Eu e Miguel fizemos uma reunião com todos os tenentes e sargentos brasileiros que vieram para a missão no Vietnã junto conosco. Reunimo-nos no pátio da escola e apresentei a carta que recebi. Ao final da reunião, informei que alguns soldados que fazem parte da infantaria e os atiradores se unirão a um grupo que estão vindo pra cá liderados pelo (DPO). Estes atuam para resolver conflitos da melhor forma possível, por vias pacíficas. Nos uniremos a eles para solucionar este problema interno que está acontecendo no país. Deste quantitativo serão cerca de trezentos e cinquenta brasileiros, dentre militares das Forças Armadas e Policiais que contribuirão para promover e manter a paz nas regiões de conflito.
Saio do local da reunião e volto ao alojamento. Tomo um banho, coloco uma farda limpa, arrumo a mochila que e desço até a área marcada onde sairemos em poucos minutos. A estrada até o vilarejo ainda está bem ruim devido aos acontecimentos nos últimos meses, mesmo assim decidimos montar um comboio e irmos até o local com dez veículos do exército todos com cinco pessoas em cada.
– O contingente da Força terrestre a ser enviado para essa missão somos nós soldados. A ONU enviará outro pelotão em alguns dias para dar-nos suporte terrestre e aéreo. – Olho para os soldados e todos estão em posição de descansar com o capacete nas mãos. – Seguiremos para o interior de Ha Tinh. Não sabemos o que encontraremos por lá senhores, só espero que todos estejam prontos pois estamos seguindo para o desconhecido. – Suspiro. – Segundo informações há um conflito no local e as tragédias são constantes. Peço que todos se dirijam aos veículos, sairemos em quinze minutos. Dispensados. – Digo e vejo-os seguindo para os veículos. Miguel e eu seguimos para um dos carros blindados, um quatro por quatro da Iveco Lince Mk2.
– Aconteceu um incêndio em uma área movimentada da cidade e nos camelôs. – Um dos tenentes que vão conosco chega próximo a nós e entrega um papel. Passo a ler. –Acabei de receber este comunicado do coronel Assis. Houve uma invasão em uma das cidades próximas à Ha Tinh. Algumas pessoas foram mortas e alguns militares estão feridos gravemente. – Paramos de andar ficando em frente ao veículo. – Estamos indo para lá, pois o local invadido é prioridade do governo do Vietnã. – Olho para Miguel depois olho para o tenente a minha frente e isso me faz esganar alguém.
– Sabe o que me incomoda nisso tudo? – Ambos não dizem nada apenas me olham. – A falta de informação. Nosso pelotão foi recrutado para o front, mas nós somos os últimos a saber o que estava acontecendo. Como podemos nos preparar e preparar nossos homens fisicamente e mentalmente sem saber o que iríamos enfrentar caramba! – Falo exasperado passando a mão no rosto. – Precisamos melhorar nossa a comunicação entre o pelotão para que não haja falhas para que eles não sejam os últimos a saber o que está acontecendo. – Olha para o tenente Alves. – Envie um comunicado e peça para que a ONU e os oficiais responsáveis por nossa ida nos mantenham informado da situação da cidade e por onde passaremos para que não sejamos pegos de surpresa. – Ele anui e sai.
– Eu estou chateado com isso também Estevão, imagine o pelotão como ficará ao receber essa notícia. – Ele meneia a cabeça, tira a boina passando a mão nos cabelos. – Nós tínhamos que saber o que estava acontecendo em primeira mão para poder preparar nosso psicológico e consequentemente de nossos homens. – Miguel abre a porta do veículo e senta-se. – Que Deus nos ajude. – Suspiro fechando a porta de seu carro e me direcionando a um outro. Sento-me ajustando o cinto de segurança e minutos depois nosso comboio sai para nossa missão.
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A Procura.
RomansaO que você faria se a pessoa que um dia você traiu precisasse de sua ajuda, mas ela deixou bem claro há anos que não o queria por perto? Como se redimir depois de tanto tempo e como fazer isso depois de grande sofrimento? Será que mesmo depois de an...