Capítulo 30

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As luzes se apagaram ficando somente algumas velas, todo o ambiente ficou escuro e silencioso, apenas os suspiros da Dulce ecoava pelo ambiente.

— Fica calma, meu amor. – a aperta mais em seus braços. 

Dulce tremia e amedrontada, poderiam ter a encontrado, poderiam estar buscando algo mal para faze-la. Não a deixou um minuto se quer, mesmo tendo a queda de energia e com todo o medo que estava se formando dentro de si, Christopher seguir firme a abraçando e sussurrando em seu ouvido que tudo ficaria bem.

— O que é isso, Chris? – interroga ainda tremula. 

— Eu não sei. 

— Eles querem a mim, vão ferir o meu bebê. 

— Eu vou ver o que foi, fique aqui. 

Tentou se levantar mais ela o agarra pela perna, não queria deixa-lo ir e muito menos ficar só. 

Durante a semana vem demonstrado ser uma mulher corajosa e que havia superado tudo isso, mas não poderia negar que por trás de tudo ainda sim estava insegura, não somente por ela mas sim pela vida que estava transportando. 

— Eu vou com você. – se levanta o abraçando por trás. 

— Está escuro, pode acabar se machucando ou se queimando com uma das velas. 

— Não me deixa sozinha, por favor. – o abraça chorando. 

Deu-se por vencido e a manteve junto ao seu corpo para que pudessem ir juntos até a caixa de luz. Abrindo a caixa pôs-se a rir, na verdade a chave da casa que havia caído e desligado todas as luzes, Dulce se afastou assim que percebeu que tudo não passou de um pequeno incidente com a caixa de luz. 

— No fim não foi nada demais, amor. – liga a luz outra vez. 

— Eu ouvi um tiro, foi som de tiro sim. 

— Foi apenas a chave. 

— Eu ouvi! – afirma batendo o pé. 

— Você deveria esta com medo e fantasiou tudo isso, não há com o que se preocupar. 

Sabia bem que ele não iria ouvi-la, mas tinha certeza que o som havia sido um arma sendo disparada, o mesmo som que ouviu no dia que a casa foi invadida. Retirou-se de perto dele e subiu as escadas com a desculpa de que se aprontaria para dormir, ele não hesita, faz o mesmo minutos depois. 

Pela manhã, entrou outra vez na empresa do marido e dessa vez não precisou de identificar, seguiu diretamente para a sua sala, sua secretaria não estava então nem se deu ao trabalho de pediu autorização ou para se anunciada. Adentrou a sala e o encontrou arrumando sua mesa, estava com o terno totalmente desarrumado e os cabelos desalinhados . 

— Será que posso ser útil, Senhor? – fechou a porta e caminha até ele. 

— O que faz aqui? – sorri de canto. 

— Saiu sem me dar um beijo, não poderia deixar isso em vão. 

Se aproxima lentamente mordendo um dos lábios, ele a puxa pela cintura e lhe da um beijo volupioso, como se estivessem há meses sem se ver. Dulce sabia o provocar na medida certa e dessa vez não fez questão de disfarçar o quanto estava necessitada de seu corpo junto ao dela.

O empurra contra a mesa e desce os beijos pelo seu pescoço enquanto buscava a fivela do cinto de sua calça. 

— Kate, – sussurra contra seus lábios. – Amor, aqui não. – é dominado pelo beijos dela mais uma vez. 

Não se conteve, se entregou aos beijos dela a abraçando pela cintura e a puxando mais contra o seu corpo. Com toda a correria que estava tendo no trabalho já tinha dias no qual não conseguia ficar com ela, ele precisa disso, os dois precisavam. 

— Chris, o...

Calou-se rapidamente ao olhar o casal que se afastou rapidamente. Ambos sem graça e desorientados, Katelyn ajeitava sua saia enquanto o marido abotoava a camisa e limpava as laterais dos lábios que estavam manchados de batom. 

— Patrícia, bom dia! – virou-se á ela. – Pensei que viriam no período da tarde, apenas. 

— Me desculpe, não sabia que estava ocupado, Chris. – força um sorriso de canto. – Melhor voltar em outro momento. 

Katelyn não conteve sua cara de desgosto ao ver tamanha intimidade da rival a sua frente, além de tudo era cínica. 

— Não, tudo bem. – ajeita a gravata. – Minha esposa só veio me passar um comunicado. – direciona o olhar a ela. – Certo, querida?  Muito obrigada por ter me avisado. 

Entendeu que ele usava uma desculpa para expulsa-la da sala, mas disfarço perfeitamente bem e sorriu em retribuição. 

— Imagina, meu bem. – se aproximou e lhe deu um rápido beijo seguido de uma mordida nos lábios. – O espero para o jantar, a comida está do seu agrado. – ironizou caminhando e direção a porta.  – Com licença, Senhora Marquez. 

— Toda, Senhora Uckermann. 

Retirou-se da sala de cabeça erguida e com um sorriso vitorioso, virando os corredores soltou um grito histérico de fúria e aborrecimento. Patrícia só poderia estar de marcação com sua pessoa, sempre aparecia na hora errada e fazia de tudo para a afastar de Christopher que por sinal nem se quer tentava defender a esposa. 

— Olá, Katelyn. – Elizangela sorri gentilmente ao se aproximar. – Também foi dispensada da reunião de nossos conjugues? 

— Quem estará na reunião? 

— Meu marido me disse que seriam apenas os padrinhos do orfanato. – franze o cenho. – Por que? 

— Patrícia seria madrinha desse orfanato?

— Assim como nós e todas as outras esposas. 

— Então porque sempre ela quem está a frente de tudo sendo que todas as esposas envolvidas estão no mesmo patamar? 

— Não sei te dizer ao certo, mas podemos tirar a tarde para conversar, o que acha? – sorri gentilmente. – Meu marido me disse que demorariam algumas horas para terminarem de tratar todos os assuntos pendentes. 

Mesmo não querendo sair da empresa e deixar Christopher com aquela mulher, poderia ser a melhor opção, não adiantaria ficar cercando todos os corredores em busca dos dois.

A Esposa do Senhor UckermannOnde histórias criam vida. Descubra agora