Levantando-se, Christopher caminhou até a esposa e tirou o homem de cima dela. Sua blusa estava suja de sangue, assim como a dele.
Com medo e os olhos cheios de lagrima, virou ela de frente para si e a balançou.
Ainda sem reagir.
A pegou no colo e caminhou com ela até o sofá, onde a deitou e procurou pelo ferimento. Dentro do bolso da jaqueta dele, a qual ela usava, tinha uma arma. Ele ficou muito mais assustado ao imaginar que a arma poderia ter disparado e lhe acertado, mas não havia nenhum ferimento. Aflito, ele aproximou o seu rosto do dela e sentiu a sua respiração.
Ela estava viva!
''Deve ter atirado no homem quando tentou fazer algo com ela. '' – pensou.
— Amor? – a balançou mais um pouco e ela ainda não respondeu.
Suspirou e tirou uma amostra de perfume que sempre carregava no bolso, destampou e aproximou do seu nariz.
—Acorda, por favor acorda, meu amor – selou seus lábios por alguns segundos até escutar ela respirar fundo e virar o rosto.
Dulce balançou a cabeça e continuou respirando rapidamente.
— Calma, calma – passou a mão pelos seus cabelos.
— Christopher? – pergunta com um fio de voz.
— Sou eu, eu estou aqui – a puxou para abraça-lo – estou aqui, amor.
Dulce se jogou em seus braços e deixou que as lagrimas medonhas caíssem sobre seu rosto inchado e vermelho.
O medo do marido havia sido bem pior, nunca havia visto uma cena tão apavorante e desesperadora como está. Só de imaginar sua esposa morta já lhe dava vontade de chorar e os olhos lhe cobria de água.
— Vamos sair daqui. – disse caminhando com ela até as escadas do porão.
Eles subiram cuidadosamente e com um pouco de medo de ter mais alguém na casa procurando pela Dulce.
— Tem mais alguém aqui? – Olha o rosto da esposa atentamente.
— Não, era somente ele.
— Quer pegar alguma coisa antes de irmos?
— Tem as minhas coisas, Roupas, coisas da minha família, documentos.
— Temos que deixar tudo por aqui, pega somente os seu documentos, somente os da Dulce.
— E as Coisas da Katelyn?
— Deixa, ele não podem descobrir nada da Dulce.
Ela concorda. Os dois foram até o closet do casal e pegaram apenas o básico para saírem de lá, documentos e poucas roupas para passarem a noite. Christopher teve um ideia de queimar toda a casa e fingir que ela havia morrido, mas Dulce negou, ela sabia que os procuradores nunca acreditariam nessa historia.
Já nas ruas. Christopher utilizou seu carro e seguiu sem rumo pelas ruas, só queria se afastar para manter a segurança da esposa.
Dulce estava sentada ao seu lado do carro, ela ainda estava um pouco assutada com tudo isso o que lhe havia acontecido. Ele queria perguntar o que havia acontecido no porão, mas ela estava cansada e deixou a amada adormecer um pouco no caminho. A mulher deitou a cabeça no seu ombro e se cobriu com a jaqueta que havia pego do esposo, realmente precisava dormir um pouco.
Altas horas da noite, Christopher entrou em uma gargarem grande e escura. Dulce acordou assim que ele parou o carro e estranhou o lugar mas ainda sim não disse nada a ele. Desceram do carro e entraram no elevador. Elam manteve o seu rosto escondido ao abraço do marido por conta do medo de ser reconhecida.
Chegando a uma porta, ambos entraram e ela se sentou na cama ainda calada, mas ele se apressou em perguntar sobre o ocorrido de hoje a tarde:
— Acho que eu o matei. – responde com os olhos assutados ao lembrar-se do ocorrido.
— Mas como tudo aconteceu, meu amor? – a puxou para um outro abraço, mas um bem acolhedor e confiante.
— Eu recebi um pacote falando que eles já sabiam quem eu era, sabia da farsa e sabia onde eu morava, depois de alguns minutos invadiram a casa e eu me tranquei no quarto para falar com você. – suspira. – Então eu fiz o que você havia me dito e fiquei no porão, mas ele me achou e colocou uma arma na minha cintura, mas eu achei a sua arma no closet e estava com ela no bolso, mas ela disparou sozinha e caimos no chão, foi ai que eu apaguei e você chegou.
— Pelo menos você se defendeu.
— Eu matei uma pessoa, Christopher. – Se afasta e o encara.
— Você estava se defendendo.
— Mas eu o matei!
— Queria que ele te matasse?
Ela não disse nada, voltou a se sentar na cama e abriu sua pequena bolsa com roupas, tirou de la um pijama confortável e suas roupas intimas, olhou o marido e caminhou até um porta ao lado das camas:
— Vou tomar um banho.
Ele concorda e se senta na cama também, abaixou a cabeça apoiando-a nas mãos e ficou pensando no que faria para protege-la.
Dentro do banheiro a esposa estava sentada no chão abraçada as pernas enquanto pensava no que havia feito. Havia matado um homem, o assassinou.
Pensou sobre o assunto mais alguns segundos e depois resolver relaxar ao tomar um banho. Permitiu que toda a água quente caísse sobre o seu corpo onde gemeu com tal relaxamento. Logo sentiu alguém lhe abraçar por trás e um beijo no seu ombro despido.
— Permita-me acompanha-la e ajuda-la – reconhecendo a voz, jogou a cabeça um pouco para trás querendo sentir seu corpo um pouco mais próximo dele.
— Quando vamos ter de ir no clube que você falou?
— Amanhã a noite.
— Vou precisar fazer umas compras, não tenho roupa para tênis nem golf, nem para bailes ou festas.
— Amanhã cuidaremos de tudo – beija a sua cabeça – eu prometo.
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A Esposa do Senhor Uckermann
FanfictionChristopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann (Senhor Uckermann). 29 anos. Dono de três empresas, ótimo empresário, alvo das mulheres e da mídia, porém casado. katelyn sua esposa, vista pouquíssimas vezes. Misteriosa e discreta. Com apenas três...