As luzes se apagaram ficando somente algumas velas, todo o ambiente ficou escuro e silencioso, apenas os suspiros da Dulce ecoava pelo ambiente.
— Fica calma, meu amor. – a aperta mais em seus braços.
Dulce tremia e amedrontada, poderiam ter a encontrado, poderiam estar buscando algo mal para faze-la. Não a deixou um minuto se quer, mesmo tendo a queda de energia e com todo o medo que estava se formando dentro de si, Christopher seguir firme a abraçando e sussurrando em seu ouvido que tudo ficaria bem.
— O que é isso, Chris? – interroga ainda tremula.
— Eu não sei.
— Eles querem a mim, vão ferir o meu bebê.
— Eu vou ver o que foi, fique aqui.
Tentou se levantar mais ela o agarra pela perna, não queria deixa-lo ir e muito menos ficar só.
Durante a semana vem demonstrado ser uma mulher corajosa e que havia superado tudo isso, mas não poderia negar que por trás de tudo ainda sim estava insegura, não somente por ela mas sim pela vida que estava transportando.
— Eu vou com você. – se levanta o abraçando por trás.
— Está escuro, pode acabar se machucando ou se queimando com uma das velas.
— Não me deixa sozinha, por favor. – o abraça chorando.
Deu-se por vencido e a manteve junto ao seu corpo para que pudessem ir juntos até a caixa de luz. Abrindo a caixa pôs-se a rir, na verdade a chave da casa que havia caído e desligado todas as luzes, Dulce se afastou assim que percebeu que tudo não passou de um pequeno incidente com a caixa de luz.
— No fim não foi nada demais, amor. – liga a luz outra vez.
— Eu ouvi um tiro, foi som de tiro sim.
— Foi apenas a chave.
— Eu ouvi! – afirma batendo o pé.
— Você deveria esta com medo e fantasiou tudo isso, não há com o que se preocupar.
Sabia bem que ele não iria ouvi-la, mas tinha certeza que o som havia sido um arma sendo disparada, o mesmo som que ouviu no dia que a casa foi invadida. Retirou-se de perto dele e subiu as escadas com a desculpa de que se aprontaria para dormir, ele não hesita, faz o mesmo minutos depois.
Pela manhã, entrou outra vez na empresa do marido e dessa vez não precisou de identificar, seguiu diretamente para a sua sala, sua secretaria não estava então nem se deu ao trabalho de pediu autorização ou para se anunciada. Adentrou a sala e o encontrou arrumando sua mesa, estava com o terno totalmente desarrumado e os cabelos desalinhados .
— Será que posso ser útil, Senhor? – fechou a porta e caminha até ele.
— O que faz aqui? – sorri de canto.
— Saiu sem me dar um beijo, não poderia deixar isso em vão.
Se aproxima lentamente mordendo um dos lábios, ele a puxa pela cintura e lhe da um beijo volupioso, como se estivessem há meses sem se ver. Dulce sabia o provocar na medida certa e dessa vez não fez questão de disfarçar o quanto estava necessitada de seu corpo junto ao dela.
O empurra contra a mesa e desce os beijos pelo seu pescoço enquanto buscava a fivela do cinto de sua calça.
— Kate, – sussurra contra seus lábios. – Amor, aqui não. – é dominado pelo beijos dela mais uma vez.
Não se conteve, se entregou aos beijos dela a abraçando pela cintura e a puxando mais contra o seu corpo. Com toda a correria que estava tendo no trabalho já tinha dias no qual não conseguia ficar com ela, ele precisa disso, os dois precisavam.
— Chris, o...
Calou-se rapidamente ao olhar o casal que se afastou rapidamente. Ambos sem graça e desorientados, Katelyn ajeitava sua saia enquanto o marido abotoava a camisa e limpava as laterais dos lábios que estavam manchados de batom.
— Patrícia, bom dia! – virou-se á ela. – Pensei que viriam no período da tarde, apenas.
— Me desculpe, não sabia que estava ocupado, Chris. – força um sorriso de canto. – Melhor voltar em outro momento.
Katelyn não conteve sua cara de desgosto ao ver tamanha intimidade da rival a sua frente, além de tudo era cínica.
— Não, tudo bem. – ajeita a gravata. – Minha esposa só veio me passar um comunicado. – direciona o olhar a ela. – Certo, querida? Muito obrigada por ter me avisado.
Entendeu que ele usava uma desculpa para expulsa-la da sala, mas disfarço perfeitamente bem e sorriu em retribuição.
— Imagina, meu bem. – se aproximou e lhe deu um rápido beijo seguido de uma mordida nos lábios. – O espero para o jantar, a comida está do seu agrado. – ironizou caminhando e direção a porta. – Com licença, Senhora Marquez.
— Toda, Senhora Uckermann.
Retirou-se da sala de cabeça erguida e com um sorriso vitorioso, virando os corredores soltou um grito histérico de fúria e aborrecimento. Patrícia só poderia estar de marcação com sua pessoa, sempre aparecia na hora errada e fazia de tudo para a afastar de Christopher que por sinal nem se quer tentava defender a esposa.
— Olá, Katelyn. – Elizangela sorri gentilmente ao se aproximar. – Também foi dispensada da reunião de nossos conjugues?
— Quem estará na reunião?
— Meu marido me disse que seriam apenas os padrinhos do orfanato. – franze o cenho. – Por que?
— Patrícia seria madrinha desse orfanato?
— Assim como nós e todas as outras esposas.
— Então porque sempre ela quem está a frente de tudo sendo que todas as esposas envolvidas estão no mesmo patamar?
— Não sei te dizer ao certo, mas podemos tirar a tarde para conversar, o que acha? – sorri gentilmente. – Meu marido me disse que demorariam algumas horas para terminarem de tratar todos os assuntos pendentes.
Mesmo não querendo sair da empresa e deixar Christopher com aquela mulher, poderia ser a melhor opção, não adiantaria ficar cercando todos os corredores em busca dos dois.
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A Esposa do Senhor Uckermann
FanfictionChristopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann (Senhor Uckermann). 29 anos. Dono de três empresas, ótimo empresário, alvo das mulheres e da mídia, porém casado. katelyn sua esposa, vista pouquíssimas vezes. Misteriosa e discreta. Com apenas três...