capítulo 34

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A volta pro Rio não aconteceu naquele fim de semana depois que eu estiver no apartamento do Wallace meus pais e meus tios acharam que eu tiver uma melhora significativa , por ter um amigo tão fiel e companheiro como ele.

Por isso fiquei mais uma semana.

Minha mãe ficou puta quando souber da mesa vitoriana que não por acaso valia uma pequena fortuna o que eu achei um absurdo pós o "velho,novo" podia só ter cobrado o vidro mais acho que ele colocou até o último estilhaço que se formou ali para ser aquele valor. 

Quem pagou foi meus tios pós ficaram ciente do meu estado de falta de faculdade mentais no momento e sim o "velho novo" como Caio diria vulgo escroto do caralho doutor psicólogo Rafael realmente me encaminhou para um psiquiatra.

Eu não cheguei ir no "meu" psiquiatra aqui no sul meus pais acharam melhor me deixa ir só no do rio mesmo eu não conseguia olhar ainda muito pra Sofia ela me lembrava muito o Gustavo e meus tios eu tentava evitar o máximo pelo mesmos motivos e eu não via também meus amigos aqui no Sul apesar de eles pedirem pra falar comigo até mesmo indo na casa do Gustavo para isso mais eu sempre os mandava ir embora ou fingir está com alguma coisa.

Wallace era o único que ainda conseguia me anima, o único a me ajudar a esquecer ele fez isso naquela noite no apartamento e em outras vezes também,o único a me fazer comer e saí com ele para os mais diferentes lugares e era o único que me via chorar agora e também foi o único que foi me buscar mais de uma vez no cemitério e foi o único a não dizer que eu precisava de ajuda , nem mesmo quando eu invadi o cemitério as três da manhã com uma garrafa de cachaça.

Eu só deitei encima do túmulo do Gustavo e fiquei ali conversando com ele e bêbedo aquela porcaria que queimava a minha garganta.

- Gustavo você e um merda sabia? De todas as formas de morrer você me escolheu um acidente de carro? E sem me dizer ? - Tomei um gole.- Sofia sente sua falta por sua causa não consigo olhar pra ela . E minha bebê e tão lindaaa. - um gole e apontei para o céu .- Eu espero que você seja essa porra de estrela mesmo eu odeio mentir pra ela, pós foi isso que falamos que você é agora ela só me abraçou e chorou e falou que vai te olhar todos os dias . Você conseguiu partir meu coração mais uma vez quando ela fez isso e depois foi espera a noite chega olhando pela janela do seu quarto. - Coloquei a mão no meu peito e Segurei a garrafa mais perto do meu corpo.

- Eu espero que você não esteja fazendo uma macumba aí ! Só faltou mesmos o fumo de rolo e a farofa. - Levantei minha cabeça.

- Tá fazendo o que aqui ? E como me achou ?-

- Sua mãe me ligou preocupa querendo saber se você estava comigo já que você se recusa a pegar seu celular daquela gaveta e eu sou o seu melhor meio de comunicação ela queria saber se estava comigo. E a parte de de achar foi fácil apesar de ter achado que por um  momento que não seria tão estúpido em vim aqui essa hora eu me arrisquei e olha só bingo.-

- Era só dizer não e dormir. E a parte de eu se estúpido bom você já tem a sua resposta.- voltei a me deitar no túmulo olhando para o céu .

- Eu não podia dormir por que falei que estava comigo .-

- Fez isso por que é um idiota.-

- Talvez . E você um pior do que eu .- Chegou do meu lado e pegou a minha garrafa.

- Ei me dá isso .- Me sentei querendo pegar a garrafa da mão dele .

- Eu não vou te dar essa porra se quer desrespeita tudo que ele detestava ok até te ajudo. Mas não sobre o túmulo dele nem as três da manhã caralho , você em algum momento pensou que o coveiro pudesse chegar e te pegar aqui e achar que era um ladrão de túmulos e te dá um tiro?-

- Acho que no fim eu seria trago para aqui mesmo não faz diferença.- dei de ombros.

