Estamos aguardando um sinal do capitão para iniciarmos a invasão. Estamos próximo ao acampamento há um pouco mais de trinta horas. Ficamos de vigia verificando os horários de troca de turno. Capitão Chang, Can e eu seguimos o mesmo caminho que eles fizeram separando-nos em determinada altura do caminho. Já Miguel e Charlie ficaram de vigia no lugar onde passamos a noite. Demos a volta e percebi que o local não é tão grande. Tem algumas cabanas feitas em madeira e logo a frente há uma caverna. Nestes dias que estamos vigiando, pude contar por cima quantos homens estão neste lugar, há pelo ou menos vinte pessoas e todas armadas.
A distância não era longa de estamos até a caverna. Algumas vezes vi pessoas entrarem e saírem daquele lugar com caixas, várias caixas. Estou começando a ficar impaciente devido à demora em entrarmos no local.
Em determinado momento vi uma senhora baixa e magra saindo de uma das cabanas. Ela entra na caverna levando consigo uma cesta de tamanho médio.
– Vejam. – Capitão Chang aponto com a cabeça para o lugar. – Aquela mulher é a senhora Tuyen. Se ela está aqui é provável que senhor Linh e sua namorada estejam também. Precisamos chamar a atenção dela. – Capitão olha pelo binóculo e fala em um sussurro. – Precisamos encontrar uma entrada. Tem que haver alguma falha na segurança deles. – Ele suspira e tira o objeto dos olhos. – Vamos voltar para ver se o tenente Miguel e Charlie encontraram algo. – Guarda o binóculo e voltamos pelo caminho que viemos.
Ao longe vejo Miguel e Charlie camuflados e deitados, nos aproximamos e rastejando chegamos onde eles estavam.
– Alguma novidade soldado? – Capitão Chang pergunta olhando para eles.
– Os turnos revezam de duas em duas horas. Pedi para Charlie ir para Oeste e ele encontrou uma passagem bem escondida onde poderemos entrar sem ser vistos. Lá não há ninguém vigiando, então poderemos nos infiltrar sem problemas. – Miguel diz em um tom de voz baixo.
– Então é melhor nos prepararmos. Iniciaremos a operação hoje à noite. – Chang nos diz. – Vi a senhora Tuyen dona da cabana onde ficamos. Ela está aqui e com certeza senhor Linh e a namorada do tenente também estão. É bem provável que os dois estejam presos, pois vi dona Tuyen andando para dentro da caverna. – Suspiro. – Vamos nos preparar soldados, a festa vai começar. – Ele diz e sorri ladino.
Verificamos as mochilas, carreguei as armas e deixei algumas munições nos bolsos da farda. Coloquei algumas granadas e uma faca AMZ. Já estava anoitecendo quando nos movemos de onde estávamos e seguimos para o caminho que Charlie encontrou. Caminhamos por um local de difícil acesso, cheio de irregularidade no solo e com o mato alto o que nos ajudou na camuflagem. Do lugar onde estávamos até a entrada andamos por mais de uma hora.
Comecei a olhar o lugar e vi que precisaremos arquitetar um plano para podermos entrar na caverna no lado de fora das cabanas há alguns homens. Eles bebem um whisky barato. Vejo uma fogueira e eles assam carne o cheiro invade minhas narinas e meu estômago reclama alto.
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A Procura.
RomansaO que você faria se a pessoa que um dia você traiu precisasse de sua ajuda, mas ela deixou bem claro há anos que não o queria por perto? Como se redimir depois de tanto tempo e como fazer isso depois de grande sofrimento? Será que mesmo depois de an...