Ainda no banheiro, Dulce se controlou para não jogar todos aqueles suporte de sabonete liquido no chão ou quebrar um dos lustres. Seus olhos estavam vermelhos devido as lagrimas, estava furiosa com tudo que lhe estava acontecendo.
Precisava voltar, mas não para o salão ou a mesa, tinha que voltar para o quarto ou poderia não responder pelos seus próximos atos. Saindo do toalete ela seguiu pela pista de cabeça erguida e caminhou até a mesa onde o marido a aguardava sozinho enquanto bebia uma taça de champanhe.
— Eu vou embora! – disse decidia já recolhendo sua bolsa de mão.
— Como vai embora? Nem começou as doações. – o marido lhe fala. – Não pode ir agora, é minha acompanhante, não pode me deixar aqui sozinho.
— Não estarás sozinho, meu bem. – sorri sínica. – está muito bem acompanhado, na verdade em ótimas mãos, realmente!
Ela deu as costas as costas, mas ele lhe agarra pelos pulsos e a abraça como se fossem dançar para manter a aparência.
— Você não pode sair daqui sozinha. – fala no seu ouvido e da um sorriso bobo ao ver que tinham pessoas o olhando.
— Me solta, vou para o quarto. – tentava empurra-lo.
— Para com isso, Katelyn. – falou entre dentes. – Você vai me abraçar, sorrir e me beijar nesse momento, depois iremos para a pista.
— Não vou!
— Você vai, é minha esposa e deve estar comigo.
— Se casou com a Katelyn, mas eu não sou ela e você sabe.
— Katelyn! Agora me beija.
Ele se aproximou para dar um beijo na esposa, mas seu corpo deu de encontro ao chão e seus olhos se fecharam. Christopher revirou os olhos e se ajoelhou fingindo desespero e tentou acorda-la enquanto se formava uma roda em torno do casal.
— Kate, querida. – dava leves tapas em seu rosto para que ela despertasse. – Amor, desperte, por favor.
A mulher não se movia, mas ainda respirava, as vezes segurava mas logo soltava lentamente.
— Vou chamar uma ambulância. – Roberto dizia pegando o celular.
— Não, não vai ser necessário. – a ajeitou e a pegou no colo. – Vou leva-la para o quarto, deve ter sido queda de pressão.
— Posso chamar os médicos para leva-la ao quarto se preferir, eles cuidarão bem dela. – Patrícia sugere segurando meu braço.
— Prefiro leva-la, é minha esposa e somente eu sei do que ela precisa, obrigado. – puxa o braço.
— Mas e as doações? –a mulher volta a falar se aproximando mais dele.
— Meu sócio, Roberto, ira preencher um cheque e logo assinarei, mas preciso me retirar.
Não disse mais nada apenas se retirou do salão e seguiu para um dos elevadores esperou a porta se fechar e se aproximou do ouvido da esposa onde sussurra: "continue fingindo até entramos no quarto". Ela permaneceu do mesmo jeito, já sabendo o quão furioso o marido estava.
Chegando no quarto, Christopher colocou Dulce no chão e trancou a porta, virou-se para ela e cruzou os braços.
— Por que você fez isso? – ele pergunta furioso. — Não sabe o quão importante esse baile seria para mim?
— Para a Patricia né? – se senta na cama.– Já deve ter caído na dela. – revira os olhos.
— O que?
— Acha que sou idiota? – pergunta entre dentes. – Na verdade estou sendo, não é? Afinal ela está sempre com você, ela vive marcando coisas para fazerem juntos e parece até que ela quem é a sua esposa.
— Para de paranoias.
— Como sempre eu quem estou paranoica. – debochou caminhando de um lado ao outro do quarto.
— Patrícia está apenas me mostrando o clube e tratando e negócios.
— Ótimo negócio entre vocês. – revira os olhos e começa a tirar os saltos. – Costumam misturar prazer com negócio, querido?
Christopher se controlava ao máximo para não se alterar, mas sentia que Dulce estava querendo uma briga.
— O que está acontecendo com você? – pergunta. – O que deu em você? Te liguei o dia todo, mas você não atendia.
— Estava ocupada, você ficou ocupadíssimo com a loira durante esses dias, pensei em tirar um dia para me ocupar também.
— E como se ocupou.– ironiza – Estourando o meu cartão de crédito, revelando sua identidade, fingindo ser o que não é.
— Estava tentando te atrair. – se altera. – Achei que se eu me arrumasse mais, andasse como uma mulher de classe como a esposa de um empresário famoso, mudasse um pouco minha aparência conseguiria fazer você reparar mais em mim.
— E desde quando sua aparência me importa? – se altera. – Nos já falamos sobre as mudanças, não era para mudar até descobrirmos quem foi que assassinou os seus pais e sua irmã.
— EU ESTOU FARTA!!! – gritou se alterando. – EU FIZ TUDO ISSO POR VOCÊ, MUDEI PARA TE ATRAIR, ESTOU ME EXPONDO POR VOCÊ E ENFRENTANDO TUDO POR VOCÊ, MAS VOCÊ NÃO RECONHECE!
— EU NÃO PEDI PARA VOCÊ ESTOURAR O MEU CARTÃO!
—ESTA FAZENDO QUESTÃO DE DINHEIRO?
— O DINHEIRO NÃO É A QUESTÃO!
— VOCÊ SÓ SE IMPORTA COM O DINHEIRO QUE GASTEI!
— POR QUE FOI ALGO DESNECESSARIO.
— ME ERRA!!!
Gritou puxando os cabelos e saiu em direção ao banheiro batendo fortemente a porta.
Ela estava tensa, nervosa, precisava de um tempo, por isso preparou a banheira para um longo banho onde relaxou o suficiente para voltar ao quarto. Vestiu o seu pijama e foi direto para a cama enquanto o marido se dirigia para um bom banho. Aproveitou que estava sozinha, apagou as luzes e se pôs a chorar, precisava desabafar, mas sozinha.
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A Esposa do Senhor Uckermann
FanfictionChristopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann (Senhor Uckermann). 29 anos. Dono de três empresas, ótimo empresário, alvo das mulheres e da mídia, porém casado. katelyn sua esposa, vista pouquíssimas vezes. Misteriosa e discreta. Com apenas três...