Pouco antes do sol nascer, Dulce já estava dentro do carro com o marido que fazia toda a direção dentro da viagem. Acordaram bem cedo para deixarem o hotel e irem ligo resolver os problemas para os dias no clube.
Para Christopher era segura estarem por lá,mas Dulce não se sentia muito bem, tinha uma sensação estranha,como se estivesse medo de que algo acontecesse.
No sinal vermelho, Christopher olhou a esposa que estava muito calada durante a viagem. A amada dormia serenamente enquanto deitava no vidro da janela do carro.
Como poderia ama-la tanto de tal forma? Como pode uma menina tão doce e carismática sofrer tanto como ela? - se perguntava ao acariciar sua cabeça. Cada vez que Christopher a via assim se sentia com uma necessidade ainda maior de protegerá, como uma joia raríssima, sua joia mais preciosa.
- Prometo te proteger melhor, não vou mais me afastar como antes, nem mesmo te deixar sozinha. - Mirou o sinal e acelerou.
Já de noite. Christopher estava com todas as sacolas no carro e a caminho do clube onde ficariam essa semana. Dulce estava nervosa,não trocou-lhe uma palavra nem se quer o olhava.
Quando atravessaram os enormes portões do clube, a esposa notou que várias mulheres desembarcaram do carro usando saltos altíssimos pretos com dourado, umas de vestidos sociais e outras com Têies. Olhou para seu corto e se constrangeu por estar com uma calça freare, regata social com alças finas e um salto estilo botinha de cano baixo. A maquiagem básica do dia a dia, argola nas orelhas e sua aliança de casamento. Os cabelos das demais estavam com penteados e ela com o cabelo ondulado.
— Amor, eu quero ir para casa. – Pede com a voz chorosa.
— Por que, minha vida? – Estaciona o carro e a olha.
— Olhe como estou! – Apontou para si. – Me sinto vulgar e inadequada para a ocasião. Todas estão de Têies e eu com jeans e regata.
— Está belissima, meu amor. – Lhe deu um selinho. – Mas compramos as roupas para você, é só se trocar.
— Não sinto uma boa sensação com isso.
— Prometo que vou ficar do seu lado.
Ela força um sorriso, mas falha.
Christopher desceu do carro e deu a volta para ajudar à amada. Assim que ela desceu a puxou para um abraço apertado e lhe beijou a testa enquanto ela fechava os olhos e sentia o seu perfume.
Queria passar a vida ali junto dela. Ainda a sentia muito frágil com o corrido, mas sabia o quão forte ela era por ter superado tudo.
— Farei isso por você. – Levantou o olhar a ele. – Por que eu te amo.
— Também te amo. – Beijou seus lábios serenamente.
— Boa noite, Sr. e Sra. Uckermann.
Separou-se da esposa rapidamente e olhou ao dono da voz abrindo um sorriso de alívio.
— Roberto!
— Desculpe ter interrompendo-os.
— Imagina.
— Como vai, Katelyn? — Elizangela se aproximou dela e lhe deu dois beijos, um em casa bochecha. — Está diferente!
— Essa sou eu, a mulher que conheceram era outra pessoa em seus dias ruins.
— Você é realmente, até seu sorriso tornou mais claro. – Volta a conceder o braço à esposa em ato de cavalheirismo. – Christopher, já que chegou mais cedo, que tal nos encontrar na biblioteca em alguns minutos? – Muda de assunto. – Alguns de nossos companheiros queriam organizar um cronograma.
— Hoje? – Fez uma cara de desgosto e abraçou a conjugue pela cintura. – Prometi a Katelyn que passaria esse tempo com ela.
— Não se preocupe. – Elizangela interfere. – Ela pode ir comigo e as outras mulheres conhecer o clube.
— Não... É que hoje queremos ficar juntos. – Abraçou o amado.
— Imagina... – Ela zomba rindo. – Temos que ter o nosso tempo de mulheres.
Dulce já estava ficando com raiva dela. Era tão difícil entender que eles queriam ficar um tempo juntos?
— Perdão, Roberto. – Christopher inicia. – Katelyn passou por momentos difíceis, sem contar que prometi ficar com ela. Mas amanhã poderemos fazer o nosso cronograma.
— Amanhã teremos golfe.
— Perfeito! – Trava o carro e se dirige a parte traseira para retirar as malas – Então amanhã se prepare para receber umas boas tacadas. – Piscou e pegou as malas e sacolas. – Boa noite. – Acena com a cabeça e sai puxando sua mala e abraçando Dulce com a outra mão, que fazia o mesmo.
Já adentrando o quarto. Christopher trancou a porta e colocou sua mala em cima da cama enquanto procurava uma roupa.
Com toda a correria ele simplesmente pegou as roupas que havia comprado juntos dos utensílios e jogou nas mala, nem deu tempo de arrumar.
Os dois tomaram um banho, colocaram as roupas mais confortáveis possíveis e se deitaram. O dia foi cansativo.
Christopher adormeceu poucos minutos depois, estava deitado no busto da esposa que mexia em seus cabelos enquanto pensava em tudo o que havia acontecido na sua vida.
Mesmo perdendo os seus pais recentemente, sua irmã, que era sua maior e melhor amiga, quando estava abraçada a ele se sentia completa, feito uma adolescente com o primeiro amor, cheia de borboletas no estômago e cada elogio era mais um tom de vermelho em seu rosto.
"Seria bem mais fácil te esquecer.
Se eu não tivesse tão apaixonada,
Se pudesse voltar ao passado, teria evitado você.
Se eu tivesse resistido ao beijo, se eu não tivesse te levado em casa"Cantou baixinho enquanto lembrava do seu primeiro beijo com ele e a primeira troca de olhares. Foi amor a primeira vista.
...
"Seria...
A mais estúpida das ironias, se não tivesse acontecido assim.
Seria..."Beijou delicadamente seus lábios e se acomodou para dormir com o rosto mais próximo ao dele. Colocou sua mão sobre a face do amado enquanto ele tinha os barcos ao redor de sua cintura.
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A Esposa do Senhor Uckermann
FanfictionChristopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann (Senhor Uckermann). 29 anos. Dono de três empresas, ótimo empresário, alvo das mulheres e da mídia, porém casado. katelyn sua esposa, vista pouquíssimas vezes. Misteriosa e discreta. Com apenas três...