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EVE BASTEN POVJá estava no meio da manhã quando chegamos na Califórnia, o tempo ensolarado e quente era diferente do clima habitual de Atlanta. Quando o jatinho pousou em Newport Beach tinha um Range Rover preto no aeroporto clandestino com um chofer contratado por Justin esperando por nós para nos levar até a mansão que ficaríamos durante nossa estadia na cidade.
Justin ficou no celular durante todo o trajeto de carro, ele estava mandando mensagens para Ryan com uma lista explicativa de tudo o que precisava ser feito durante sua ausência e tinha adotado sua postura de negócios enquanto digitava no smartphone, eu só esperava que ele conseguisse se desligar dos negócios durante o fim de semana e se permitisse relaxar de verdade. O carro entrou no condomínio fechado onde a mansão de Justin ficava situada e eu não consegui deixar de me surpreender com o luxo daquele lugar, mesmo que eu já esperasse isso por se tratar de um lugar onde Justin decidiu investir em uma casa. As mansões daquele condomínio pareciam seguir um padrão de mansão clássica americana de veraneio, inclusive a do Bieber.
O chofer estacionou o carro na entrada da mansão, desci do carro sem esperar que alguém abrisse a porta para mim enquanto observava maravilhada cada detalhe daquela fachada. As paredes eram pintadas em um tom de branco e enfeitadas com grandes janelas que davam um ar mais moderno à mansão, em sua frente tinha um jardim simples que contava com palmeiras de tamanhos diferentes para decorar e a porta de entrada era daquelas altíssimas que devia ter o triplo do meu tamanho.
— Gostou? — a voz de Justin me tirou de meus devaneios e só então reparei sua presença ao meu lado.
— Seria impossível não gostar. — falei ao dar uma última checada na casa. — É perfeita.
— Vamos lá, vou te mostrar a melhor parte dela. — gesticulou com a cabeça para a mansão.
O chofer tinha ficado encarregado de tirar as malas do carro quando Justin segurou minha mão para me conduzir para dentro da mansão. A área interna me deixou ainda mais animada, a porta de entrada dava direto na sala de estar e ela tinha uma parede inteira de vidro – assim como sua mansão em Atlanta – que nos dava uma visão da área externa e do horizonte, os pisos de mármore branco e todos os móveis em harmonia com a paleta de cores deixavam o ambiente parecer visualmente confortável.
Justin me puxou para atravessarmos a sala, passando pela porta de vidro que dava acesso à área externa, me deixando sem fôlego ao observar a visão que tinha dali. A mansão era de frente para o mar e tinha uma vista incrível da praia, o som das ondas se quebrando eram audíveis e a brisa da maresia podia ser sentida. Naquela área externa tinham quatro sofás namoradeiras que rodeavam uma lareira slim com pedras pretas que ficavam no meio, e olhando mais para o lado direito dava para ver o deck onde ficava a piscina de borda infinita. Aquele lugar era perfeito.
— Agora eu entendi por que você disse que vem para cá quando precisa muito relaxar. — disse ao me encostar no parapeito de barras enquanto meus olhos ainda fitavam o mar.
— Esse é o melhor lugar para se ter um pouco de sossego. — ele se colocou atrás de mim e encostou seu corpo no meu quando apoiou as mãos na barra, me deixando presa dentro dos seus braços. — É bom saber que você gostou disso, o quarto tem essa mesma vista para o mar.
Suspirei enquanto sentia a brisa bater em mim e balançar meus cabelos, procurando deixar aquela paz chegar na minha mente e silenciar os pensamentos pessimistas que eu andava tendo. Eu queria aproveitar aquele fim de semana da melhor forma possível para voltar à Atlanta renovada, queria recuperar um pouco da força que eu perdi nos últimos dias.
Olhei de canto por cima do meu ombro para Justin, vendo a forma como ele parecia estar sereno enquanto observava as ondas do mar. Eram raros os momentos em que seus ombros pareciam estar relaxados e ele não tinha sua postura rígida de homem-de-negócios-ilegais e eu me sentia bem em saber que na maioria desses momentos ele estava comigo, assim como agora.
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The Target
FanfictionA pior perda é a perda de si mesmo. Quando você mesmo não se reconhece mais, quando as decisões tomadas para a sua vida não partem de você, quando suas atitudes não coincidem com a pessoa que você realmente é. Quando seus pais são assassinados por a...