- Eduardo eu não estou brincando com você.-

- Eu também não Wallace.-

- Prestar bem atenção garoto quer se arriscam ? Fica na depressão? Entrar na linha adolescente problema? Ok caralho até te ajudo mais não vem banca a criança comigo tenha suas escolhas como um adulto que fazer merda faça mais sabendo que tem consequências e que vai pode lidar com elas . O Gustavo não tá aqui pra ser seu guru espiritual ele tá morto Eduardo e nada que você fizer vai trazer ele te volta foi isso que você falou é isso que eu estou falando pra você por que e a mais pura verdade. Então se quer vim chorar no túmulo dele ! Ok tudo bem até venho com você,só não faz essa merda de vim pra cá as três da manhã e fazer eu vim atrás de você não deixa as pessoas que se preocupam mais preocupadas eles já perderam o Gustavo estão com medo de perder você também seu filho da puta egoísta. -

- Que sabe Wallace você e um puto de um merda fica falando essas coisas mais...-

- Mas o que Eduardo ? Em me falar. Por que eu sou o único que continua aqui do seu lado mesmo você saturado de merda e insegurança, bira e criancices. -

- Eu odeio você seu hipócrita filha da puta.- Me levantei encarando ele 

- Me odeie, me chique , grite comigo, me bata só não banca a porra de uma criança.- Dei um soco nele nessa hora e ele foi pra trás.

- Bem melhor porra.- Levantou o rosto e sorriu pra mim com um filete de sangue saindo do lábio dele em seguida começado a dá dando pequenos pulinhos . - Vamos pra minha casa e conversamos melhor e você pode colocar essa raiva pra fora e depois bom o depois vemos lá.- Parou e colocou a mão na minha nuca. - Vamos .- Olhando dentro dos meus olhos e em seguida eu o abracei.

E nunca mais voltei ao túmulo do Gustavo bêbedo ou de madrugada.

E foi um resto de semana até que aceitável como já falei.

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Dessa vez o vôo parecia mais rápido e completamente vazio , uma hora minha mãe pegou na minha mão e sorriu pra mim e eu coloquei meus fones e fiquei ouvindo diferentes tipos de músicas sem conseguir sorrir de volta.

Meu pai não estava no aeroporto e sim minha avó ela me abraçou e eu a abracei de volta, meu pai não tinha conseguido ser liberado do trabalho por isso não foi buscar a gente e pelo mesmo motivo pegamos um Uber e fomos só até a entrada da "comunidade" aonde eu moro segundo o motorista não podia entrar lá. E eu sabia que ele estava falando sério pelas minhas próprias experiências .

Eu não lembrava que tinha saído com tanta bagagem e devo não ter saído mesmo meus tios compraram muitas roupas para mim nesse meio tempo no Sul. Era na verdade eles só ligavam pra lojas falavam meu tamanho e eles ia entrar na casa deles .

Enfim chegamos até nossa casa no Alemão com muitos olhares sobre nós era como se estivéssemos chegando ali pela primeira vez a mesmas coisa, mais agora não era mais a mesmas coisa.

Minha avó falou pouco respeitou meu direito de não falar ,  eu agradeço muito por isso não estava com paciência pra nada daquilo .

Quando entrei no meu quarto tudo estava arrumando , não estava com mais tudo fora do lugar como lembro de ter deixado antes de sair correndo para o aeroporto a quase um mês e minha janela parecia nova. Fui até ela e ser for julgar pelas fechaduras novas e tecnologas realmente eram .

Tirei toda aquele roupa de viagem e tomei um banho deixei minhas bagagem perto da entrada da porta do meu quarto e me enrolei nós lençóis.

Acho que dormi por umas duas horas até que sentir como se alguém estivesse me olhando e fui acordado.

- Quando me disseram que tinham voltado eu não acreditei.- Ele estava deitado ao meu lado realmente me olhando.- Sentir muito sua falta. -  Passou o dedos na minha face como se fosse para relembrar como eu era atráves do toque.- Agora você vai me explicar aonde estava esse tempo todo e como sumiu assim . - Chegou mais perto tocando o corpo no meu . - E tão bom ter você aqui te volta.-

- E bom está de volta Caio.-

O Dono Do Morro ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora