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EVE BASTEN POVA baixa claridade me ajudou na hora de abrir os olhos, precisando piscar mais de uma vez até conseguir mantê-los abertos. Bocejei antes de tentar me mexer na cama mas paralisei ao sentir algo me prender na altura da cintura, só então meu cérebro começou a assimilar sobre onde eu estava e com quem eu estava. Olhei para baixo e tive a visão do seu braço coberto por tatuagens abraçando minha cintura de uma forma tão firme que parecia estar querendo evitar uma possível fuga da minha parte, ao olhar por cima do meu ombro esquerdo encontrei Justin dormindo com uma aparência serena e com a boca entreaberta.
A sensação de acordar ao lado dele ainda era estranha para mim, como se eu ainda não tivesse absorvido os últimos acontecimentos na nossa relação.
Ontem à noite, depois de transarmos mais uma vez, nós acabamos indo tomar um banho juntos. Aquele momento de intimidade não teve segundas intenções, o que era algo novo para mim, apenas aproveitamos nossa companhia e conversamos sobre coisas leves que eu não esperava conversar com ele um dia, como por exemplo acabar descobrindo que sua cor favorita era roxo e rir disso por achar a menos provável dentre todas as cores. Justin transpareceu o tempo todo que estava tranquilo e confortável com a minha presença e aquilo me deixava estranhamente alegre porque eu sabia que poucas pessoas conseguiam ter aquele lado dele, e eu era uma delas.
Mas ao mesmo tempo que nossa atual situação tinha um gosto doce ela também deixava um amargo no final toda vez que eu me lembrava das circunstâncias.
Justin ainda não sabia o verdadeiro motivo pelo qual eu surgi em sua vida e Theo não fazia ideia de que eu tinha escolhido ficar com outra pessoa, eu sabia que mais cedo ou mais tarde aquela bomba explodiria e faria muitas vítimas da sua explosão. Sem contar também as investigações que eu e Chaz estávamos fazendo para encontrar o verdadeiro assassino dos meus pais, o qual eu torcia com todo meu coração para que não fosse mesmo o Bieber.
Tomei uma respiração profunda e tentei ser delicada ao tirar o seu braço de cima de mim para que eu pudesse me levantar da cama, eu estava vestida com uma das suas camisetas e uma cueca boxer dele que acabou ficando como um short de ginástica para mim quando caminhei para fora do seu quarto na ponta dos pés para não acabar acordando-o.
— Ei — escutei a voz de Willa assim que terminei de fechar a porta e acabei me assustando, fazendo com que ela soltasse um risinho implicante. — Você está livre agora? Eu preciso ir cobrar uma grana daqui a pouco e não queria ter que ir sozinha.
Fiquei mais confortável quando vi que ela não faria nenhum dos seus comentários tendenciosos por ter me pego no flagra saindo do quarto do Bieber de manhã e ainda usando suas roupas.
— Huh... Claro. Vou só trocar de roupa e encontro você lá embaixo. — aceitei, ela assentiu e beijou meu rosto quando passou por mim para ir ao andar de baixo.
Tentei ser o mais rápida possível durante o meu banho matinal e me arrumando. Coloquei uma calça jeans que parecia colada demais porém que me deixava confortável, vesti uma t-shirt branca com uma estampa que eu fiz um pequeno nó na frente para ficar mais harmoniosa e calcei um tênis vans, penteando meu cabelo quando já estava vestida para deixá-lo solto. Peguei minha arma que ficava guardada dentro da gaveta da penteadeira e prendi ela no cós da calça, tentando disfarçá-la ao máximo.
Willa já estava ficando impaciente quando eu cheguei no primeiro andar, resmungando um pouco sobre isso enquanto caminhávamos para o lado de fora da mansão. Me surpreendi um pouco ao vê-la subir em uma moto Harley-Davidson que estava estacionada na frente da saída, ela colocou seu capacete e me entregou o meu para que eu colocasse antes de subir na sua garupa.
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The Target
FanfictionA pior perda é a perda de si mesmo. Quando você mesmo não se reconhece mais, quando as decisões tomadas para a sua vida não partem de você, quando suas atitudes não coincidem com a pessoa que você realmente é. Quando seus pais são assassinados por a...