Capítulo 15

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No nascer do sol. Dulce despertou-se e apreciou primeiramente a face do esposo que ainda dormia angelicamente a sua frente. Acariciou sua pele macia com a oleosidade da manhã e lhe deu um selinho delicado nos lábios seguido de outro no canto do nariz.

— Meu bebê... – sussurra próximo a ele.

Recolheu-se da cama e seguiu para o banheiro onde se despiu em frente ao espelho e sorriu com o seu novo semblante. Agora ela era uma mulher completamente apaixonada e era amada pela pessoa que realmente era, e isso a tornava a pessoa maia feliz do mundo.

Para ela era difícil ouvir o marido lhe disser "te amo, Katelyn" no lugar de Dulce, que era a sua verdadeira amada.

Ligou o chuveiro e deixou-se levar pela água quente que escorria por seu corpo. Arrepiou-se ao sentir o vento vindo da janela e logo a fechou. Passou o sabonete liquido "flor de cerejeira" 'e sentiu sua pele ficando mais macia e cheirosa, seus cabelos já haviam desmanchado do coque e estavam sendo lavados no exato momento.

"Baby, eu tenho uma proposta
Faz tudo que eu pedir
Eu mostro tudo que cê gosta".

Cantou suavemente enquanto acariciava o seu corpo cheio de espuma.

"Não se esqueça
Que isso aqui é só pra matar a saudade
Pra treinar e depois fazer na realidade."

Dançou sensualmente enquanto cantava.

"Sou louca por você
To louca pra te ter"

Mordeu o lábio inferior ao lembrar-se da noite de amor que teve com o marido na noite retrasada e no quanto havia sido marcante e intensa para ela. Mesmo já tendo feita quando ainda era Katelyn, esse dia foi muito mais que especial, como se fosse sua primeira vez, e de fato foi, com ela sendo ela mesma.

"Nós dois fazendo amor,
Um jogo sedutor.
Passamos horas de frente ao..."

Interrompeu a musica e soltou um gemido de susto ao sentir braços lhe rodearem o colo e uma barba espetar seu rosto.

Christopher sorri de canto para ela que solta um suspiro de alivio e leva mão ao peito.

— Meu amor,  assustou-me.

— Perdoe-me, Querida. – rouba-lhe um selinho. – Quando a vi cantar dessa maneira não consegui me conter. Senti-me extasiado com a beleza de minha linda companheira.

— Meu bem, assim poderá deixar-me inibida.

— Ficará muito mais encantadora.

Olharam-se nos olhos e caíram na gargalhada. O casal não costumava usar essa formalidade, raramente usavam em publico ou quando iriam ficar próximos aos conhecidos do Christopher, sem contar que eles achavam ridiculamente bobo esse modo de falar.

Minutos mais tarde. O casal adentra o salão onde tomariam o café da manhã junto aos demais sócios e companheiros de viagem.

O local era decorado com lustres e iluminadores de vidro, paredes cobertas de quadros, mas se exageros, pisos de porcelanato, flores douradas e mesas com toalhas de cetim e seda brancos e cremes. Um luxo.

Sentaram-se em uma mesa ao lado da saída, na espera de que ninguém os visse por lá, mas falharam no momento em que ouviram o "bom dia" de Roberto e Elizangela, já próximo deles, sempre quando estavam tentando ficar sozinhos ou estavam em um momento de casal.

— Podemos sentar junto de vocês? – questiona ela ao casal. – Não encontramos outro lugar.

— Claro! – Christopher sorri sem vontade.

Levantou-se e puxou uma cadeira para ela e logo voltou a se senta ao lado da esposa e estava estranhando a esposa do sócio de seu marido. Era incrível como ela sempre os encontrava e no momento errado.

— Como está Sra. Uckermann? — sorri colocando sua mão gentilmente sobre a dela. — Passaste bem à noite?

— Muito bem, obrigada pela preocupação. – retribui o sorriso. – O quarto é um encanto, não acha meu bem? – retira sua mão de baixo da ela e coloca sobre a perna do esposo.

— Sim, querida.

— Elizangela queria mudar o nosso aposento para o mesmo corredor que o de vocês, mas a impedi. – Roberto interfere a conversa ao chamar nossa atenção. – Vocês precisam de privacidade.

Christopher sorri em forma de agradecimento e começa a falar sobre os seus negocio antes que eles voltem a sua vida pessoal e intima com a mulher.

— Bom dia, Christopher. – Patrícia se senta na cadeira vaga ao seu lado e lhe cumprimenta com um beijo na bochecha. – pensei que viria hoje de tarde, por conta das crianças. – sorri simpática. – Elas estão gostando do acampamento, pedi para darem atenção especial a elas.

Todos na mesa a olharam confusos, pois, Christopher já havia dito que não tinha filhos e ainda não tinha planos de te-los, não por agora.

— Eu não tenho filhos.

— Não? – franze o cenho. – Ai meu Deus. – escolhe os lábios atrás dos dedos. – Queiram perdoar-me, são muitos sobrenomes.

— Imagina.

— Mas já pedi para as meninas colocarem os trajes de vocês no quarto. – toca seu peito com intimidade.

Dulce não soube conter sua expressão de desgosto quanto à cena, por isso pegou sua taça com água e olhou para o outro lado. Patrícia sorri gentilmente.

— Para você mandei um uniforme para golfe em tom bege com azul Royal e para sua esposa pedi os trajes de tênis em tom verde com branco, caso os tamanhos estejam errados, podem me chamar, tudo bem? – Beijou novamente seu rosto e olhou Dulce. – Querida, eu me apaixonei por seu conjunto.

— Na verdade isso é tailleur. — debochou.

Patrícia sorri um pouco mais sem graça e se retira da mesa indo até a do marido junto a outros empresários

Elizangela estava surpresa com o ocorrido. Se fosse seu marido perderia o controle de imediato.

— Quem a comunicou que pretendia jogar golfe hoje? – pergunta a mesa.

— Eu pedi para ela fazer isso. – enlaça os dedos sobre a mesa. – Teremos uma partida após o café da manhã, tenho tanto a tratar contigo.

— Quanto tempo durará essa partida?

— No máximo quatro horas, até o almoço.

Ele concorda. Na verdade não estava muito feliz com isso. Havia prometido não deixar Dulce sozinha no clube, mas sabia que não poderia ficar junto dela o tempo todo.

Olhou-a distraída e tomou sua mão para si:

— Vou pediu o nosso café, querida. – leva a mão até os lábios e beija. – Gostaria de um torradas com um xícara com um suco de laranja, ou prefere um croissant?

Ela puxa sua mão e se levanta.

— Queiram perdoar–me, terei de subir por um instante. Elizangela iram me entender. – mirou-a. – Vou tomar um remédio, mas pode pedir para entregarem meu suco de melancia no quarto, por favor, sem açúcar.

Sai do salão quase correndo deixando todos ali bem confusos, exceto a mulher que estava ao seu lado, ela entendeu muito bem o recado mas evitou comenta-lo para não ocorrer constrangimento.

***
Saudades de mim? Me vi obrigada a me ausentar por duas semanas, mas estou.

aninhaleandro obrigada por ter me socorrido na semana retrasada, te amooo

A Esposa do Senhor UckermannOnde histórias criam vida. Descubra agora