Prólogo

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Vamos fingir q eu não surtei, apaguei a fic e sumi.
Então, eu vou postar mais dois capítulos, um hoje e um amanhã, e depois vou postar apenas a cada 15 dias. Eh isto.
Não esqueçam de comentar para eu saber o que estão achando.

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A educadora escutou o som de um carro se aproximando de sua isolada cabana. Só pode ser ela, pensou. Seu coração acelerou em seu peito e, em antecipação, uma onda de felicidade tomou conta de si. Antes mesmo que pudesse pensar em fazer alguma coisa, suas pernas começaram a levá-la para fora da cabana. Talvez ela estivesse um pouco animada demais. Mas quem poderia julgá-la por isso?

A paisagem familiar lhe deixava nostálgica, as belas e grandes árvores guiando seu caminho, isolado e quieto era o caminho. Essas árvores fizeram parte de boa parte de sua vida, dos momentos bons e ruins. Ela nunca pensou que sentiria tanta falta de meras árvores, mas ela sentia. Seu peito estava inquieto, emoções começando a tomar conta de sua mente. Felicidade estava entre elas, porém não era a única. Nunca era. Ansiedade, saudades, amor, medo, vergonha etc. Tudo de uma só vez, estava quase demais para ela suportar. Havia tanta história naquele lugar. Histórias demais, de fato. Se ela estava pronta para reviver aquilo tudo? Não sabia dizer. O fato era que ela estava voltando. Então, logo iria descobrir. O sol brilhava fracamente entre as nuvens cinzentas e o vento gélido típico de uma tarde naquela fria cidade estava presente, praticamente cortando suas bochechas. Teve que subir a janela para evitá-lo. O que não duraria muito, pelo que ela podia notar, estava quase em seu destino.

O desenho da cabana apareceu em seu campo de visão, fazendo seu coração palpitar em seu peito. O tanto que ela havia vivido naquele lugar. Mal podia acreditar que estava de volta. A mulher mal esperou o carro ser estacionado e pulou para fora do veículo, correndo em direção a cabana que lhe era tão familiar. Seus olhar rodeou o local a sua volta, sendo tomada por mais uma onda de nostalgia, entre outros sentimentos. O límpido ar da floresta tomou seus pulmões. Cheirava a pinhas, terra e flores silvestres. Aah as flores silvestres daquele lugar. Antes que aquele aroma familiar pudesse conduzir sua cabeça a alguma já tão esquecida lembrança, seu corpo se chocou contra outro, lhe fazendo dar alguns passo para trás com o forte impacto. Ainda absorvendo o baque, ela olhou para frente, encontrando duas íris azuis que brilhavam com alegria. Um sorriso rasgou seus lábios e seu corpo se jogou para frente, contra a mulher em um abraço apertado e cheio de saudades. Outro aroma familiar invadiu suas narinas, lhe fazendo relaxar. A sensação de segurança que os braços da mulher lhe passavam era reconfortante. Sua ansiedade diminuira gradativamente naquele aconchegante contato. Era muito bom estar em casa.

Sentiu a mulher desfazendo o abraço e, logo, duas mãos estavam em seu rosto. Seus olhos encontraram o da morena a sua frente de novo, podia ver lágrimas tomando as orbes azuis, no entanto, um sorriso não deixava de brilhar em seus lábios. Não pode se conter em retribuir com um sorriso seu. Os dois polegares começaram um carinho em seu rosto.

— Eu não acredito que você está de volta.

Ela escutou a voz de Mary vacilando em emoção, mas ainda firme o suficiente para ser entendida. Pegou uma das mãos da mais nova e beijou, lhe dando um sorriso antes de se pronunciar.

— Pois eu estou.

Mary sorriu e apertou sua mão em seguida.

— A não ser que você esteja maluca e eu não esteja realmente aqui.

Um sorriso de canto tomou seus lábios.

— Oh, não comece.

Um tapa foi desferido em seu ombro, sendo seguido por uma risada curta. O som atingiu seus ouvidos como uma doce melodia. Como ela sentiu falta disso. Era realmente muito bom estar em casa.

— Você não mudou nada.

Mary Indagou.

— Isso é mentira. — um sorriso convencido tomou os lábios da morena. — Eu estou mais gostosa.

— Realmente você não mudou nada, Lilith.

Disse negando com a cabeça. Lilith estudou as roupas de sua irmã com os olhos e respondeu:

— Você também não, irmãzinha. Ainda se veste como uma bibliotecária.

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