Christopher socava a porta a ponto de querer derruba-la, enquanto Katelyn apenas o mandava esperar, o que o deixava muito irritado.
— Espera um pouco, eu já vou sair. – se encosta na posta tentando evitar que ela se abra.
— Gosta de me deixar nervoso, não é?
— É só ter paciência.
— COMO QUER QUE EU TENHA PACIÊNCIA, SENDO QUE VOCÊ ME DEIXA PUT*O DA VIDA?
Gritou descontando toda a sua raiva e nervosismo.
— O que foi que eu fiz?
— Sabe bem o que fez.
— Não, não sei.
— Abre essa porta! – da uma um soco – vou pegar a outra chave e você não vai gostar.
— Fala logo o que você quer.
— Precisamos conversar sobre aquele assunto.
— Que assunto? Sabe que esse é confidencial, eu não quero falar disso agora e muito menos aqui.
— Não tem mais ninguém aqui, precisamos falar sobre isso.
— Eu não quero falar.
— Então por que teve que se comportar como ela hoje na casa da Maite? Será que não percebe a gravidade do caos que está fazendo?
— Eu não fiz nada.
— Me chamando de bebê, isso já não basta?
Ela revira os olhos e abre a porta cruzando os braços sobre o sutiã verde que usava. Christopher a fuzilou com os olhos enquanto bufava feito um touro ao se deparar com o modo que ela estava, mordeu a ligua contendo um pouco da raiva e a olhou como se estivesse a ponto de matar alguém.
— O que foi que você fez? – perguntou a medindo de cima a baixo.
— Me cansei, só isso. – sacode os ombros. – Precisava disso.
— Katelyn – suspira tentando se acalmar – por favor, volta para o banheiro e se arruma de novo, isso é arriscado para nós.
— A partir de agora a Katelyn morreu – retira os enchimentos do sutiã. – Saudades dos meu filhinhos. - apanha os seios.
Caminha até o closet, abre uma porta trancada e retira uma mala enorme lá de dentro, o marido a seguiu e acompanhou atenciosamente cada uma de suas ações.
— Você não pode fazer isso.
— Posso – confirma abrindo a mala – Você já me escondeu por muito tempo, eu não quero mais ser a Katelyn.
— Dulce, por favor, não coloque tudo a perder.
— Perder o que? – se levanta cruzando os braços – já perdi tudo. Eu não quero mais ser a essa mulher, preciso voltar a ser eu.
— Não seja burra a esse ponto, ninguém pode saber que está aqui.
— Quando eu era a Dulce eu tinha tudo, mesmo perdendo os meus pais eu ainda tinha você do meu lado, ainda tinha um refugio e um porto seguro, eu tinha meu marido por perto e agora eu perdi tudo. - morde os lábios segurando as lágrimas. - Katelyn me roubou você, me sinto traída por mim mesma.
— Não é bem por ai.
— Quando eu era a Dulce, você me amava intensamente, eram noites e madrugadas de amor e risos, sempre estávamos planejando algo para o futuro, sempre conversávamos sobre tudo e nunca me sentia sozinha. Já a Ketelyn, nunca te vê, não é amada, é sozinha, sensível, não tem vida, não tem ninguém, eu não aguento mais essa solidão toda, seu desprezo e principalmente sua ausência.
— Não vou negar – caminha até o outro lado e tira uma pequena caixa preta – sou apaixonado pela Dulce, mas não consigo demonstrar isso quando ela é a Katelyn. Me apaixonei por você é não essa personagem que te esconde, meu amor é você.
Ele abre a caixa e retira um colar que havia dado a Dulce.
— Então por que não me deixa voltar a ser a eu? Podemos fingir somente em publico, pelo menos dentro de casa quando estamos sozinhos, me deixa ser eu mesma. Não preciso fingir ser ela quando estou sozinha com você.
— Precisa – coloca o colar entre as mãos dela e segura – Christian me contou que estão procurando a Dulce, parece que tudo aponta para ela, e acham que ela quem matou os pais.
— Como eu mataria os meus pais, Christopher – o olha nos olhos – eu estava com você na hora que tudo aconteceu.
— Não fala que são os seus pais, você se chama Katelyn, são os pais da Dulce. Tenho medo de que possam vir atrás de você.
— Não vão vir atras de mim.
— Vão, estão te procurando a um bom tempo.
— Eu não quero mais voltar a ser a Katelyn – abre a mão e pega o colar – queria poder seguir o sonho que construirmos juntos, de ter a nossa família – se vira de costas para ele colocar o colar em seu pescoço.
— Ainda vamos ter os nossos filhos,– fecha o colar em seu pescoço – quando tudo isso acabar – a abraça por trás e deita a cabeça em seu ombro.
— Sim, essa sou eu – diz olhando o seu reflexo no espelho – esses somos nós. – acaricia o rosto dele.
— Podemos chegar a um acordo? – ela concorda – vou demitir todos os empregados da casa e vou deixar você voltar a ser a Dulce, mas quando eu precisar que vá comigo a algum lugar ou quando receber visitas, vai ter que ser a Katelyn de novo.
— E como faremos? Katelyn sabe fazer nada em casa, vive cheia de ordens e é a acompanhante perfeita, já a Dulce faz tudo sozinha, não deixa ninguém controla-la e não sabe se comportar diante uma reunião.
— Vai saber como agir – beija o topo de sua cabeça – mas tome muito cuidado com o que você faz. Prometo que dentro de casa a tratarei com antes, como a Dulce, mas preciso que proteja a identidade da Katelyn.
— Vou fazer o possível para tentar ser a pessoa certa no momento certo. Isso se... – se vira de frente para ele – você me deixar tem um filho.
Ele revirou os olhos e sorri a puxando para ele.
— Vamos com calma – cola ambas as testas – vamos esperar isso abaixar um pouco, ainda está arriscado, eles podem vir atrás de você, pode colocar a vida no nosso filho em risco e no dia do seu parto ou durante as consultas sua identidade pode ser descoberta.
— Só quero que isso acabe logo, meu amor.
— Eu também, minha pequena – a braça. – Me desculpe pelo o ogro que venho sendo nesses dias, estava com muito medo de descobrirem você.
— Tudo bem. – se entrega ainda mais aos seus braços.– Senti sua falta.
— Estava com saudades de você, minha Dulce.
— Meu bebê.
Eles trocam risadas e ficam mais um tempo abraçados, como se o mundo parasse para eles..
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A Esposa do Senhor Uckermann
FanficChristopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann (Senhor Uckermann). 29 anos. Dono de três empresas, ótimo empresário, alvo das mulheres e da mídia, porém casado. katelyn sua esposa, vista pouquíssimas vezes. Misteriosa e discreta. Com apenas três...