiam que não deveriam estar ali, que aquilo era errado e ousado. Tinha gosto de segredo. Como sempre em seu relacionamento. Tinha o gosto de sentimentos trazidos do fundo de sua alma. Tinha o gosto de um passado jamais superado.
Ambos sabiam que deveriam ser cuidadosos, protegidos. Mas quando p ruivo percebeu, suas costas estavam pressionadas contra o colchão macio.
Então, finalmente aconteceu o momento que tanto ansiavam. Sentir Pete dentro dele era um sentimento tão familiar que se misturava a dor física que sentia. Não que se importasse. Viveu até ali apenas para aquilo. Era como se as coisas finalmente estivessem bem. Era como finalmente voltar para casa. Era como achar a luz depois de anos perdido em meio à escuridão.
O silêncio estava totalmente preenchido pelos sons que emitiam. Palavras não eram necessárias, nem desejadas. Não precisam falar para que entedessem cada movimento de seus corpos.
Não tinha certeza se haviam se passado horas ou minutos, porém, sabia que não aguentaria muito tempo. Era incapaz de pensar que qualquer coisa além dos quadris conta os seus e dos dedos que certamente deixariam marcas em suas coxas. Mais uma vez, depois outra e mais outra, até que sentiu todos seus músculos se contraírem, lançando ondas de prazer por cada célula de seu ser. Suas mãos doíam devido a tamanha força com que segurava os lençóis. Suas costas estavam arqueadas e podia sentir o suor escorrendo por elas. Todo o ar parecia ter sido arrancado de seus pulmões.
Tinha a certeza de que soava como um disco quebrado, repetindo incansavelmente o nome daquele que mais amou. Ficou dessa maneira por um tempo que não soube definir, quando sentiu seus olhos se tornarem pesados demais para que pudesse mantê-los abertos.
Ainda conseguia saber o que o rapaz estava fazendo, por mais que não fosse capaz de se mover. Sentiu-o limpando sua pele lentamente e depois cobrindo-o com o lençol.
Patrick sabia que o que tinham feito era errado. Sabia que a culpa o consumiria no instante em que abrisse seus olhos. Mas por enquanto não queria se preocupar. Queria aproveitar a sensação boa que corria em suas veias e o calor dos braços ao redor de seu corpo.
Queria aproveitar enquanto tinha Pete ao seu lado, porque pela manhã tudo estaria acabado.

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