Chegando ao hospital. Katelyn optou por ficar na sala de espera para dar mais conforto a paciente, Christopher sabia que ela nunca havia gostado de sua esposa, mesmo sendo uma pessoa boa, a tia fazia de tudo para deixa-la mal, fez a cabeça de todos dizendo que a própria garota havia matado os pais e a irmã.
Christopher se sentou na cadeira ao lado da tia e segurou a sua mão depositando um leve beijo na sua pele. Jurema logo despertou.
— Christopher? – ela pergunta tentando ter certeza de que era ele mesmo.
— Sou eu tia.
— Pensei que nunca mais vinha me ver...
Ele sorri e beija sua mão mais uma vez.
— Sabe como é complicado para mim, por isso ainda não vim.
— Por causa da Katelyn – revira os olhos –, aquela mosca morta.
— Não fala assim, tia – responde com desapontamento. – A senhora sabe o quanto eu a amo e daria a minha vida por ela, se for necessário.
— Você não precisa disso, sabe muito bem que tem muitas mulheres lindas atrás de você.
— Nenhuma se compara a minha esposa.
— Graças a ela, odeio o meu cabelo.
— Não sabíamos que havia pintado no mesmo tom.
— Ela quer me atingir, Alexander.
Ele apenas riu e se acomodou na cadeira enquanto sua tia se ajeitava melhor na cama. Não gostava de ver as pessoas falando mal de sua esposa, Katelyn era uma ótima pessoa, além de carismática, incapaz de ferir uma mosca.
— Posso te pediu um favor? – ela pede se sentando na cama.
— Claro!
— Preciso que vá a minha casa amanhã, e pegue uma caixa que está de baixo da minha cama, dentro dela vai ter algo que vai te ajudar muito no que você está precisando.
— No momento não estou precisando de nada.
— Você acha que não – tosse algumas vezes – mas um dia você vai precisar.
Concordou e se levantou.
— Preciso ir, ainda tenho que ir na casa da Maite.
— Ainda não foi ver a sua sobrinha?
— Não estou tendo muito tempo, ultimamente – suspira – com o problema da minha mulher, acabei me afastando e não tive como sair muito.
— Eu já avisei, largue essa garota.
Ele revirou os olhos e se levantou.
— Preciso ir. – beijo a sua testa e ela concorda com a cabeça.
***
— Onde vamos? – já dentro do carro.
— Minha irmã. – se encosta no banco – Maite ainda quer que eu vá ver a filha e eu preciso falar com o Christian sobre uns assuntos – para no sinal vermelho e a olha – será necessário eu explicar com deve se comportar ou falar?
Como de costume e do modo que ele havia a ensinado, tinha que manter sua postura acompanhante e esposa ideal : cabeça erguida, semblante serio, segurar somente o braço, jamais segurar a mão, sempre do lado direito, óculos escuros em lugar público, assuntos particulares ou que devem ser diretos a ele somente em seu ouvido e disfarçadamente.
Jamais poderia falar sobre sua relação com o marido ou o seu passado, não comentar sobre a rotina e não dar informações pessoais. Não o interrompa durante uma reunião e muito menos se aproxime do escritório, deve-se ficar na sala com a dona da casa.
— Não será necessário, querido.
— Perfeito.
Sem hesitar, deitou a cabeça na janela lateral e suspirou. Não gostava da vida que havia ganho, na maioria das vezes se perguntava a ela mesmo se ainda amava mesmo o Christopher ou se só estava com ele por proteção ou por medo de alguém a encontrar. A relação deles não é aquelas coisas que fantasiavam, nunca o tem por perto, nunca trocam ligações ou mensagens, não saem juntos para ter um passeio ou um jantar romântico. Só vê o marido duas vezes no mês ele não a toca como esposa, há meses não transam.
Antes do casamento, Christopher sonhava em ter um filho com ela, sonhavam com três bebês, dois meninos e uma menina, havia lhe prometido o mundo e que a levaria para conhece-los, mas tudo acabou quando o matrimonio começou, já não era mais por amor e sim obrigação.
— Chegamos – anuncia.
Desce do carro dando a volta para ajuda-la, mesmo diante a família precisa manter a postura de cavalheiro com a esposa. Tocaram a companhia que não demorou muito para ser atendida.
— Irmão – Maite sorri como se não esperasse isso – eu não esperava você por aqui.
— Seu marido sim – pisca a ela.
Adentraram a casa caminhando até a sala onde Christian o esperava com a filha no colo.
— Christian! – diz formalmente
— Christopher – se levanta – vamos no meu escritório – entrega a filha para a esposa.
— Claro. Querida, volto logo. – solta seu braço depositando um beijo na mão.
— Tá bom, Ucker .
Estreita os olhos em repreensão, ela balança os ombros se sentando junto a cunhada.
No escritório, os dois se sentaram frente a frente e degustaram uma dose de uísque com gelo. Sabia o quão serio era o assunto a partir do momento em que Christian deixa uma pasta na mesa e junta as mão pensativo.
— Diz de uma vez! – ordena. – Graças a você tive que cancelar duas reuniões na Europa.
— Pode parecer sem importância para você, mas me aprofundei no caso e finalmente o resultado veio parar na minha mão, finalmente consegui descobrir quem estava por trás do assassinato, é questão de uma ligação para a policia começar a buscar pela pessoa.
— Quem foi o responsável? – se inclina mais perto dele.
— Estou pensando se vale a pena arriscar tudo isso. – balança a pasta. – esse documento é único não há copias.
— Diga logo, quem matou os pais da minha esposa?
— Dulce Savinón. – caminha até ele ficando atrás de sua cadeira. – esse nome te soa familiar, meu caro amigo?
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A Esposa do Senhor Uckermann
FanfictionChristopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann (Senhor Uckermann). 29 anos. Dono de três empresas, ótimo empresário, alvo das mulheres e da mídia, porém casado. katelyn sua esposa, vista pouquíssimas vezes. Misteriosa e discreta. Com apenas três...