Out of my mind

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19
EVE BASTEN POV

Minha cabeça parecia que iria entrar em pane com todos os pensamentos que eu estava tendo, minhas têmporas chegavam a doer. E como se não bastasse eu quase estar tendo um colapso mental eu estava agora no carro de Justin indo com ele para sei-lá-Deus-onde.

Depois que saímos do galpão ele nos fez passar em casa pois disse que eu precisava me trocar, visto que minha roupa estava um pouco suja de terra. Eu tomei um banho rápido já que ele fez questão de ficar na porta do meu quarto me apressando e vesti um body preto básico com mangas até o cotovelo com uma saia suede caramelo cintura alta, e uma sandália preta de salto grosso nos pés. Meu cabelo acabou secando naturalmente, eu estava sob pressão.

— Então você voltou a ficar calada comigo. — ele quebrou o silêncio entre nós sem tirar sua atenção das ruas.

— Só não tenho nada pra falar. — encolhi os ombros e virei meu olhar para a vista da janela, não podendo encará-lo por muito tempo.

— Que tal sobre a viagem para a Itália? — insistiu. — Já foi pra lá?

— Não, vai ser a primeira vez.

— Acho que você vai curtir. Milão é uma cidade... Interessante. — virei minha cabeça para olhá-lo, ele estava com uma única mão no volante enquanto seu outro braço estava apoiado no console do carro e ele parecia tranquilo, tranquilo demais.

— Como funciona esse evento? — perguntei, entrando na dele.

Eu precisava manter Justin por perto, precisava continuar com o meu plano de ter completamente a confiança dele. Eu não poderia colocar tudo a perder agora e me isolar só porque minha mente estava entrando em colapso e a culpa me consumindo; repetia isso na minha cabeça como se fosse um mantra.

— Pra ser sincero, é bem chato. Discutir ideias com um monte de cuzão que por mim poderia se foder na mão das autoridades que eu não iria ligar é foda, porém necessário. — disse. — Mas nós precisamos nos manter seguros. Se um cair para as autoridades, os outros caem também. É como um castelo de cartas.

— Por quê? Se um cair ele dedura os outros? — questionei.

— Claro que não, isso seria suicídio. — deu uma risada nasalada. — Mas se as autoridades chegar até um é questão de tempo até chegar a outros. Por isso nós precisamos das autoridades corruptas, fazer alguns acordos e dar alguma grana e então eles atrapalham as investigações sobre a máfia ou fazem vista grossa.

Justin sempre parecia tão confiante que eu poderia jurar que nunca passava pela sua cabeça ele ter algum problema sério com as autoridades. Ele parecia se achar invencível.

— Então esse evento é tipo uma reunião?

— Sim, porém com mais palhaçada. — falou. — Tipo, tem que estar todos com trajes formais. Fala sério, isso nem é necessário.

— Não acha que deveríamos estar descansando ao invés de saindo? Você sabe, o vôo parte pela manhã. — pude vê-lo me olhar por breves segundos com um sorrisinho de lado e a sobrancelha levantada.

— Qual foi, vamos ter muito tempo para descansar durante o vôo.

Justin começou a diminuir a velocidade do carro e eu deduzi que tínhamos chegado no lugar que ele queria. Ele estacionou em uma vaga e sem falar nada saiu do carro. Bufei e deixei o veículo logo depois, olhando ao redor para analisar o lugar que estávamos. Era o centro da cidade de Atlanta. Sem entender muito bem eu olhei para Justin com a testa franzida.

— Anda, vamos logo. — ele fez um sinal com a cabeça e começou a andar para dentro do prédio.

Eu fui atrás ainda meio confusa e então nós entramos no elevador juntos. Justin apertou o botão para ir ao último andar do prédio e em questão de segundos as portas de ferro se fecharam, me fazendo sentir um friozinho na barriga quando o elevador começou a subir.

The TargetOnde histórias criam vida. Descubra agora