Attention

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Sinto o gosto de ferro em minha boca, sangue. Pelo menos eu não havia morrido. Abro os olhos e percebo estar no sofá de casa. Por que eu não estava em um hospital?

Me levanto sentindo dores em todos os lugares possíveis, que me fizeram deitar novamente.

— Onde vai? — Um imenso alívio tomou conta de mim quando escutei aquela voz.

— Jungkook-ah. — Digo e meus olhos se enchem de lágrimas.

Shhh, já passou, ok? — Senta ao meu lado e me abraça.

— O que aconteceu com ele? — O medo era percetível em cada palavra que eu falava.

— Quando cheguei ele não estava mais aqui. — Diz e anda com o olhar sobre a casa.

— E por que eu estou aqui e não em um hospital?

— Achei melhor esperar você acordar, não queria ter problemas no hospital. Eles poderiam achar que eu havia te batido.

— Para de drama, Jungkook, me leva logo, eu quero morrer, mas não antes de ficar rica. — Digo e me levanto com a ajuda do garoto.

O mesmo me leva até seu carro e não demoramos para chegar ao hospital. Fui atendida como emergência e tive que falar que Jungkook era meu namorado para deixarem ele entrar.

Fui para a sala de cirurgia e logo me deram anestesia, preferia ter ido mil vezes antes, enquanto ainda estava apagada. Após levar alguns pontos fui encaminhada até o quarto e graças a Deus quando fiquei sabendo que não era uma hemorragia interna.

Tomei alguns soros com vitaminas e alguns remédios que me fizeram logo adormecer, provavelmente analgésicos. Não sei quanto tempo passou, mas o cheiro do hospital não me deixava dormir confortavelmente.

Acordei e percebi o quarto grande e todo branco com apenas um sofá bege. Jeongguk estava sentado no mesmo dormindo. Eu me sentia grata em relação a ele. Talvez fosse a única pessoa que eu poderia realmente chamar de amigo. Desde a época da escola o mesmo me ajudava em casa e me distraia quando alguma briga acontecia. Era a única pessoa com quem eu podia contar.

Yah, Jungkook. — O chamo baixo.

Hmm? — O mesmo se espreguiça e abre os olhos. — Ah já acabou a cirurgia?

— Sim.

De repente um silêncio se instalou ali, algo que nunca havia acontecido entre mim e Jungkook.

— Obrigada. Se você não tivesse aparecido eu não sei o que teria acontecido comigo. — Digo sincera.

Yah, e por que eu não apareceria?

— Sei lá, vai que o sr. gangster estivesse ocupado. — Digo e rimos.

Aquele era um apelido que eu havia dado a Jungkook no 9° ano. Na época ele era gótico e usava correntes baratas. Ainda rimos daquilo.

— Você tem que colocar esse cara na prisão. — Diz sério.

— Eu já tentei, não surgiu efeito nenhum. — Digo triste.

— Como você disse, tem que ser em flagrante. — O olho. — Vamos planejar algo.

De repente o toque do meu celular que se encontrava no sofá fora ouvido, pedi para que Jeon atendesse. O mesmo atende rapidamente e se mostra confuso, talvez em relação a quem estava do outro lado da linha.

— Quem?

...

— Não lembro.

...

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